Actualizado 29 de Outubro de 2013
Zenit / ReL
Zenit / ReL
| O Papa Francisco com a Nobel birmanesa da Paz Aung San Suu Kyi |
O Papa Francisco recebeu na segunda-feira 28 de Outubro, até o final da manhã, Aung San Suu Kyi, icónica activista dos direitos humanos na Birmânia, hoje Myanmar, uma ditadura militar de origem comunista e um dos poucos países do mundo com os quais a Santa Sé não tem relações diplomáticas.
O director da Sala de Imprensa do Vaticano, o padre Federico Lombardi, definiu Suu Kyi como "uma figura de grande valor e significado", e assinalou que ela e o Papa falaram da "cultura do encontro". O Papa, assegurou Lombardi, expressou "apreço" pelo empenho de San Suu Kyi "pela democracia e a paz"
Contra o ódio e o medo, amor e compreensão
Pela sua parte Suu Kyi, ao contar o seu encontro com o papa Francisco, numa conferência de imprensa junto à actual ministra de Exteriores de Itália, a esquerdista e abortista radical Emma Bonino, indicou: "O Santo Padre disse-me que as emoções como o ódio e o medo encurtam a vida e o valor das pessoas. Devemos dar valor ao amor e à compreensão para melhorar a vida dos povos", segundo recolheu a agência ANSA.
No domingo o município de Roma concedeu a cidadania honorária à activista pela “sua luta não violenta pela democracia e pelos Direitos Humanos”.
O presidente da câmara da cidade, Ignazio Marino, no Twitter indicou: “Hoje finalmente podemos premiar uma mulher livre”. Suu Ki passou 15 dos 21 últimos anos, encarcerada ou com prisão domiciliária.
Contra a ditadura militar
Suu Kyi destacou-se na luta contra a ditadura militar que esteve no governo da Birmânia desde 1962 a 2011, e foi perseguida pela sua defesa dos direitos humanos. Em 1989 foi presa no domicílio. Em 1990 ganhou as eleições por uma enorme maioria, ao qual sucedeu um golpe de Estado.
O ano passado voltou a ser eleita deputada num passo dentro da transição do país.
Em 1991 recebeu o prémio Nobel da Paz mas a junta militar não lhe permitiu sair da Birmânia, podendo recebê-lo somente o ano passado.
Uma mulher influente
Segundo The Times, Aung San Suu Kyi "tem mais influência na Ásia que 100 diários e 100 líderes políticos juntos”.
O beato João Paulo II, em 30 de Maio de 2008, recebeu os bispos birmaneses em visita ad límina, com um discurso extremadamente prudente.
Existem além disso em Myanmar tensões entre budistas e muçulmanos, agravado por um conflito étnico.
Os bispos bendizem a transição
Os bispos birmaneses, numa recente declaração - indicou Ilsismografo.org - assinada pelo presidente do episcopado John Hsane Hgyi, consideraram que é um momento histórico para a nação depois de anos de ´lágrimas silenciosas´. Consideraram positiva a libertação de presos políticos e a existência de mais liberdade para os meios de comunicação, e que o Parlamento tenha sido eleito livremente.
Se bem que o arcebispo de Yangón, Charles Maung Bo, indica que "a transformação democrática de 2011 não foi assim imprevista como se fez crer. Na realidade o governo birmanês estava preparando reformas desde há tempo" e critica a ineficácia das Forças Armadas ao afrontar os crescentes conflitos étnicos, e acrescenta que "o presidente Thein Sein parece um homem decidido mas não tem nenhum controlo sobre o Exército".
O director da Sala de Imprensa do Vaticano, o padre Federico Lombardi, definiu Suu Kyi como "uma figura de grande valor e significado", e assinalou que ela e o Papa falaram da "cultura do encontro". O Papa, assegurou Lombardi, expressou "apreço" pelo empenho de San Suu Kyi "pela democracia e a paz"
Contra o ódio e o medo, amor e compreensão
Pela sua parte Suu Kyi, ao contar o seu encontro com o papa Francisco, numa conferência de imprensa junto à actual ministra de Exteriores de Itália, a esquerdista e abortista radical Emma Bonino, indicou: "O Santo Padre disse-me que as emoções como o ódio e o medo encurtam a vida e o valor das pessoas. Devemos dar valor ao amor e à compreensão para melhorar a vida dos povos", segundo recolheu a agência ANSA.
No domingo o município de Roma concedeu a cidadania honorária à activista pela “sua luta não violenta pela democracia e pelos Direitos Humanos”.
O presidente da câmara da cidade, Ignazio Marino, no Twitter indicou: “Hoje finalmente podemos premiar uma mulher livre”. Suu Ki passou 15 dos 21 últimos anos, encarcerada ou com prisão domiciliária.
Contra a ditadura militar
Suu Kyi destacou-se na luta contra a ditadura militar que esteve no governo da Birmânia desde 1962 a 2011, e foi perseguida pela sua defesa dos direitos humanos. Em 1989 foi presa no domicílio. Em 1990 ganhou as eleições por uma enorme maioria, ao qual sucedeu um golpe de Estado.
O ano passado voltou a ser eleita deputada num passo dentro da transição do país.
Em 1991 recebeu o prémio Nobel da Paz mas a junta militar não lhe permitiu sair da Birmânia, podendo recebê-lo somente o ano passado.
Uma mulher influente
Segundo The Times, Aung San Suu Kyi "tem mais influência na Ásia que 100 diários e 100 líderes políticos juntos”.
O beato João Paulo II, em 30 de Maio de 2008, recebeu os bispos birmaneses em visita ad límina, com um discurso extremadamente prudente.
Existem além disso em Myanmar tensões entre budistas e muçulmanos, agravado por um conflito étnico.
Os bispos bendizem a transição
Os bispos birmaneses, numa recente declaração - indicou Ilsismografo.org - assinada pelo presidente do episcopado John Hsane Hgyi, consideraram que é um momento histórico para a nação depois de anos de ´lágrimas silenciosas´. Consideraram positiva a libertação de presos políticos e a existência de mais liberdade para os meios de comunicação, e que o Parlamento tenha sido eleito livremente.
Se bem que o arcebispo de Yangón, Charles Maung Bo, indica que "a transformação democrática de 2011 não foi assim imprevista como se fez crer. Na realidade o governo birmanês estava preparando reformas desde há tempo" e critica a ineficácia das Forças Armadas ao afrontar os crescentes conflitos étnicos, e acrescenta que "o presidente Thein Sein parece um homem decidido mas não tem nenhum controlo sobre o Exército".
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