Relíquias, ladainhas e uma piscadela aos cristãos da Ucrânia
O Papa Francisco abraça Bento XVI num dia que se recordará como o Dia dos Quatro Papas |
Actualizado 27de Abril de 2014
ReL
A cerimónia de canonização de João XXIII e João Paulo II, que muitos recordarão como "o dia dos quatro Papas", começou a gerar imagens memoráveis com a chegada de Bento XVI, o Papa emérito, que se sentou, vestido como um bispo mais, entre a multidão de bispos debaixo de uns tectos de lona que os protegiam da chuvinha que empapava a multidão de peregrinos entusiastas.
Várias personalidades civis e eclesiásticas dirigiram-se ao bispo emérito de Roma para saudá-lo pessoalmente.
Com a presença de 150 cardeais e 1.000 bispos, pouco antes das 10 da manhã começou a ressoar a ladainha dos santos, e pelas portas da Basílica saiu a procissão à Praça de São Pedro: atrás da cruz, os Patriarcas das igrejas orientais encabeçavam a marcha, e entre eles, o primeiro, o arcebispo maior dos ucranianos greco-católicos, Sviateslav Shevchuk todo um símbolo de apoio à população da Ucrânia e a igreja greco-católica, a mais numerosa das igrejas católicas orientais, já que Shevchuk nem por idade (é, quando muito, o mais jovem), nem por honras (não é Patriarca nem cardeal) parece que devesse protocolarmente encabeçar a marcha.
Às 10 em ponto o Papa Francisco cruzou as portas na procissão. A ladainha dos santos acabou mencionando uma espanhola, Santa Teresa de Jesus, doutora da Igreja cujo aniversário de beatificação se celebrava esta semana.
Depois de incensar o altar, o Papa Francisco desceu um momento a saudar Bento XVI com um abraço emocionante; o único precedente numa cerimónia solene de um abraço entre dois papas num grande encontro litúrgico foi no passado consistório de cardeais de Fevereiro de 2014. Em ambos os casos, o Papa emérito ia respondendo a um convite expresso do Papa Francisco.
Depois procedeu-se ao pedido ritual de permissão ao Papa Francisco para canonizar os santos; dois pedidos, seguidos do canto de "Veni Creator Spiritus" e já com o Espirito Santo invocado, um terceiro pedido para inscrever "estes filhos da Igreja no Livro dos Santos".
"Em honra da Santíssima Trindade, pela exaltação da fé cristã", "depois de uma longa reflexão, invocando a ajuda da Trindade e com o apoio dos nossos irmãos no episcopado"... Assim o Papa Francisco declarou santos: São João Paulo II e São João XXIII.
As pessoas aplaudiram e vitoriaram antes que Francisco acabasse de pronunciar as palavras.
ReL
A cerimónia de canonização de João XXIII e João Paulo II, que muitos recordarão como "o dia dos quatro Papas", começou a gerar imagens memoráveis com a chegada de Bento XVI, o Papa emérito, que se sentou, vestido como um bispo mais, entre a multidão de bispos debaixo de uns tectos de lona que os protegiam da chuvinha que empapava a multidão de peregrinos entusiastas.
Várias personalidades civis e eclesiásticas dirigiram-se ao bispo emérito de Roma para saudá-lo pessoalmente.
Com a presença de 150 cardeais e 1.000 bispos, pouco antes das 10 da manhã começou a ressoar a ladainha dos santos, e pelas portas da Basílica saiu a procissão à Praça de São Pedro: atrás da cruz, os Patriarcas das igrejas orientais encabeçavam a marcha, e entre eles, o primeiro, o arcebispo maior dos ucranianos greco-católicos, Sviateslav Shevchuk todo um símbolo de apoio à população da Ucrânia e a igreja greco-católica, a mais numerosa das igrejas católicas orientais, já que Shevchuk nem por idade (é, quando muito, o mais jovem), nem por honras (não é Patriarca nem cardeal) parece que devesse protocolarmente encabeçar a marcha.
Às 10 em ponto o Papa Francisco cruzou as portas na procissão. A ladainha dos santos acabou mencionando uma espanhola, Santa Teresa de Jesus, doutora da Igreja cujo aniversário de beatificação se celebrava esta semana.
Depois de incensar o altar, o Papa Francisco desceu um momento a saudar Bento XVI com um abraço emocionante; o único precedente numa cerimónia solene de um abraço entre dois papas num grande encontro litúrgico foi no passado consistório de cardeais de Fevereiro de 2014. Em ambos os casos, o Papa emérito ia respondendo a um convite expresso do Papa Francisco.
Depois procedeu-se ao pedido ritual de permissão ao Papa Francisco para canonizar os santos; dois pedidos, seguidos do canto de "Veni Creator Spiritus" e já com o Espirito Santo invocado, um terceiro pedido para inscrever "estes filhos da Igreja no Livro dos Santos".
"Em honra da Santíssima Trindade, pela exaltação da fé cristã", "depois de uma longa reflexão, invocando a ajuda da Trindade e com o apoio dos nossos irmãos no episcopado"... Assim o Papa Francisco declarou santos: São João Paulo II e São João XXIII.
As pessoas aplaudiram e vitoriaram antes que Francisco acabasse de pronunciar as palavras.
A costarriquenha "milagrada" Floribeth Mora e o seu marido levam a Francisco a relíquia de sangue de João Paulo II |
Enquanto se cantava um soleníssimo "Jubilate Deo" apresentaram-se as relíquias dos novos santos perante o altar. A costarriquenha Floribeth Mora, a "milagrada" que se curou sem explicação no dia da beatificação de João Paulo II em 2011 levou a sua relíquia, acompanhada do seu esposo. Tratava-se de uma ampola com sangue do Papa polaco.
As de João XXIII as levavam parentes do "papa bom" e personalidades da sua região. Às 10.25 o cardeal perfeito deu as graças ao Papa, da parte do povo cristão, pela canonização. E cantou-se o "Glória". Depois, prosseguiu a Eucaristia solene.
Leia se quiser o libreto completo da canonização em PDF em Vatican.va
As de João XXIII as levavam parentes do "papa bom" e personalidades da sua região. Às 10.25 o cardeal perfeito deu as graças ao Papa, da parte do povo cristão, pela canonização. E cantou-se o "Glória". Depois, prosseguiu a Eucaristia solene.
Leia se quiser o libreto completo da canonização em PDF em Vatican.va
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