A vida tem destas coisas. Ser
feliz no meio das adversidades. Precisamente na semana que findou, alguém que
possui uma fé enorme, me confidenciou que tinha sido confrontado com inúmeros
problemas. Mas também com inúmeras alegrias que ajudaram a alcançar algum
equilíbrio. Afirmava mesmo que via a mão de Deus nos acontecimentos. Por um
lado a cruz, ou seja o sacrifício, por outro lado foram-lhe proporcionados
momentos de extrema felicidade em que todos os maus momentos vividos se
diluíam. Quando estamos perto de Deus, encontramos sempre um tempo, para
colocar nas Suas mãos o que não conseguimos resolver. Claro que sempre por
intermédio de Sua Mãe Maria Santíssima que nos recorda que estamos chamados a
pensar na virtude da esperança, através da qual confiamos alcançar um dia a
vida eterna. O poder infinito conduz-nos a um bem infinito, afirmava a pessoa
em questão. Constitui precisamente um chamamento de Deus. Referiu quanto nos
ajudaria colocarmos toda a nossa esperança na omnipotência misericordiosa de
Deus, trabalhando cada dia que passa cheios de amor ao próximo, na expetativa de
que Jesus nos dará um dia uma alegria que ninguém nos poderá tirar. Claro que
contamos com a preciosa ajuda do nosso anjo da guarda a quem recorremos para
semear alegria nos diferentes ambientes em que nos movimentamos, em particular
na nossa casa.
Por outro lado, deu ênfase sobre
a necessidade de se apresentar com clareza e otimismo a mensagem de Jesus, a
única luz que é na realidade capaz de dar esperança a todos os corações. S. Josemaria in Caminho refere que a
beleza da Fé Católica dá solução a todas as nossas ansiedades, aquieta o
entendimento e enche de esperança o coração. Este Santo também afirmou: “A
nossa cela é a rua”. Frequentemente, pensamos como é que alguma vez poderemos
ser santos, quando a nossa vida é constituída por correrias. Não há tempo para
nada. Na verdade, não conseguimos unicamente porque não nos propomos a isso.
São João Paulo II disse: “Ser santo é lutar contra os erros todos os dias”. E
ainda: “A vocação do cristão é a santidade, em todos os momentos da vida. Na
primavera da juventude, na plenitude do verão da idade madura, e depois também
no outono e no inverno da velhice e por último, na hora da morte”.
Diria mesmo que a esperança
constitui a virtude do caminhante, do nosso peregrinar na terra. Devemos olhar
o mundo com otimismo, recordando que, sempre se abrirá uma porta, um caminho,
que não tínhamos visualizado anteriormente. Recordemos que o símbolo da
esperança é a âncora, ou seja, estamos presos a Deus, pelo esforço de
perseverarmos, por sermos coerentes. Esta esperança que requer audácia para nos
superarmos. Devemos voltar a considerar a atitude dos primeiros cristãos.
Quantos deram a vida por Jesus? Não é isso que nos é solicitado mas sim sermos
pessoas alegres que transmitem a fé. Somos herdeiros dos primeiros cristãos. É
Deus que nos santifica, que nos concede todas as graças. Não percamos o sentido
da vida. Recordemos São Paulo que afirmava: “Sede alegres na esperança, fortes
na tribulação, perseverantes na oração”.
É necessário com coerência de
vida para transmitir o Evangelho à nossa volta. A maioria das pessoas, querem
conhecer a Deus.
S. Josemaria escreveu: “Hoje na tua oração, confirmaste-te no
propósito de ser santo. Compreendo-te quando acrescentas concretizando: - Sei
que o conseguirei, não porque esteja seguro de mim, Jesus, mas porque… estou
seguro de Ti”.
A felicidade do céu está para
aqueles que são felizes na terra. Vimos de Deus e vamos para Deus que é
omnipotente, nos ama e é fiel às suas promessas. Oxalá consigamos
identificar-nos com a Sua mensagem, porque o Senhor levá-la-á a cumprimento.
Tenhamos a coragem de viver de acordo com a nossa fé.
Gostei imenso de ouvir tudo o que
me foi confidenciado. Ajuda-nos a fortalecer a nossa fé. Que Santa Maria,
Rainha da Esperança, interceda por todos nós, ajudando-nos a ser felizes apesar
das contrariedades que por vezes surgem.
Maria Helena Paes |
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