Numa sociedade de bem-estar, onde o hedonismo, o
permissivismo, o relativismo e o consumismo ditam a lei. O Natal tornou-se no
momento fulcral do materialismo, consumado, numa alegoria, que de tão light,
soft ou esbatida, para não perturbar o laicismo imperativo do politicamente
correcto, já não tem qualquer vestígio ou resíduo de essência. Os tempos actuais
são cada vez mais mediáticos, mais corrosivos e folclóricos, as pressões são
muitas para se aligeirar e até fazer desaparecer, por completo, todo e qualquer
vestígio de cristianismo, ao cimo da terra.
Porém, nunca se assistiu a uma necessidade tão imperiosa,
quanto urgente, de buscar um sentido para a vida, um conforto para a solidão, uma
companhia para o abandono físico e moral, um alento para viver. O ser humano
sente-se só, vazio, vulnerável, angustiado e cansado da vida, de tudo e de
todos.
Este é o maior sintoma da falta de fé, consequência do crime
que foi feito ao longo de gerações – e ainda hoje se pratica - de tirar toda e
qualquer referência de Deus, de nos terem coartado a possibilidade de virmos a
conhecer a verdadeira dimensão do ser humano, de terem desnaturado e esvaziado
o valor divino de que o ser humano é portador.
Diagnóstico feito, resta a esperança de um bom prognóstico,
se cada um de nós, aqueles a quem ainda resta uma réstia de Fé e de Esperança,
fizer deste Natal um Hino à Caridade, fomentando o que edifica e enaltece o
Homem, o que nos torna mais ricos por dentro e generosos nos afectos, na
partilha da palavra amiga, do sorriso e da certeza da vinda ao mundo de um Deus
Salvador.
Contra a mística do nada, dos falsos absolutos e dos devaneios
ideológicos, façamos deste Natal um tempo de alegria contagiante, plasmando no
ambiente que nos rodeia o Amor de Cristo Jesus filho de Deus, que veio ao mundo
e do qual nesta data festejamos o Seu aniversário.
Parabéns a Jesus e Feliz Natal para todos.
Maria Susana Mexia |
Sem comentários:
Enviar um comentário