Já depois da sobremesa, foi a vez de o Prof. Eduardo Vera-Cruz, como tinha sido anunciado, falar sobre «A Família africana, uma esperança de futuro». Com bom humor e muita espontaneidade, este grande conhecedor da realidade africana explicou, entre muitas coisas, as grandes diferenças entre as famílias europeias e as africanas, sublinhando que estas últimas são sempre consideradas «grandes» na medida em que não se restringem ao núcleo mãe, pai e filhos mas englobam os avós, os tios e primos e demais graus de parentesco entre todos.
Eduardo Vera-Cruz alertou para os perigos da forma como se vive e se rotula a pluralidade cultural dos continentes, chamando a atenção para a transformação das sociedades em «caixas de smarties».
Também a forma como tantas vezes chegam as supostas ajudas a África foi assunto de explanação deste professor universitário, que declarou aos presentes que, quando é somente momentânea (como no caso das calamidades publicas), essa ajuda deixa um fosso nas populações depois de retirada, pondo em dúvida a eficácia do auxílio prestado.
Terminado o encontro, em balanço francamente positivo de um serão bem passado, os presentes, quase em uníssono, deixaram uma pergunta no ar: para quando o próximo evento Harambee?
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