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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Irão: é urgente a defesa dos direitos humanos

Alarme é lançado pela Iran Human Rights (IHR), associação formada por cidadãos iranianos residentes no exterior


Roma, 04 de Dezembro de 2013


“Há um aumento das violações de direitos humanos e das execuções no Irão. As minorias religiosas continuam sofrendo perseguição”, denuncia a ONG Iran Human Rights (IHR), formada por cidadãos iranianos que emigraram para outros países.

Depois do recente acordo sobre a questão nuclear, negociado em Genebra, é a questão dos direitos humanos que deveria estar agora no centro do diálogo internacional com o país, afirma um comunicado enviado à Agência Fides pela ONG.

O fundador e porta-voz da IHR, Mahmud Amiry Moghaddam, declara na nota: “Acolhemos favoravelmente o acordo sobre a questão nuclear. O povo iraniano não quer a guerra, mas o respeito aos direitos e às liberdades do ser humano”.

Segundo a ONG, as conversações iniciadas sobre a questão nuclear são “uma oportunidade para pressionar quanto aos direitos humanos”, incentivando “uma moratória das execuções de pena de morte”. “A paz e a estabilidade no Oriente Médio só pode ser conseguida quando os direitos humanos forem garantidos para o povo iraniano”, diz a IHR.

Desde o início das conversações em Genebra sobre a polémica nuclear, em outubro, a IHR documentou 90 execuções de condenados à morte no Irão: 50 deles eram membros das minorias étnicas, como os presos curdos e de outros grupos não persas, considerados “inimigos do governo”.

As minorias religiosas, que incluem grupos cristãos, alauítas e sunitas, são submetidas a perseguição e violência constante por parte do Estado iraniano, denuncia a ONG, apesar dos esforços do presidente Rouhani para ampliar a liberdade de culto no país.


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