Estrela do basebol
Ainda que sempre tivesse apreciado a Igreja, converteu-se quando se quis casar com a sua noiva católica, com quem teve logo três filhos.
Actualizado 2 de Abril de 2013
C.L. / ReL
No desporto mais popular - junto com o futebol americano - nos Estados Unidos abundam os jogadores profissionais católicos que proclamam abertamente a sua fé. Recentemente recolhíamos os casos de Craig Stammen e de Grant Desme, que trocou inclusive o bastão pelos hábitos de monge.
É o caso também de Mark Kotsay, de 37 anos, actualmente jogador do Pais de San Diego. Foi MVP (Jogador Mais Valioso) na liga universitária que ganhou a sua equipa, logo olímpico e medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta de 1996, e depois do seu debut profissional no ano seguinte passou por sete equipas, com uma das quais esteve perto de ganhar o título da National League.
Logo antes de começar a temporada 2013 concedeu uma entrevista a Trent Beattie para a National Catholic Register, onde, junto a questões meramente desportivas, aborda a sua visão da religião e da vida.
A paciência
Agradece ao seu pai que o animasse a dedicar-se ao basebol, mas sobretudo "que esteve sempre decidido a ser um grande pai para mim, a estar ali, não só em corpo, mas sim em alma: não se limitava a cumprir uma função, dava tudo de si mesmo". E agradece ao seu primeiro treinador que lhe ensinasse "humildade e paciência" quando lhe exigiu trabalho duro para desenvolver o seu potencial, até o conseguir chupou muito banco.
Ao passar das virtudes cardinais às sobrenaturais, Mark explica que foi baptizado como baptista: "Mas quando cresci, algumas vezes ia à missa. Sempre teve muito respeito pela religião em geral e pelo catolicismo em particular, mas não me converti ao catolicismo até que conheci a minha futura esposa. Comecei a ir à missa com ela habitualmente em princípios do ano 2000, e casamo-nos nesse ano". Jamie e ele tiveram desde então três filhos.
Mark e Jamie, com os seus três filhos.
A missa, foi de graças
"A missa é o que mais aprecio de ser católico. Vás onde fores no mundo, a missa sempre está aí. É a pedra angular da fé católica, o que nos une como crentes. Essa tradição ininterrompida desde tempos apostólicos é algo formoso que nos mostra com claridade o amor que Deus nos tem. Há muitas graças para nós que podemos receber da missa, mas somos nós quem temos que decidir como vamos utilizá-las na nossa vida diária. Não basta ir. Temos que dar-nos conta de que se nos deu para viver uma vida virtuosa. Se temos olhos para ver e ouvidos para ouvir, a nossa vida mudará através da missa".
Mark ressalva logo a virtude da paciência no desporto, por contraste com a agressividade, a que o jogo parece chamar-te com força: "É mais fácil ser paciente com a ajuda dos sacramentos, dos sacramentais e das orações da Igreja. Também com a ajuda de uma esposa que te ama, como a minha. Ela ajuda-me a ser paciente não só jogando ao basebol, mas também, o que é mais importante, educando os nossos filhos. Ela os entende melhor e é mais compreensiva com eles que eu. É o que fazem tão bem as mães ajudando-nos aos pais com as excentricidades das crianças que a nós nos deixam loucos".
De onde vem a Bíblia, aí está a verdade
Enquanto procedente do âmbito protestante, Mark é sensível a um argumento bíblico a favor da Igreja: "Milhares de denominações distintas falam da sua interpretação da Bíblia como a correcta, mas passam por alto o facto de que temos recebido a Bíblia da Igreja católica. Se só reconhecêssemos isso, já saberíamos onde ir para a interpretação correcta".
Kotsay comenta que partilhar a fé é frequente no mundillo do basebol: "Não se trata de ensinar o catecismo inteiro, pode ser um simples ´Deus te bendiga´ ou um convite à missa". Ele é dos que rezam durante o jogo, mas não é tanto de agradecer os pontos quando os consegue, mas sim de encomendar a tarefa saía como saía: "Gosto de honrar a Deus passe o que passe. Benzo-me no balneário, e logo, se ganho, estupendo, e se não, estupendo também, porque uma má rebatida também é uma ocasião para exercitar a paciência. A Carta de Santiago (1, 4) diz: ´A paciência deve ser perfeita se queres ser perfeito´. Ao aceitar as coisas que não saem como tu queres, abraças as cruzes que Deus te envia. Com a paciência te transcendes a ti mesmo e afirmas a Deus".
Ainda que sempre tivesse apreciado a Igreja, converteu-se quando se quis casar com a sua noiva católica, com quem teve logo três filhos.
Actualizado 2 de Abril de 2013
C.L. / ReL
No desporto mais popular - junto com o futebol americano - nos Estados Unidos abundam os jogadores profissionais católicos que proclamam abertamente a sua fé. Recentemente recolhíamos os casos de Craig Stammen e de Grant Desme, que trocou inclusive o bastão pelos hábitos de monge.
É o caso também de Mark Kotsay, de 37 anos, actualmente jogador do Pais de San Diego. Foi MVP (Jogador Mais Valioso) na liga universitária que ganhou a sua equipa, logo olímpico e medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta de 1996, e depois do seu debut profissional no ano seguinte passou por sete equipas, com uma das quais esteve perto de ganhar o título da National League.
Logo antes de começar a temporada 2013 concedeu uma entrevista a Trent Beattie para a National Catholic Register, onde, junto a questões meramente desportivas, aborda a sua visão da religião e da vida.
A paciência
Agradece ao seu pai que o animasse a dedicar-se ao basebol, mas sobretudo "que esteve sempre decidido a ser um grande pai para mim, a estar ali, não só em corpo, mas sim em alma: não se limitava a cumprir uma função, dava tudo de si mesmo". E agradece ao seu primeiro treinador que lhe ensinasse "humildade e paciência" quando lhe exigiu trabalho duro para desenvolver o seu potencial, até o conseguir chupou muito banco.
Ao passar das virtudes cardinais às sobrenaturais, Mark explica que foi baptizado como baptista: "Mas quando cresci, algumas vezes ia à missa. Sempre teve muito respeito pela religião em geral e pelo catolicismo em particular, mas não me converti ao catolicismo até que conheci a minha futura esposa. Comecei a ir à missa com ela habitualmente em princípios do ano 2000, e casamo-nos nesse ano". Jamie e ele tiveram desde então três filhos.
Mark e Jamie, com os seus três filhos.
A missa, foi de graças
"A missa é o que mais aprecio de ser católico. Vás onde fores no mundo, a missa sempre está aí. É a pedra angular da fé católica, o que nos une como crentes. Essa tradição ininterrompida desde tempos apostólicos é algo formoso que nos mostra com claridade o amor que Deus nos tem. Há muitas graças para nós que podemos receber da missa, mas somos nós quem temos que decidir como vamos utilizá-las na nossa vida diária. Não basta ir. Temos que dar-nos conta de que se nos deu para viver uma vida virtuosa. Se temos olhos para ver e ouvidos para ouvir, a nossa vida mudará através da missa".
Mark ressalva logo a virtude da paciência no desporto, por contraste com a agressividade, a que o jogo parece chamar-te com força: "É mais fácil ser paciente com a ajuda dos sacramentos, dos sacramentais e das orações da Igreja. Também com a ajuda de uma esposa que te ama, como a minha. Ela ajuda-me a ser paciente não só jogando ao basebol, mas também, o que é mais importante, educando os nossos filhos. Ela os entende melhor e é mais compreensiva com eles que eu. É o que fazem tão bem as mães ajudando-nos aos pais com as excentricidades das crianças que a nós nos deixam loucos".
De onde vem a Bíblia, aí está a verdade
Enquanto procedente do âmbito protestante, Mark é sensível a um argumento bíblico a favor da Igreja: "Milhares de denominações distintas falam da sua interpretação da Bíblia como a correcta, mas passam por alto o facto de que temos recebido a Bíblia da Igreja católica. Se só reconhecêssemos isso, já saberíamos onde ir para a interpretação correcta".
Kotsay comenta que partilhar a fé é frequente no mundillo do basebol: "Não se trata de ensinar o catecismo inteiro, pode ser um simples ´Deus te bendiga´ ou um convite à missa". Ele é dos que rezam durante o jogo, mas não é tanto de agradecer os pontos quando os consegue, mas sim de encomendar a tarefa saía como saía: "Gosto de honrar a Deus passe o que passe. Benzo-me no balneário, e logo, se ganho, estupendo, e se não, estupendo também, porque uma má rebatida também é uma ocasião para exercitar a paciência. A Carta de Santiago (1, 4) diz: ´A paciência deve ser perfeita se queres ser perfeito´. Ao aceitar as coisas que não saem como tu queres, abraças as cruzes que Deus te envia. Com a paciência te transcendes a ti mesmo e afirmas a Deus".
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