Javier Luzón e professor de Antropologia Teológica, foi durante anos exorcista na diocese de Madrid, e participou na década de 90 em milhares de intervenções. É autor do livro “Las seis puertas del Enemigo. Experiencias de un exorcista (www.lasseispuertas.com).
No seu canal de YouTube "Tiempo de Respuestas" lamenta que
em lugares cristãos e outros se ofereçam sessões de yoga e mindfulness, inclusive a crianças, porque, na sua experiência
como exorcista "pode perceber como depois de um beneficio inicial, logo se seguem problemas graves".
O padre Luzón defende que o yoga e o mindfulness, com as suas técnicas de "distanciar-se do eu",
"se autoriza outros seres espirituais, a que chamam energias mas na realidade
são demónios, a
apoderamem-se da sua personalidade".
"Mindfulness significa atenção plena, concentração
nos seus sentimentos para se distanciar deles. Claro, que num primeiro momento,
a pessoa se sente eufórica, porque se esquece também dos sentimentos negativos,
mas ao distanciar-se do seu 'verdadeiro eu', está a dar lugar a que se instale
dentro de si, outros seres espirituais e sabe-se lá quem…
Conhecendo estes aspectos negativos e
altamente perigosos, sente-se muito preocupado com a ligeireza e
irresponsabilidade com que estas técnicas proliferam em colégios, escolas e
outros locais públicos.
"Todas as
práticas de relaxação e de exercícios de respiração, são posturas de invocação
a divindades hinduístas e fazem parte do processo para a anulação da pessoa,
para alcançar o estado do nirvana, uma espécie de ataraxia, uma anulação de sentimentos no qual, dizem eles, supostamente, a
pessoa se sente feliz e se dilui numa energia universal.
Porém o ser humano não é uma energia
universal, nomeadamente na cultura ocidental, é alguém que pensa, reflete e
quando quer entrar em contacto com a divindade reza, faz oração, dialoga com um
Ser Pessoal que é Deus, Alguém que o escuta e o ama. Não se esvazia, não se
anula, mas procura aproximar-se e identificar-se com o Deus.
Quando rezam os crentes monoteístas,
judeus, cristãos e muçulmanos, também se abstraem de envolvente, do mundano, do
ruído e do stress, por isso vão à
sinagoga, à igreja ou à mesquita e têm as suas orações próprias para se ligarem
ao divino ou um espaço doméstico mais recolhido e sereno. O seu objectivo é
adorar a Deus como ser humano que é, e nunca diluir-se ou alienar-se da sua
origem e constituição.
É bom ter presente estas diferenças, saber que orar e rezar é o oposto da meditação oriental, zen, ioga, mindfulness e práticas semelhantes que com a pressão social passaram a ser vulgares, mas da sua essência, origem veracidade e intenção pouco sabemos.
Manoel Maria e Vasconcelos
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