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domingo, 25 de novembro de 2018

O Poder do serviço

Realizou-se há poucas semanas, no norte do País, um Seminário intitulado O Poder do Serviço. Chegaram-me ecos de participantes neste evento, relatando com entusiasmo o conteúdo das Comunicações e dos testemunhos dados por alguns casais, que apesar das suas dificuldades transmitem felicidade a outros.

Conheço alguém, que, não tendo participado no referido Seminário, é um desses testemunhos vivos da alegria do Serviço. Jovem já algumas décadas, mãe de filhos e avó de netos, sempre elegante e sorridente, sem um mínimo de ruído chega a tudo e a todos.

Perguntar-me-ão e o marido? Sim porque tem marido! Apesar da sua doença, progressiva, ele também entra no jogo:

- ”Não tens de ir visitar a Joaninha…” (nome fictício). Esta é uma senhora doente, sem família, vivendo num pequeno T 0. Sabe que pode contar sempre com ela. Os medicamentos levados a tempo e horas, a ida ao médico ou visitar uma nonagenária familiar. Até pode pedir-lhe umas tripas enfarinhadas sem que a amiga se escandalize!...

Não faltam as consultas do marido, os jantares lá em casa, com filhos e netos, e até jantares de compromissos profissionais ou os lanches de aniversário das amigas. Naquela agenda elástica, qual puzzle colorido, qualquer que seja a posição das peças, sempre constroem a palavra SERVIR.

Não conjuga o “não tenho tempo”, perante o mínimo pedido. E quando dá uma boleia fá-lo com tal elegância, que quem não vive no Porto se convence que o Carvalhido é paredes-meias com Valbom.

Até depois de nos dar uma mão, sai-lhe aquele “Bem-haja” que só os beirões costumam usar.

E como ao verdadeiro serviço nem sempre corresponde a gratidão, sem queixume nem amargura exclama: ”Aqui a paga é prata; lá em Cima será ouro!!!”

Maria Viegas



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