Durante 13 anos, Linda Poindexter foi sacerdotisa episcopaliana. A sua conversão teve grande relevância. Agora é uma defensora acérrima do celibato sacerdotal
Actualizado 5 de Abril de 2013
Javier Lozano / ReL
A conversão é um processo interior no qual se chega à certeza de que realmente vais para algo melhor. Sem dúvida, em ocasiões a chegada à Igreja Católica nem sempre é fácil para quem dá este passo por todas as circunstâncias que podem rodear este facto. E se não que o digam a Linda Poindexter, que depois anos de discernimento abraçou o catolicismo ainda que não sem antes superar algumas dificuldades.
Esta estadunidense era a esposa de uma das pessoas mais importantes dos EUA, o contra-almirante John Poindexter, conselheiro de Segurança Nacional com Ronald Reagan e mais tarde com George W. Bush, director da Agência de Projectos de Investigação Avançada do Pentágono. Mas a este facto há que acrescentar o importante detalhe de que Linda era sacerdotisa episcopaliana justo no momento da sua conversão ao catolicismo.
Vários foram os motivos que a foram levando pouco a pouco até à Igreja. A figura da Virgem, a Eucaristia, o conceito de autoridade e o seu desagrado com as questões morais que se estavam levando a cabo na sua confissão sobre o aborto ou a ordenação de homossexuais foram pontos culminantes.
Sacerdotisa episcopaliana
Em 1986 foi ordenada sacerdotisa porque tinha a inquietude de ajudar de maneira mais activa na sua comunidade. Durante 13 anos exerceu este ministério. Sem dúvida, já nestes momentos começou a valorizar certas circunstâncias dos seus irmãos católicos. Quando se ordenou “encontrei-me frente a obrigações contrapostas: as necessidades da minha família e as necessidades da minha comunidade. Tornava-se complicado atender a umas e outras. Os meus filhos já não viviam em casa, mas dava-me conta que a maternidade não acaba nunca. Quando chegaram os netos, foi duro não poder estar com eles. Aí comecei a entender a lógica do celibato sacerdotal como uma autêntica bênção de Deus”.
Do mesmo modo, Linda sentia-se orgulhosa de “poder decidir com independência no doutrinal” pois “recusava receber a interpretação da Palavra de Deus de uma pessoa ou instituição”.
As suas reticências em questões morais
Este pensamento foi mudando pouco a pouco depois de observar como ia mudando a sua igreja. “Vi que a convenção da Igreja episcopaliana situava-se sempre contra qualquer legislação restritiva do aborto” pelo que ela começou a preocupar-se muito “por uma igreja que não censurava abertamente o assassinato de crianças inocentes”.
Pouco a pouco se lhe foram gerando questões morais que não conseguia responder. “A princípio sustinha que equivocadamente que não podia impor a minha própria moral a ninguém, mas comecei a dar-me conta de que o aborto voluntário é sempre contrário ao querer de Deus”, afirma Linda Poindexter. Mesmo assim, acrescenta que chegou a este convencimento graças ao testemunho da Igreja Católica e o seu compromisso com a vida. “Frequentemente dava graças a Deus pelo testemunho tão coerente da Igreja Católica em questões de moral e de doutrina e comecei a sentir um enorme respeito pelo Santo Padre e a rezar por ele”.
As suas visitas às escondidas ao templo católico
Nesse ponto perdeu a paz e necessitava achá-la de novo. A oração já não era possível onde trabalhava. “Estando destinada a uma paróquia (como sacerdotisa) tornava-se-me difícil orar no mesmo lugar do meu trabalho. Havia uma igreja católica a poucos minutos e eu ia lá orar. Punha um cachecol para tapar o meu colarinho clerical. Recordo sentir um vago desejo, quase um anseio: oxalá um dia possa ser católica”.
Nesse templo, ao entrar “fiz a genuflexão e ajoelhei-me a rezar. Desde o primeiro momento senti uma paz e um bem-estar enorme. Perguntei-me se devia fazer-me católica”. Pouco a pouco as suas visitas a esta igreja foram fazendo-se mais frequentes. “Ia sorrateiramente à missa do meio-dia e estava-me enamorando do catolicismo”.
A Virgem e o Catecismo
Neste caminhar a ajudou como a tantíssimos conversos a obra do cardeal John Henry Newnan, que fez o mesmo caminho que ela. Rapidamente também sentiu a Virgem Maria como mãe. “Comprei vários livros sobre a Virgem e ocorreu-me a ideia de rezar o Rosário. Fez-me um grande bem”, recorda agora Linda Poindexter.
Daí passou a conhecer realmente a fé católica enquanto ainda era sacerdotisa episcopaliana. “Comprei um catecismo católico. Que grande prazer aquela exposição tão clara da fé!”.
A sua conversão estava em marcha. “Comecei a assistir à missa uma ou duas vezes por semana e continuei lendo, rezando e reflectindo sobre a minha possível conversão. Aos domingos continuava indo com o meu marido à igreja episcopaliana, mas a liturgia tornava-se aborrecida. Não sentia nenhuma devoção”.
“Um dilúvio de graça” na Vigília Pascal
O momento chave produziu-se no Advento de 1998, no qual foi à missa todos os dias e no qual “experimentei um dilúvio de graça”. A decisão estava tomada. Linda Poindexter foi recebida na Igreja Católica na Vigília de Páscoa de 1999. Dois anos mais tarde o seu marido também se fez católico.
Linda deixou o sacerdócio e passou a ser uma secular na Igreja Católica. Pode voltar a ser avó enquanto agora desempenha um novo papel na evangelização. Mas agora desfruta de sobremaneira com a Eucaristia, “uma presença real de Cristo, tão evidente…”.
Esta estadunidense era a esposa de uma das pessoas mais importantes dos EUA, o contra-almirante John Poindexter, conselheiro de Segurança Nacional com Ronald Reagan e mais tarde com George W. Bush, director da Agência de Projectos de Investigação Avançada do Pentágono. Mas a este facto há que acrescentar o importante detalhe de que Linda era sacerdotisa episcopaliana justo no momento da sua conversão ao catolicismo.
Vários foram os motivos que a foram levando pouco a pouco até à Igreja. A figura da Virgem, a Eucaristia, o conceito de autoridade e o seu desagrado com as questões morais que se estavam levando a cabo na sua confissão sobre o aborto ou a ordenação de homossexuais foram pontos culminantes.
Sacerdotisa episcopaliana
Em 1986 foi ordenada sacerdotisa porque tinha a inquietude de ajudar de maneira mais activa na sua comunidade. Durante 13 anos exerceu este ministério. Sem dúvida, já nestes momentos começou a valorizar certas circunstâncias dos seus irmãos católicos. Quando se ordenou “encontrei-me frente a obrigações contrapostas: as necessidades da minha família e as necessidades da minha comunidade. Tornava-se complicado atender a umas e outras. Os meus filhos já não viviam em casa, mas dava-me conta que a maternidade não acaba nunca. Quando chegaram os netos, foi duro não poder estar com eles. Aí comecei a entender a lógica do celibato sacerdotal como uma autêntica bênção de Deus”.
Do mesmo modo, Linda sentia-se orgulhosa de “poder decidir com independência no doutrinal” pois “recusava receber a interpretação da Palavra de Deus de uma pessoa ou instituição”.
As suas reticências em questões morais
Este pensamento foi mudando pouco a pouco depois de observar como ia mudando a sua igreja. “Vi que a convenção da Igreja episcopaliana situava-se sempre contra qualquer legislação restritiva do aborto” pelo que ela começou a preocupar-se muito “por uma igreja que não censurava abertamente o assassinato de crianças inocentes”.
Linda Poindexter, no ano 2000 |
As suas visitas às escondidas ao templo católico
Nesse ponto perdeu a paz e necessitava achá-la de novo. A oração já não era possível onde trabalhava. “Estando destinada a uma paróquia (como sacerdotisa) tornava-se-me difícil orar no mesmo lugar do meu trabalho. Havia uma igreja católica a poucos minutos e eu ia lá orar. Punha um cachecol para tapar o meu colarinho clerical. Recordo sentir um vago desejo, quase um anseio: oxalá um dia possa ser católica”.
Nesse templo, ao entrar “fiz a genuflexão e ajoelhei-me a rezar. Desde o primeiro momento senti uma paz e um bem-estar enorme. Perguntei-me se devia fazer-me católica”. Pouco a pouco as suas visitas a esta igreja foram fazendo-se mais frequentes. “Ia sorrateiramente à missa do meio-dia e estava-me enamorando do catolicismo”.
A Virgem e o Catecismo
Neste caminhar a ajudou como a tantíssimos conversos a obra do cardeal John Henry Newnan, que fez o mesmo caminho que ela. Rapidamente também sentiu a Virgem Maria como mãe. “Comprei vários livros sobre a Virgem e ocorreu-me a ideia de rezar o Rosário. Fez-me um grande bem”, recorda agora Linda Poindexter.
Daí passou a conhecer realmente a fé católica enquanto ainda era sacerdotisa episcopaliana. “Comprei um catecismo católico. Que grande prazer aquela exposição tão clara da fé!”.
A sua conversão estava em marcha. “Comecei a assistir à missa uma ou duas vezes por semana e continuei lendo, rezando e reflectindo sobre a minha possível conversão. Aos domingos continuava indo com o meu marido à igreja episcopaliana, mas a liturgia tornava-se aborrecida. Não sentia nenhuma devoção”.
“Um dilúvio de graça” na Vigília Pascal
O momento chave produziu-se no Advento de 1998, no qual foi à missa todos os dias e no qual “experimentei um dilúvio de graça”. A decisão estava tomada. Linda Poindexter foi recebida na Igreja Católica na Vigília de Páscoa de 1999. Dois anos mais tarde o seu marido também se fez católico.
Linda deixou o sacerdócio e passou a ser uma secular na Igreja Católica. Pode voltar a ser avó enquanto agora desempenha um novo papel na evangelização. Mas agora desfruta de sobremaneira com a Eucaristia, “uma presença real de Cristo, tão evidente…”.
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