Páginas

domingo, 2 de dezembro de 2018

Portugal - um país livre com famílias ameaçadas

A responsabilidade de educar compete primordialmente aos pais, assiste à família, como sustentáculo do desenvolvimento da personalidade e da cidadania dos seus membros, o direito de enquadrar a educação dos seus filhos nos princípios e nos valores que perfilham.

Porém, o Ministério da Educação criou e implementou de forma obrigatória a disciplina “Cidadania e Desenvolvimento”, a qual é portadora de matérias gravíssimas, perturbadoras e desestruturantes da personalidade infantil, do caracter, dos afectos e do seu crescimento global, repercutindo-se na sua integralidade homeostática.

Caminhamos para uma realidade em que a maioria das famílias do nosso país tem ameaçada a liberdade de educar os seus filhos de acordo com o seu perfil familiar, pois esta anómala disciplina de cariz ideológico, imposta de forma abusiva, corta a liberdade de educação.

Naturalmente, os pais mais atentos e informados desta estratégia manipuladora, estão deveras preocupados com a evolução que esta medida autoritária e antidemocrática do Ministério da Educação, que parece mais preocupado com as “sexualidades” do que com a instrução, com o saber, o aprender e o ensinar a crescer.

Enquanto noutros contextos se procura ensinar a “aprender” a ser um líder de excelência, com base nas quatro virtudes cardinais – prudência, coragem, autocontrolo e justiça, almejando atingir as virtudes supremas: a magnanimidade e a humildade, com o modelo introduzido, reduzem-se as aprendizagens ao mínimo dos saberes e aplica-se obrigatoriamente a Ideologia do Género.

Nalguns círculos é frequente o debate sobre o que é ser magnânimo ou grandioso, concluindo-se que única grandiosidade verdadeira se traduz no crescimento espiritual das pessoas e não em termos materiais, a única grandiosidade possível é a pessoal e é isso que os líderes fazem: educam as suas pessoas, ajudam-nas a crescer, a serem magnânimas e a encontrar sentido para as suas vidas.
Todas as virtudes estão relacionadas entre si. São como os dedos de uma mão que crescem em conjunto. O que significa que não é possível alcançar a magnanimidade, que é a virtude da excelência, se não se trabalhar nas demais virtudes. Nas virtudes do intelecto, nas virtudes da vontade, nas virtudes do coração. Assim, poderemos dizer que o ser humano é intelecto, vontade e coração. Ou seja, existem virtudes que estão enraizadas no intelecto, como a virtude da prudência. Ou as que estão enraizadas na vontade, que são a coragem, o autocontrolo e a justiça. E depois existem virtudes específicas como a magnificência e a humildade que não estão enraizadas no intelecto, mas sim no coração e de uma forma muito profunda.
As famílias estão atentas e farão ouvir a sua voz pois são elas a base da sociedade, a base da educação, o suporte incondicional dos seus membros onde podem desenvolver as suas virtudes e crescer integralmente com vista a servir com verdade a sociedade.
Maria Susana Mexia



1 comentário:

  1. Neste ’servir com verdade a sociedade’ está a raiz da verdadeira liberdade de educação, que não pode ser estrangulada por nenhuma imposição ideológica por parte das instituições do Estado. Neste caso, este está a comprovar a existência de um totalitarismo ideológico por detrás da sua aparente face democrática. Parabéns à autora por falar claramente de tema tão pertinente!

    ResponderEliminar