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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

São Fulgêncio

Movido pelo fervor missionário, São Fulgêncio defendeu com ardor a fé e restaurou a fé de seu povo.


Roma, 01 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


“Aquele que me inspirou a vontade de servi-lhe, poderá dar-me força de vencer a minha fraqueza”, dizia Fábio Cláudio Gordiano Fulgêncio, nascido em Cartago por volta do ano 465. Filho do senador romano Severiano e Mariana, recebeu desde cedo uma vigorosa instrução intelectual e cristã, desenvolvendo grandes habilidades para os negócios.

Ainda jovem perdeu seu pai e sua mãe deu continuidade a sua educação e o mesmo era muito estimado e ovacionado por sua dedicação aos assuntos familiares. Ocupou o cargo de procurador em Byzacena, mas logo se cansou de todo o materialismo o qual estava envolto e se aprofundando nos estudos religiosos, resolveu trilhar um caminho de entrega a Deus através da vida monástica. Apresentou-se ao Bispo Fausto que julgou não ser Fulgêncio apto à vida monástica, mas com seu testemunho conseguiu o ingresso no mosteiro. Foi considerado um modelo de monge por sua oração, piedade e obediência.

Aconteceu que os ataques do rei vândalo Hunerico obrigaram Fulgêncio a abandonar o mosteiro e dirigir-se para a Silícia indo também a Roma e retornando tempos depois para Byzacena onde construiu um mosteiro e no ano 510 foi ordenado sacerdote. Foi sagrado Bispo de Ruspe na Tunísia e defendeu com vigor a fé contra a heresia ariana e enfrentou a perseguição do rei vândalo Trasamundo que o exilou para a Sardenha com outros bispos. O exílio de Fulgêncio foi um tempo de muita fecundidade onde ele escreveu diversos tratados contra a heresia ariana e após a morte do rei Trasamundo ele retornou para sua diocese e empreendeu grandes esforços para reformar a Igreja e os corações abalados pelos erros do arianismo.

Acometido de grave doença, Fulgêncio retirou-se para um pequeno convento, na ilha Circina e faleceu no dia primeiro de Janeiro do ano 533. No ano 714 suas relíquias foram transferidas para Bourges , na França. O Concílio Vaticano II, no decreto Ad Gentes sobre a actividade missionária da Igreja, faz duas menções aos pensamentos de São Fulgêncio.

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