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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Um tribunal de Londres proíbe uma rádio cristã de dizer que os cristãos estão discriminados

É uma mensagem política, disse o Tribunal de Apelações 

Peter Kerridge, da rádio cristã Premier, crê que se trata de
uma clara militância anticristã do tribunal
Actualizado 29 de Novembro de 2013

Gianfranco Amato / La Nuova Bussola Quotidiana


É uma história de bruta discriminação anticristã na Inglaterra. Há uns dias o Tribunal de Apelação, o segundo tribunal mais importante do Reino Unido, confirmou a proibição de emitir uma mensagem radiofónica preconceituosa por uma organização cristã.

Este era o conteúdo do comunicado transmitido pela Premier Christian Radio que foi censurado:

«As sondagens mostram que mais de 60% dos cristãos praticantes estão cada vez mais discriminados nos seus postos de trabalho. Estamos sinceramente interessados em conseguir dados certos e atendíveis sobre esta questão para informar a opinião pública, e tentar fazer uma sociedade mais justa. Se tens factos para denunciar sobre isto, contacta-nos através da página da internet CCPmagazines.co.uk».

O facto é que na Grã-Bretanha, desde o ano 2003, proibiram-se as mensagens radiofónicas de tipo político.

Deste modo, a Radio Advertising Clearance Centre (RACC), autoridade que regulamenta a matéria, conseguiu censurar o comunicado, individualizando no conteúdo uma clara finalidade política.

Melhorar a sociedade? É política, está proibido!
A impugnação da decisão emitida pela RACC não teve, sem dúvida, o resultado esperado pelos recorrentes.

Efectivamente, o Tribunal de Apelação declarou ilegítima a mensagem radio-transmitida pois nas evidentes finalidades políticas que a originavam se podiam «reconhecer intenções de fazer mais justa a sociedade, reduzindo ou eliminando a discriminação dos cristãos nos postos de trabalho».

A reacção da advogada Andrea Minichiello Williams, directora do Christian Legal Centre foi imediata: «Deixa perplexo o facto de que um comunicado tão inócuo, destinado a ser transmitido por uma rádio privada cristã, possa ser considerado contrário à lei quando se trata, na realidade, de uma iniciativa claramente dirigida a adquirir informação do público com o louvável objectivo de criar uma sociedade mais justa».

«Não se pode reconhecer», continuou a advogada «nenhuma intenção de convencer os radiouvintes para que adiram a uma particular posição política».

Depois pôs em evidência uma clara contradição: «A decisão da Corte é inquietante, sobretudo se se considera que continuamos assistindo à imposição de proibições a respeito de mensagens publicitárias cristãs, enquanto se permitem as de outros grupos particulares; de facto, na televisão pode-se ver tranquilamente a publicidade de clínicas abortistas, ou nos autocarros cartazes publicitários dos ateus que avisam da inexistência de Deus, ou das associações homossexuais que avisam da existência dos homossexuais convidando os cristãos a “aceitar este facto", enquanto o contrário não vale para os mesmos cristãos».

«Como podemos», perguntou por último Andrea Williams, «não ver esta evidente assimetria de juízo por parte das autoridades vigilantes do sector?».

Mau para a liberdade, a democracia... E os cristãos
Peter Kerridge, Director da Premier Christian Radio, contestou firmemente a decisão do Tribunal no dia em que foi tornada pública: «Este não é só um mau dia para a liberdade de palavra dos cristãos, mas sim que também é um mau dia para a mesma democracia e a magistratura».

Segundo Kerridge, com base na sentença emitida pelo Tribunal de Apelação, a partir de agora «a transmissão por rádio de todos os comunicados com o fim de recolher dados para fazer mais justa a sociedade deverão considerar-se proibidos por lei».

«Não se persegue o interesse público», continua o director da Premier Christian Radio, «impedindo as pessoas de obterem informação, porque com isto viola-se o direito à liberdade de palavra».

Não é necessário viajar ao Paquistão para assistir a odiosos episódios de cristã fobia. Basta ir à “civilizadíssima” Grã-Bretanha.


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