A responsabilidade de educar compete primordialmente aos pais, assiste à família, como sustentáculo do
desenvolvimento da personalidade e da cidadania dos seus membros, o direito
de enquadrar a educação dos seus filhos nos princípios e nos valores que
perfilham.
Porém, o Ministério da Educação criou e implementou de
forma obrigatória a disciplina “Cidadania
e Desenvolvimento”, a qual é portadora de matérias gravíssimas, perturbadoras
e desestruturantes da personalidade infantil, do caracter, dos afectos e do seu
crescimento global, repercutindo-se na sua integralidade homeostática.
Caminhamos para uma realidade em que a maioria das
famílias do nosso país tem ameaçada a liberdade de educar os seus filhos de acordo
com o seu perfil familiar, pois esta anómala disciplina de cariz ideológico,
imposta de forma abusiva, corta a liberdade de educação.
Naturalmente, os pais mais atentos e informados desta
estratégia manipuladora, estão deveras preocupados com a evolução que esta
medida autoritária e antidemocrática do Ministério da Educação, que parece mais
preocupado com as “sexualidades” do que com a instrução, com o saber, o
aprender e o ensinar a crescer.
Enquanto noutros contextos
se procura ensinar a “aprender” a ser um líder de excelência, com base nas
quatro virtudes cardinais – prudência, coragem, autocontrolo e justiça,
almejando atingir as virtudes supremas: a magnanimidade e a humildade, com o
modelo introduzido, reduzem-se as aprendizagens ao mínimo dos saberes e
aplica-se obrigatoriamente a Ideologia do Género.
Nalguns círculos é
frequente o debate sobre o que é ser magnânimo ou grandioso, concluindo-se que única
grandiosidade verdadeira se traduz no crescimento espiritual das pessoas e não
em termos materiais, a única grandiosidade possível é a pessoal e é isso que os
líderes fazem: educam as suas pessoas, ajudam-nas a crescer, a serem magnânimas
e a encontrar sentido para as suas vidas.
Todas as virtudes estão
relacionadas entre si. São como os dedos de uma mão que crescem em conjunto. O
que significa que não é possível alcançar a magnanimidade, que é a virtude da
excelência, se não se trabalhar nas demais virtudes. Nas virtudes do intelecto,
nas virtudes da vontade, nas virtudes do coração. Assim, poderemos dizer que o
ser humano é intelecto, vontade e coração. Ou seja, existem virtudes que estão
enraizadas no intelecto, como a virtude da prudência. Ou as que estão
enraizadas na vontade, que são a coragem, o autocontrolo e a justiça. E depois
existem virtudes específicas como a magnificência e a humildade que não estão
enraizadas no intelecto, mas sim no coração e de uma forma muito profunda.
As famílias estão atentas
e farão ouvir a sua voz pois são elas a base da sociedade, a base da educação,
o suporte incondicional dos seus membros onde podem desenvolver as suas virtudes
e crescer integralmente com vista a servir com verdade a sociedade.
Maria Susana Mexia |
Neste ’servir com verdade a sociedade’ está a raiz da verdadeira liberdade de educação, que não pode ser estrangulada por nenhuma imposição ideológica por parte das instituições do Estado. Neste caso, este está a comprovar a existência de um totalitarismo ideológico por detrás da sua aparente face democrática. Parabéns à autora por falar claramente de tema tão pertinente!
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