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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Papa abre o Tríduo Pascal na prisão romana de Rebibbia

O Papa lava os pés a um menino e à sua mãe

Lava os pés de 12 presos, 6 italianos e 6 estrangeiros, metade homens e metade mulheres


Roma, 02 de Abril de 2015 (Zenit.org) Sergio Mora


O Santo Padre Francisco visitou nesta Quinta-feira Santa a prisão romana de Rebibbia, para celebrar a missa "in Coena Domini” e realizar a cerimónia do lava-pés, que abre o "Tríduo Pascal".3

O Papa chegou logo após as 17 horas e foi recebido com entusiasmo e esperança. Primeiro as famílias dos presos e depois grande quantidade de detidos quiseram cumprimenta-lo e abraça-lo, enquanto entregavam objectos para serem abençoados. Até mesmo alguns presos, pela forma do cumprimento, davam a entender que eram muçulmanos.

"Agradeço-lhes – disse o Papa no final da saudação – o acolhimento tão caloroso e cheio de sentimento”.

O instituto penitenciário abrange uma área de 27 hectares, foi inaugurado em 1971 e tem 15 secções. Há 2.100 prisioneiros, dos quais 350 são mulheres. Conta com três capelães de tempo integral.

A cerimónia é na igreja do "Pai Nosso", localizada dentro da prisão, e participam na missa 150 homens e o mesmo número de mulheres vindas da prisão feminina ao lado. Entre elas, na primeira fila, estavam mães com crianças, desde recém nascidos até de três anos.

O Papa lava os pés de 6 homens e 6 mulheres: metade italianos e metade estrangeiros. Entre eles dois nigerianos, uma congolesa, uma equatoriana, um brasileiro e um da Nigéria.

Não é a primeira vez que o Papa celebra a santa missa em uma prisão. Pouco depois da sua eleição, em 2013, visitou a prisão para menores de Casal del Marmo, na periferia de Roma. No ano passado foi ao Centro de Santa Maria da Providência, que acolhe doentes. Um dos acólitos era um assassino. Hoje, depois da reabilitação fez a segunda graduação.

Não muito tempo atrás, quando o Santo Padre encontrou os capelães das prisões recordou de algumas ligações telefónicas que faz a detidos, e disse “quando desligo me pergunto, por que eles e não eu?"

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