Paride Tabán |
Jesús Bastante, 02 de Fevereiro de 2013 às 17:49
(J. Bastante).- Um homem tranquilo, consciente da sua vocação e do trabalho realizado. O seu apelido significa "cansado" em árabe, ainda que apesar de estar jubilado jamais deixou de lutar pela paz. E é que Paride Tabán é homem de paz, um pastor da reconciliação, que te faz sentir em casa com só um olhar.
O bispo emérito de Torit, e um dos artífices da criação do Sudão do Sul, recebeu esta tarde o Prémio à Fraternidade da revista "Mundo Negro", no decorrer do encontro Antropologia e Missão, por «uma vida dedicada a construir pontes de encontro, diálogo e reconciliação».
Proposto ao Nobel da Paz, Tabán considera que "o futuro da Igreja católica está em África", e mostra-se optimista face ao recentemente criado estado do Sudão do Sul. "Toda a África respirou ao ver o Sudão trabalhando pela paz", explica numa entrevista à RD, que publicaremos nos próximos dias.
A respeito da violência contra os cristãos, o bispo lamenta "o extremismo de alguns grupos fundamentalistas islâmicos", ainda que recorde que a convivência com o Islão "não é difícil", e assinala que um dos seus avós era muçulmano.
"Toda uma vida a favor da paz e da reconciliação", foi o discurso pronunciado por este africano, orgulhoso de sê-lo. O prémio foi entregue pelo provincial dos Combonianos, Ramón Eguíluz. E é que, como ele mesmo assinalou, "a paz e a reconciliação são possíveis no Sudão do Sul".
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