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sábado, 15 de dezembro de 2018

Light, muito light ou…

Numa sociedade de bem-estar, onde o hedonismo, o permissivismo, o relativismo e o consumismo ditam a lei. O Natal tornou-se no momento fulcral do materialismo, consumado, numa alegoria, que de tão light, soft ou esbatida, para não perturbar o laicismo imperativo do politicamente correcto, já não tem qualquer vestígio ou resíduo de essência. Os tempos actuais são cada vez mais mediáticos, mais corrosivos e folclóricos, as pressões são muitas para se aligeirar e até fazer desaparecer, por completo, todo e qualquer vestígio de cristianismo, ao cimo da terra.

Porém, nunca se assistiu a uma necessidade tão imperiosa, quanto urgente, de buscar um sentido para a vida, um conforto para a solidão, uma companhia para o abandono físico e moral, um alento para viver. O ser humano sente-se só, vazio, vulnerável, angustiado e cansado da vida, de tudo e de todos.

Este é o maior sintoma da falta de fé, consequência do crime que foi feito ao longo de gerações – e ainda hoje se pratica - de tirar toda e qualquer referência de Deus, de nos terem coartado a possibilidade de virmos a conhecer a verdadeira dimensão do ser humano, de terem desnaturado e esvaziado o valor divino de que o ser humano é portador.

Diagnóstico feito, resta a esperança de um bom prognóstico, se cada um de nós, aqueles a quem ainda resta uma réstia de Fé e de Esperança, fizer deste Natal um Hino à Caridade, fomentando o que edifica e enaltece o Homem, o que nos torna mais ricos por dentro e generosos nos afectos, na partilha da palavra amiga, do sorriso e da certeza da vinda ao mundo de um Deus Salvador.

Contra a mística do nada, dos falsos absolutos e dos devaneios ideológicos, façamos deste Natal um tempo de alegria contagiante, plasmando no ambiente que nos rodeia o Amor de Cristo Jesus filho de Deus, que veio ao mundo e do qual nesta data festejamos o Seu aniversário.

Parabéns a Jesus e Feliz Natal para todos.

Maria Susana Mexia



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