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domingo, 15 de dezembro de 2019

Padre Martins na visita do bispo à Ribeira Seca: “Quem segura a Igreja são as pessoas”

Momento da intervenção final do padre Martins Júnior, agradecendo ao bispo Nuno Brás e à comunidade da Ribeira Seca. Imagem extraída de um vídeo do Diário de Notícias, do Funchal.
“Quem segura a Igreja são as pessoas”, não as paredes, a engenharia ou a arquitectura, disse o padre José Martins Júnior, agora oficialmente administrador paroquial da Ribeira Seca (Machico, diocese do Funchal), no agradecimento que fez, no final da missa deste domingo. O acontecimento assinalou a reconciliação da diocese com a paróquia da Ribeira Seca e o seu responsável – mesmo que sem jurisdição oficial – dos últimos 42 anos. E a frase pode ser lida como uma alusão ao facto de há meio século um bispo diocesano não visitar a paróquia, que Martins Júnior considerava abandonada pela diocese.
O clima foi de festa, como o próprio previra, mas o padre Martins falou de uma “travessia no deserto” que a comunidade católica fez neste tempo. Mas, acrescentou, “nunca nos sentimos deserto”, sublinhando antes a alegria pelo momento de reconciliação. O bispo Nuno Brás, pelo seu lado, confessou a vontade que tinha de “celebrar a eucaristia” na Ribeira Seca: “Desde que cheguei à Madeira, pedia a Deus esta graça”, afirmou o bispo madeirense.
Na homilia, o bispo afirmou que “não faz sentido não nos aproximarmos uns dos outros e de todos aqueles que precisam de Jesus”, desafiando a comunidade paroquial da Ribeira Seca a que deixe “o seu conforto” por causa de quem “necessita de ajuda”. Isso é que  “é que é ser próximo”, acrescentou.
O padre Martins Júnior deixou ainda uma promessa: “Vamos continuar a aprofundar o papel do cristão dentro da Igreja e com a nossa boa vontade de redescobrir a face de Cristo, a face da Igreja e a caminhar para as fontes do evangelho, para as origens, nós queremos imitar o Papa Francisco que quer realmente entrar nos caminhos do autêntico Evangelho.”
(Na ligação anterior, pode ver-se uma galeria de fotos; aqui está o vídeo com um excerto da intervenção final do padre Martins Júnior)


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