O ioga
é uma moda muito em voga. De ano para ano, quer na europa quer nos EUA, têm
proliferado os locais onde se pode frequentar esta prática.
Considerada
por muitos como um excelente exercício de relaxamento muscular, com reflexos
numa melhor qualidade da respiração e aumento da flexibilidade, tem tido muito
sucesso no alívio dos problemas resultantes duma vida sedentária e demasiado
stressada.
Porém,
dada a sua origem e o seu historial ao longo dos séculos, sabemos que os asanas e os mantras são formas de adoração e invocação aos deuses pagãos da
filosofia/religião budista-hinduísta-panteísta e que nunca estão desprovidas
deste sentido.
Variando
de escola para escola, é uma realidade que o discurso do orientador das aulas, mestre
ou guru, tem sempre um cariz espiritual de identificação com as suas divindades,
conduz a uma busca de auto-realização pessoal, convertendo o homem num semi-deus,
centrado em si, no seu eu, de mente esvaziada pela meditação.
Sem
dúvida que o ioga é muito mais do que uma simples modalidade de exercício
físico, uma disciplina psicológica e física, pois é, essencialmente, uma
componente da tradição religiosa do oriente, budismo e hinduísmo, crenças
milenares da Índia e, naturalmente, desde sempre afastadas do cristianismo.
Porém,
no Ocidente, de vertente cultural greco-romana, com o desenvolvimento da razão,
da filosofia e consequente independência dos deuses da antiguidade, a Europa
desenvolveu-se com base na capacidade do homem poder e saber pensar, reforçada com
a componente espiritual do cristianismo, religião criada por Jesus Cristo,
Filho de Deus vivo que veio à terra e se fez homem para nos libertar de todo o
mal.
Todo o
cristão é livre e esta liberdade permite-lhe aproximar-se racionalmente do seu
Criador, amando-O e adorando-O ou afastar-se d´Ele procurando a idolatria ou
adulação a falsos deuses, nada que já não conste do Antigo Testamento…
Respondendo à velha questão: pode um cristão praticar ioga?
Pode,
como pode fazer tudo o que quiser, mas talvez não seja muito coerente correr o
risco de procurar águas em cisternas gretadas, sabendo que Jesus Cristo é a
verdadeira fonte de água viva…
E
haverá melhor imagem de relaxamento e de serenidade do que estar mergulhado na
oração da reza do terço, tão a gosto de Nossa Senhora, a nossa, a de Fátima? Ou
de ler e meditar nas passagens do Santo Evangelho? Ou de frequentar cursos onde
se ensina a verdadeira doutrina cristã? É um facto que grande parte dos adultos
as ignora porque não andou na Catequese, não teve aulas de religião, não
frequenta os Sacramentos, não sabe a sua essência, nem conhece o Catecismo da
Igreja Católica.
Talvez
o vazio espiritual que grassou no Ocidente seja o terreno fértil para a adesão
a esoterismos, religiões e práticas que culturalmente estão muito longe de nós.
Por
muito que os governos do século passado e deste em toda a Europa tenham
declarado uma guerra de perseguição, de destruição e de morte a tudo e todos os
que amam a Cruz de Cristo, um facto é que o ser humano não sobrevive sem a
identificação com o seu Deus Criador, que veio ao mundo e deu a Sua vida para
nos salvar.
Por muitas voltas que as ideologias tenham dado, com mais ou menos cruzes nas salas
de aula, com mais ou menos reivindicações em nome da laicidade, a verdade é que
o ser humano é por natureza um ser com propensão para o divino, para elevar os
olhos ao Céu, necessita de Deus como de alimento para a boca, porque nem só de
pão vive o homem e ao escolhermos
Deus não perdemos nada, mas ganhamos tudo.
Maria Susana Mexia |
Esta visão é reducionista e passa um atestado de menoridade às pessoas. Sabemos pensar pela nossa cabeça e manter as nossas convicções em ambientes diferentes dos “protetores” que preconiza. Pratico Yoga há muitos anos e ainda não me prostrei perante Shiva ou outro deus hindu. O modelo greco-romano do pensamento hipotético-dedutivo também produziu limitações na personalidade ao inibir, muitas vezes, a parte emocional... Praticar Yoga e participar na Eucaristia dominical são atividades perfeitamente compatíveis se feitas com com um correto uso da razão!
ResponderEliminarCompatíveis? lol...
EliminarJM completamente de acordo com o que diz, estou completamente chocada com esta visão!
EliminarAlém do mais, a autora evidencia um desconhecimento da posição da própria Igreja católica relativamente ao Hinduísmo e Budismo, expressa no Documento Conciliar "Nostra Aetate", sobre as relações da Igreja com as Religiões não cristãs. Referindo-se expressamente às Religiões atrás citadas, refere:
Eliminar«A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe, todavia, reflectem não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens. (…) Exorta, por isso, os seus filhos a que, com prudência e caridade, pelo diálogo e colaboração com os sequazes doutras religiões, dando testemunho da vida e fé cristãs, reconheçam conservem e promovam os bens espirituais e morais e os valores sócio-culturais que entre eles se encontram» (Nostra Aetate, n.º 2)
É perfeitamente possível separar o físico do espiritual na pratica de Yoga. Me parece um pouco ignorante se dizer que os dois são inseparáveis. Melhor ter um pouco de experiência de Yoga antes de falar isso.
ResponderEliminarNão vai ser uns alongamentos de músculos que vão fazer um cristão firme na sua fé, cambalear. Trate o Yoga, como uma corrida no parque, como uma natação na piscina e verás que é possível separar a experiência física da experiência espiritual do Yoga. Eu comecei a fazer Yoga com 16 anos completamente ignorante do que era o contexto espiritual da coisa. Pra falar a verdade, até hoje, com 31 anos, não sei bem - não me interesso. Eu rezo meu terço, vou a minha missa, e uso o Yoga para melhorar minha postura corporal, posicionamento da coluna, e manutenção de peso. E só!
Se forem a santidade.net verão que a Igreja tem um visão muito clara d que é o yoga e como o cristão deve agir.a maria susana defende essa mesma visão..mas como ela disse e muito bem,cada um é livre de tomar o rumo na sua vida de Cristão.lembrem—se de duas coisas:primeiro,deitamo—nos na cama que fazemos(quando nao ouvimos conselhos) e segundo quem somos nós para chamar ignorante a quem quer que seja!Depois vem a morte e a posição de quem era ou não era pode mudar...nao acham?
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarAcima referi o documento Conciliar "Nostra Aetate". Esta é a voz autorizada da Igreja que não pode ser contradita por qualquer opinião "endiabrada" do Padre Sousa Lara ou outro. Sabemos que existem muitas pessoas, incluindo clérigos, que gostariam de regressar aos tempos pré-conciliares. Graças a Deus isso não é possível, embora eles se esforcem muito. Paz e Bem!
Eliminar:-)
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
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