Em tempos desvirtuados pelo relativismo, já tudo pode parecer
normal, banal, divertido e consensual, mas na verdade não é, nem pode ser, há
que ter um pouco de bom senso e de discernimento para compreender onde acaba o
sério e começa a palhaçada.
Não satisfeitos com a frenética antecedência que colaram ao
advento, um tempo de tranquila espera em Deus, substituindo-o por uma correria
às compras, logo com início na noite dos preços baratos, com ares de grande
modernidade, este destempero consumista acompanhado de grandes almoços e
jantares de festas, conseguiu ainda ser suplantado por uma “ideia mais genial”-
Paradas de Natal.
Pegou de moda, é uma espécie de carnaval, infantil, embora
com muitos adultos e com grande apoio das edilidades respectivas, dos
comerciantes, do povo, algum, das crianças, dos jovens e claro, dos
crescidos-eternos adolescentes.
É uma euforia, é uma algazarra, são toneladas de gastos
ridículos e desnecessários, é tudo menos Natal, na verdadeira essência da
palavra. Chego até a pensar que muitas pessoas já não sabem, ou não aprenderam,
ou não lhes foi ensinado o que significa este acontecimento na história da
humanidade, na formação dum continente e na grandeza da existência de um Deus
Menino, que se fez homem e veio ao mundo para nos salvar.
Um Natal desligado de Jesus Cristo é uma coisa patética,
ridícula e esquizoide, não bate a bota com a perdigota e nem é preciso ser
cristão para perceber isto, basta um pouco de senso comum, ou de cultura geral,
já nem falando em conhecimentos históricos ou saber religioso.
É tempo de deixar de carnavalizar o Natal e de assumir que a
sua magia não está em paradas, em festas, em loucuras estonteantes, em gastos
exuberantes, nem em ceias faustosas ou roupas luminosas, mas sim na singeleza do
Deus-Menino que nasceu em Belém para que no mundo se acenda a Paz e o Bem.
O Presépio é a verdadeira Cidade Natal e em parada silenciosa
e orante devem os homens aproximar-se dele com a suprema ambição de encontrar o
Deus Menino, beleza sem igual, que brilha e aquece os corações num Santo Natal.
Artur Pereira dos Santos
Este texto assenta que nem uma luva no que me foi dado observar ao natural e na televisão, onde este alarido carnavalesco foi passado e repassado…
ResponderEliminarAusência de bom senso? De informação e de formação? ou simplesmente comércio?
Em qualquer dos casos é uma triste figura, sei que foram casos muito pontuais, mas é lamentável…
Tudo serve para abafar o nascimento de Jesus Cristo, ou distorcer a crença dos cristãos, mesmo vinda, por vezes, de quem tem mais responsabilidade face a Deus e aos homens, porque a sua qualificação a isso os obriga. Mas são assim, que Deus lhes perdoe, uns por que não sabem o que fazem e outros porque sabem o que dizem e o mal que provocam mas não abdicam do seu protagonismo mediático.