Ensino em Casa ou
homeschooling é uma prática de ensino leccionado no domicílio do
aluno, por um familiar ou por pessoa que com ele habite, e que se torna
responsável pela acção educativa.
Esta modalidade de
educação domiciliar, onde a instrução é dada em família e não nas escolas,
tornou-se um fenómeno social com mais de dois milhões de estudantes e com uma
taxa de crescimento anual entre os 7 e os 15%.
Nasceu nos Estados
Unidos, na década de sessenta, está legalizada e é muito comum em países como
Estados Unidos, Áustria, Bélgica, Canadá, Austrália, França, Noruega, Portugal,
Rússia, Itália e Nova Zelândia, o que significa que, sendo a escolaridade
obrigatória, as crianças não têm forçosamente que frequentar uma escola pública
ou privada.
Nas últimas décadas, esta
preferência foi muito procurada, em consequência de uma consciência da
importância da educação em casa bem inserida na comunidade e dos vários aspectos
negativos que o ensino público apresenta, como a agressividade na dinâmica
social do ambiente escolar, o receio de perigos como drogas, bullying,
sexualidade precoce, violência psicológica e constantes ataques aos valores
morais, culturais, ideológicos e religiosos.
Portugal, está a
presenciar um aumento de famílias empreendedoras que assumem a
educação dos seus filhos de forma mais integral. Em 2012 eram 63 as crianças
matriculadas em Ensino Doméstico, atualmente são 909. Estas famílias de forma
ponderada avaliaram a situação e optaram por uma modalidade de ensino com resultados
académicos semelhantes ou mesmo superiores aos alunos que frequentam a escola.
Contudo, não são só os
resultados académicos que fazem optar as famílias pelo Ensino em Casa. O Ensino
em Casa é uma oportunidade excelente de crescimento familiar com reflexos
positivos em toda a sociedade. Estudos, realizados concluiram que os
alunos do ensino domiciliar têm resultados satisfatórios, em geral acima da
média, um excelente desenvolvimento social, emocional e psicológico, com uma
boa “interação com pares”, “boa autoestima”, “capacidade de liderança”, “coesão
familiar” e “participação em serviços comunitários”.
Ainda que não frequentem
a escola publica, a sua capacidade de sociabilização não é inferior aos outros,
na medida em que os pais com crianças em ensino doméstico, procuram
inscrevê-los em actividades extra (desporto, música, informática, línguas,
escutismo, etc.), não só para poderem aprender outros conteúdos, mas sobretudo
para terem oportunidade de estarem com outras crianças da sua idade, relacionando-se
com elas, partilhando experiências e adquirindo competências sociais.
Também as famílias que
praticam o ensino em casa estão conectadas umas com as outras através das redes
sociais (fóruns, blogues, sites e grupos do Facebook), boletins, reuniões, excursões
com quem partilham dúvidas, dificuldades e actividades.
A responsabilidade de educar compete primordialmente aos
pais, assiste à família, como
sustentáculo do desenvolvimento da personalidade e da cidadania dos seus
membros, o direito de enquadrar a educação dos seus filhos nos princípios e nos
valores que perfilham.
Nalguns círculos é
frequente o debate sobre o que é ser magnânimo ou grandioso, concluindo-se que única
grandiosidade verdadeira traduz-se no crescimento espiritual das pessoas e não
em termos materiais, a única grandiosidade possível é a pessoal e é isso que os
líderes fazem: educam as suas pessoas, ajudam-nas a crescer, a serem magnânimas
e a encontrar sentido para as suas vidas.
E é este um exemplo de
modelo formativo que se procura fazer no Ensino em Casa, com muito tempo,
dedicação, trabalho e consciencialização e amor.
Maria Susana Mexia |
Artigo muito bom e interessante! Há estudos feitos no Canadá com universos significativos de jovens adultos que foram educados em ensino doméstico comparativamente a jovens adultos que frequentaram a escola, e a percentagem dos que foram educados em ensino doméstico que em adultos se sentem completamente felizes é substancialmente maior do que essa percentagem entre os que frequentaram escolas! Apostemos na maior felicidade futura das gerações de estudantes de hoje. O ensino doméstico tem dado provas a esse favor!
ResponderEliminarComo era bom o Estado apostar neste tipo de ensino e apoiar as famílias de forma concreta.
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