2 Abr 19 | Estado, Política e Religiões, Islão, Últimas |
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, disse numa entrevista no domingo, dia 31 de março, por ocasião das eleições locais no seu país, que era possível reconverter a função do actual museu Hagia Sophia em mesquita.
As declarações surgem depois de várias manifestações de protesto contra o atentado terrorista numa mesquita da Nova Zelândia, cujo atirador disse que a Hagia Sophia deveria ficar “livre de minaretes”.
A sugestão de Erdogan deixou a Grécia irritada, pois o monumento, antes de ter ido mesquita, foi a principal igreja do cristianismo oriental, originalmente construída no século VI. E assim permaneceu, tornando-se a sede da Igreja Ortodoxa Grega, até ser convertida em mesquita após a conquista otomana da então Constantinopla, em 1453. Com o fim do Império Otomano e a criação da atual Turquia, o líder da nova nação, Ataturk, transformou a estrutura num museu, que atrai milhões de turistas todos os anos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros grego, George Katrougalos, reagiu, dizendo que Hagia Sophia “não é apenas um grande templo da cristandade – o maior durante muitos séculos -, mas também pertence à humanidade. Foi reconhecido pela UNESCO como parte de nossa herança cultural global”. “Portanto, qualquer questionamento desse estatuto não é apenas um insulto aos sentimentos dos cristãos, é um insulto à comunidade internacional e ao direito internacional”, acrescentou.
“Esperamos que as declarações corretas de 16 de março das autoridades turcas sejam válidas e que não haja mudança desse estatuto”, acrescentou o ministro, referindo-se a uma intervenção de Erdogan, descartou a possibilidade de mudar a função de Hagia Sophia. Mas o próprio Erdogan já rezou dentro do antigo templo.
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