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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Abandonemos as nossas comodidades e andemos ao encontro de Deus

Na Mensagem para o 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco exorta especialmente os jovens a superar o medo do futuro para começarem a seguir a Cristo, suprema felicidade


Roma, 14 de Abril de 2015 (Zenit.org) Luca Marcolivio


A Igreja é "missionária por natureza" – destaca o Papa Francisco - e a vocação cristã “só pode nascer dentro de uma experiência de missão". Em sua mensagem para a 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, divulgada hoje, o Santo Padre invoca o Espírito Santo para que suscite em nós "o desejo e a coragem alegre de oferecer a nossa vida e de gastá-la pela causa do Reino de Deus".

A reflexão do Papa parte do livro do Êxodo, ou seja, dos “inícios da maravilhosa história de amor entre Deus e o povo dos seus filhos, uma história que passa por dias dramáticos da escravidão no Egipto, o chamado de Moisés, a libertação e a viagem rumo à terra prometida”.

Na base de tudo está a passagem “da escravidão do homem velho para a vida nova em Cristo”, que implica “deixar-se a si mesmos, sair da comodidade e rigidez do próprio eu para centralizar a nossa vida em Jesus Cristo”.

Como Abraão, os cristãos de hoje são chamados a "abandonar a própria terra colocando a caminho com confiança, sabendo que Deus indicará o caminho rumo à nova terra”.

Não se trata, destacou o Papa, de um “desprezo da própria vida, do próprio sentir, da própria humanidade”, mas, pelo contrário, de colocar-se “à caminho do seguimento do Cristo” e na escuta do seu “chamado de amor que atrai e envia para além de si mesmo” para ir  “à descoberta de Deus” (cfr. Deus caritas est, 6).

O chamado de Jesus marca a passagem “da morte à vida, tal e como celebramos em toda a liturgia”, a libertação de “toda forma de escravidão”, a superação do "hábito" e da "indiferença", e também da “falsa estabilidade” para “colocar-nos a caminho rumo a Jesus Cristo, objectivo primeiro e último da nossa vida e da nossa felicidade”.

Também a Igreja recebe o seu chamado para proclamar "a palavra libertadora do Evangelho", para curar “com a graça de Deus as feridas das almas e dos corpos, elevar os pobres e os necessitados".

Ouvir e acolher o chamado do Senhor “não é uma questão privada e intimista que possa ser confundida com a emoção do momento”, mas sim “um compromisso concreto, real e total que abraça a nossa existência e a coloca a serviço da construção do Reino de Deus sobre a terra”, que se personifica em particular no "compromisso solidário a favor da libertação dos irmãos, especialmente dos mais pobres”, afirma o Santo Padre.

O Papa Francisco dirige aos jovens uma exortação particular, porque “pela idade e pela visão do futuro que se abre diante de seus olhos, sabem ser disponíveis e generosos”. Aos jovens, o Pontífice pediu para se colocarem a caminho, vencendo todos os medos ligados às “preocupações pelo futuro” e à “incerteza que afecta a quotidianidade, correm o risco de paralisar esses seus impulsos, de conter os seus sonhos".

A mensagem termina com a invocação a Maria, aquela que "cantou a alegria de sair de si mesma e confiar em Deus os seus projectos de vida”, para que nos torne “plenamente disponíveis para o projecto que Deus tem para cada um de nós”, e para que “cresça em nós o desejo de sair e andar, com cuidado, rumo aos demais”.

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