Para os que nascemos na aldeia
nunca houve dúvidas sobre o nascimento dos frangos ou dos coelhos no
frigorífico dos supermercados, ou das
criancinhas trazidas no bico das
cegonhas.
Víamos que todos animais
acasalavam naturalmente entre si (um e uma), assistíamos ao nascimento das
suas crias, sem termos necessidade de
aulas especializadas...
Também, sem ponta de dúvida,
distinguíamos macieiras, pereiras, couves e nabos e de outras árvores ou
vegetais, que agora, pobres coitados, são vítimas dos “vegans”. Nabos há
muitos, tal como os chapéus…
Neste momento de tanta
invenção e inversão e preocupação com a nossa saúde (nossa, e de modo particular dos animais), temo pelas mortes
prematuras da nossa sociedade, não pelo excesso de sal, carne ou açúcar, mas
dessa doença do ridículo em que se caiu.
Isto surge a propósito da
preocupação do Ministério da (des) Educação que decide “brindar” os pais e educadores com os seus famosos
Programas, livremente obrigatórios, passando–lhes um atestado de ignorância e
irresponsabilidade na educação de seus filhos e educandos. Sim, porque agora há
iluminados(as) enciclopédicos (as).
Primeiro foram os programas de Ciências e Biologia, depois os Programas de Educação Sexual (apelidados
por alguns, pelo seu realismo, de “zootecnia” ou” veterinária”).
Agora surge, também
obrigatória, a Educação para a Cidadania, leia-se ideologia do género. Fartaram-se de
sexualidade e agora todos são assexuados. Quando nascem não sabem o que são, se
homens ou mulheres. Logo se vê. Cada um decide aos 16 anos. O contribuinte pode
sempre pagar!
Por mais que queiram, Deus
criou-os homem mulher e o resto machos e fêmeas. Aqui apetece-me citar Diogo
Faro: “...trazidos ao mundo pelo Deus cristão, muçulmano, judaico ou outro,
para não dizerem que não sou tolerante”.
Por
favor, os portugueses (as) não são parvos (as). Não tentem dar-lhes gato por
lebre!
Maria Viegas
Professora do
2º e 3º Ciclo
Inimaginável dizer tantas verdades em tão pouco espaço. E com uma espontaneidade e frontalidade próprias de quem sabe o que diz, sabe o que vê, tem discernimento e coragem.
ResponderEliminarParabéns querida autora, não desista, continue a chamar a atenção e a apelar, no mínimo, ao bom senso...
Texto extraordinário! Realmente, a sabedoria está nas coisas simples e verdadeiras. Como é bom ler um texto tao claro e sábio! Obrigada!!
ResponderEliminar‘Pão, pão; queijo, queijo’: isto é tudo verdade! Realmente no ministério da (des) educação andam a brincar (a sério) com os pais, alunos e professores. Mas, como bem diz a autora, nós não somos parvos. Sabemos bem o que queremos e estamos fartos do ridiculamente ‘correto’!...
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