Realizou-se
há poucas semanas, no norte do País, um Seminário intitulado O Poder do Serviço. Chegaram-me ecos de
participantes neste evento, relatando com entusiasmo o conteúdo das
Comunicações e dos testemunhos dados por alguns casais, que apesar das suas
dificuldades transmitem felicidade a outros.
Conheço
alguém, que, não tendo participado no referido Seminário, é um desses
testemunhos vivos da alegria do Serviço. Jovem já algumas décadas, mãe de
filhos e avó de netos, sempre elegante e sorridente, sem um mínimo de ruído
chega a tudo e a todos.
Perguntar-me-ão e o marido? Sim porque tem
marido! Apesar da sua doença, progressiva, ele também entra no jogo:
- ”Não tens de ir visitar a Joaninha…” (nome fictício). Esta é uma senhora doente,
sem família, vivendo num pequeno T 0. Sabe que pode contar sempre com ela. Os
medicamentos levados a tempo e horas, a ida ao médico ou visitar uma
nonagenária familiar. Até pode pedir-lhe umas tripas enfarinhadas sem que a
amiga se escandalize!...
Não
faltam as consultas do marido, os jantares lá em casa, com filhos e netos, e
até jantares de compromissos profissionais ou os lanches de aniversário das
amigas. Naquela agenda elástica, qual puzzle colorido, qualquer que seja a
posição das peças, sempre constroem a palavra SERVIR.
Não
conjuga o “não tenho tempo”, perante
o mínimo pedido. E quando dá uma boleia fá-lo com tal elegância, que quem não vive
no Porto se convence que o Carvalhido é paredes-meias com Valbom.
Até
depois de nos dar uma mão, sai-lhe aquele “Bem-haja”
que só os beirões costumam usar.
E como ao verdadeiro serviço nem sempre
corresponde a gratidão, sem queixume nem amargura exclama: ”Aqui a paga é
prata; lá em Cima será ouro!!!”
Maria
Viegas
Sem comentários:
Enviar um comentário