Mario Joseph
| Mario Joseph |
Actualizado 29 de Outubro de 2013
Álex Rosal / ReL
É um caso único no mundo. É o primeiro clérigo muçulmano que abraça publicamente o cristianismo, o que lhe supõe uma condenação de morte. Mario Joseph sabe-o bem. Foi imã e tem memorizado o Corão desde os oito anos.
Em 17 ocasiões o livro sagrado para os muçulmanos deixa claro o que se deve fazer com "os infiéis": "Combatei contra aqueles, que tendo recebido a Escritura, não crêem em Alá nem no último Dia, nem proíbem o que Alá e Seu Enviado proibiram, nem praticam a religião verdadeira, até que, humilhados, paguem o tributo directamente!".
Condenado à morte
E apesar de tudo, Mario Joseph (Sulomone, antes do seu baptismo), criado numa família de Kerala (Índia), muito devota do islão, decidiu dar o passo e deixar para trás uma prometedora carreira como clérigo muçulmano, abraçar o cristianismo e, com isso, viver toda a sua existência com a ameaça de morte.
Interrogantes não respondidos
Mario Joseph tinha então 18 anos e tinha-se recluído no Centro Divine Retreat, o maior complexo católico de retiros do mundo, com capacidade para dar lotes de exercícios para cinco mil pessoas de cada vez.
Joseph queria encontrar respostas depois de estudar intensamente o islão durante oito anos numa escola corânica. As contradições que encontrou no livro sagrado dos seguidores de Maomé interpelavam-no, e impediam-no de ter um mínimo de paz interior. Além disso, os seus mestres da Madrassa tampouco lhe davam razões convincentes.
E, sem dúvida, a fascinação que tinha pela figura de Jesus Cristo - da qual tanto fala no Corão -, crescia cada dia que passava. A sua inquietude empurrou-o a visitar o Centro Divine Retreat. E, ali encontrou, depois de umas semanas de estudo e oração, as respostas que tanto mortificavam a sua alma desde há anos.
Sequestro e sentença de morte
Depois de viver uns meses escondido no centro de espiritualidade católico, o seu pai, dois irmãos e dois tios encontraram o seu paradeiro e foram busca-lo. Sem medir palavras, e depois dos bofetões e murros de rigor, reduziram-no sem contemplações e levaram-no sequestrado para a casa familiar. "Nesse momento senti que era como um cordeiro para o sacrifício", comenta Mario para descrever esse momento.
Na viagem de volta a casa, e sabendo que estava sentenciado à morte, Mario não parava de rezar: "Oh, Jesus, se realmente és meu Pai, então, por favor, livra-me da minha gente".
Chegaram a casa mas não se cumpriu a ameaça. A Mario deram de comer e o seu pai se desculpou pela rudeza do rapto: "Sulomone, nesse momento de ira te esbofeteei. Por favor, perdoa-me. Que te falta em casa? O que quiseste nós te demos. Então, porque escolheste desonrar-nos dando a mão aos cristãos? Se sentes que não te demos algo, diz-nos o quê, querido filho e te o daremos".
Cristão oculto no meio de muçulmanos?
Mario, pediu ao seu pai para viver na sua casa como cristão. "Porque não, Sulomone – disse-lhe o pai - nunca me opus aos teus interesses. Filho, se crês em Jesus, e gostarias de adorá-lo, por favor, fá-lo. Não posso opor-me a nenhum dos teus pensamentos e crenças, mas não abandones a religião do islão".
"Sé te peço que cumpras com todos os rituais e costumes islâmicos e assume que estás adorando a Jesus em vez de Alá. Permanece entre os muçulmanos como qualquer outro muçulmano, mas crê em Jesus".
Mario estava feliz. As turbulências e os medos das horas prévias tinham passado. Poderia viver na sua casa e com a sua família sendo um "cristão oculto" para os seus vizinhos. Mas continuava inquieto e algumas passagens do Evangelho golpeavam a sua mente: "Asseguro-vos que aquele que me reconheça abertamente diante dos homens, o Filho do homem reconhecê-lo-á perante os anjos de Deus. Mas o que não me reconheça diante dos homens, não será reconhecido perante os anjos de Deus" (Lucas 12,8).
Proclamar em público Jesus em terra do islão?
Mario disse-o em silêncio a Jesus: "Quero proclamar a tua Palavra em público, mas o meu pai só me deu autorização para crer em ti. Se fosse proclamar-te publicamente o meu padre castigar-me-ia e inclusive me mataria". E Jesus, respondeu-lhe: "Não só acreditais em mim, Também vos dei o carisma de sofrer por mim".
Mario recebeu nesse momento um dom, um carisma especial que até agora não tinha: sofrer por Cristo... E não pode calar: "Pai, quero a Jesus mais do que a ti, portanto aceitarei a Jesus e proclamá-lo-ei publicamente". E nesse momento, pai e irmãos proporcionaram uma boa ração de murros no neoconverso até deixá-lo nocauteado. Ataram-no de pés e mãos, e depois de atirar-lhe pó de pimenta à cara, fecharam-no sem comer nem beber durante vários dias.
"Se desejas ser cristão tenho que matar-te"
Já debilitado, e quase sem forças para falar ou mover-se, o seu pai desatou-o, acariciou a sua cabeça, e lavou-o.
Então, o pai, aproximando-se da cara do seu filho disse-lhe: "Sulomone, se todavia desejas ser um cristão não tenho outra opção senão matar-te", e mostrou uma faca grande que empunhava na sua mão direita. Mario gritou com toda a força que o permitiam os seus debilitados pulmões: Jesus! E nesse momento o seu pai caiu no solo e na sua queda cortou-se acidentalmente com a faca e começou a sangrar e a deitar espuma pela boca. Com o barulho dos gritos e o sangue, os irmãos centraram a sua atenção no pai, e Mario pode escapar para o Centro Divine Retreat.
Álex Rosal / ReL
É um caso único no mundo. É o primeiro clérigo muçulmano que abraça publicamente o cristianismo, o que lhe supõe uma condenação de morte. Mario Joseph sabe-o bem. Foi imã e tem memorizado o Corão desde os oito anos.
Em 17 ocasiões o livro sagrado para os muçulmanos deixa claro o que se deve fazer com "os infiéis": "Combatei contra aqueles, que tendo recebido a Escritura, não crêem em Alá nem no último Dia, nem proíbem o que Alá e Seu Enviado proibiram, nem praticam a religião verdadeira, até que, humilhados, paguem o tributo directamente!".
Condenado à morte
E apesar de tudo, Mario Joseph (Sulomone, antes do seu baptismo), criado numa família de Kerala (Índia), muito devota do islão, decidiu dar o passo e deixar para trás uma prometedora carreira como clérigo muçulmano, abraçar o cristianismo e, com isso, viver toda a sua existência com a ameaça de morte.
Interrogantes não respondidos
Mario Joseph tinha então 18 anos e tinha-se recluído no Centro Divine Retreat, o maior complexo católico de retiros do mundo, com capacidade para dar lotes de exercícios para cinco mil pessoas de cada vez.
Joseph queria encontrar respostas depois de estudar intensamente o islão durante oito anos numa escola corânica. As contradições que encontrou no livro sagrado dos seguidores de Maomé interpelavam-no, e impediam-no de ter um mínimo de paz interior. Além disso, os seus mestres da Madrassa tampouco lhe davam razões convincentes.
E, sem dúvida, a fascinação que tinha pela figura de Jesus Cristo - da qual tanto fala no Corão -, crescia cada dia que passava. A sua inquietude empurrou-o a visitar o Centro Divine Retreat. E, ali encontrou, depois de umas semanas de estudo e oração, as respostas que tanto mortificavam a sua alma desde há anos.
Sequestro e sentença de morte
Depois de viver uns meses escondido no centro de espiritualidade católico, o seu pai, dois irmãos e dois tios encontraram o seu paradeiro e foram busca-lo. Sem medir palavras, e depois dos bofetões e murros de rigor, reduziram-no sem contemplações e levaram-no sequestrado para a casa familiar. "Nesse momento senti que era como um cordeiro para o sacrifício", comenta Mario para descrever esse momento.
Na viagem de volta a casa, e sabendo que estava sentenciado à morte, Mario não parava de rezar: "Oh, Jesus, se realmente és meu Pai, então, por favor, livra-me da minha gente".
Chegaram a casa mas não se cumpriu a ameaça. A Mario deram de comer e o seu pai se desculpou pela rudeza do rapto: "Sulomone, nesse momento de ira te esbofeteei. Por favor, perdoa-me. Que te falta em casa? O que quiseste nós te demos. Então, porque escolheste desonrar-nos dando a mão aos cristãos? Se sentes que não te demos algo, diz-nos o quê, querido filho e te o daremos".
Cristão oculto no meio de muçulmanos?
Mario, pediu ao seu pai para viver na sua casa como cristão. "Porque não, Sulomone – disse-lhe o pai - nunca me opus aos teus interesses. Filho, se crês em Jesus, e gostarias de adorá-lo, por favor, fá-lo. Não posso opor-me a nenhum dos teus pensamentos e crenças, mas não abandones a religião do islão".
"Sé te peço que cumpras com todos os rituais e costumes islâmicos e assume que estás adorando a Jesus em vez de Alá. Permanece entre os muçulmanos como qualquer outro muçulmano, mas crê em Jesus".
Mario estava feliz. As turbulências e os medos das horas prévias tinham passado. Poderia viver na sua casa e com a sua família sendo um "cristão oculto" para os seus vizinhos. Mas continuava inquieto e algumas passagens do Evangelho golpeavam a sua mente: "Asseguro-vos que aquele que me reconheça abertamente diante dos homens, o Filho do homem reconhecê-lo-á perante os anjos de Deus. Mas o que não me reconheça diante dos homens, não será reconhecido perante os anjos de Deus" (Lucas 12,8).
Proclamar em público Jesus em terra do islão?
Mario disse-o em silêncio a Jesus: "Quero proclamar a tua Palavra em público, mas o meu pai só me deu autorização para crer em ti. Se fosse proclamar-te publicamente o meu padre castigar-me-ia e inclusive me mataria". E Jesus, respondeu-lhe: "Não só acreditais em mim, Também vos dei o carisma de sofrer por mim".
Mario recebeu nesse momento um dom, um carisma especial que até agora não tinha: sofrer por Cristo... E não pode calar: "Pai, quero a Jesus mais do que a ti, portanto aceitarei a Jesus e proclamá-lo-ei publicamente". E nesse momento, pai e irmãos proporcionaram uma boa ração de murros no neoconverso até deixá-lo nocauteado. Ataram-no de pés e mãos, e depois de atirar-lhe pó de pimenta à cara, fecharam-no sem comer nem beber durante vários dias.
"Se desejas ser cristão tenho que matar-te"
Já debilitado, e quase sem forças para falar ou mover-se, o seu pai desatou-o, acariciou a sua cabeça, e lavou-o.
Então, o pai, aproximando-se da cara do seu filho disse-lhe: "Sulomone, se todavia desejas ser um cristão não tenho outra opção senão matar-te", e mostrou uma faca grande que empunhava na sua mão direita. Mario gritou com toda a força que o permitiam os seus debilitados pulmões: Jesus! E nesse momento o seu pai caiu no solo e na sua queda cortou-se acidentalmente com a faca e começou a sangrar e a deitar espuma pela boca. Com o barulho dos gritos e o sangue, os irmãos centraram a sua atenção no pai, e Mario pode escapar para o Centro Divine Retreat.
Um funeral por Sulomone
Poucas semanas depois, a família de Mario, condenada pela comunidade muçulmana ao ostracismo e à vergonha pública por ter entre os seus membros um "infiel", teve que inventar para restabelecer o seu bom nome. Seguindo os conselhos dos sábios da comunidade, decidiram dar por morto "Sulomone, o imã", e celebrar assim um funeral público.
Em 16 de Março de 1996, com a idade de 18 anos, Sulomone era "enterrado" nas colinas de Wayanad (Kerala) depois de uma cerimónia religiosa. No ataúde descansa uma figura de barro feita em tamanho real do seu corpo.
Depois do "enterro", a família de Mario deixou de chorar a perda do seu filho, e restabeleceram as possíveis alianças com outros membros da comunidade muçulmana.
Um milhão de exemplares vendidos
Mario não pode voltar à sua casa nem aos arredores do seu povoado. Permanentemente recebe ameaças de morte que se intensificaram depois de escrever Encontrei Cristo no Corão (LibrosLibres), ("In search of you" o seu título original), de qual vendeu mais de um milhão de exemplares: 500.000 na sua edição inglesa para a Índia, e o resto dos exemplares em edições em língua malayalam (que se fala no estado de Kerala), hindi (em toda a Índia), kannada (no estado de kanartaka), e o tamil, próprio de Tamil Nadu.
Poucas semanas depois, a família de Mario, condenada pela comunidade muçulmana ao ostracismo e à vergonha pública por ter entre os seus membros um "infiel", teve que inventar para restabelecer o seu bom nome. Seguindo os conselhos dos sábios da comunidade, decidiram dar por morto "Sulomone, o imã", e celebrar assim um funeral público.
Em 16 de Março de 1996, com a idade de 18 anos, Sulomone era "enterrado" nas colinas de Wayanad (Kerala) depois de uma cerimónia religiosa. No ataúde descansa uma figura de barro feita em tamanho real do seu corpo.
Depois do "enterro", a família de Mario deixou de chorar a perda do seu filho, e restabeleceram as possíveis alianças com outros membros da comunidade muçulmana.
Um milhão de exemplares vendidos
Mario não pode voltar à sua casa nem aos arredores do seu povoado. Permanentemente recebe ameaças de morte que se intensificaram depois de escrever Encontrei Cristo no Corão (LibrosLibres), ("In search of you" o seu título original), de qual vendeu mais de um milhão de exemplares: 500.000 na sua edição inglesa para a Índia, e o resto dos exemplares em edições em língua malayalam (que se fala no estado de Kerala), hindi (em toda a Índia), kannada (no estado de kanartaka), e o tamil, próprio de Tamil Nadu.
Dinheiro pela conversão?
O seu livro Encontrei Cristo no Corão (LibrosLibres) causou tal impacto na comunidade muçulmana na Índia que levou milhares de seguidores de Maomé a abraçar o cristianismo, ainda que a maioria o façam de forma clandestina.
A ousadia de Mario de passar de imã a pregador católico não lhe saiu grátis. Um dos diários de maior difusão da Índia chegou a publicar que Mario Joseph tinha recebido a soma de dois milhões e meio de rupias do Centro Divine Retreat para "dar testemunho de Jesus". Para de seguida afirmar: "Deveria ser assassinado por vender a religião muçulmana por dinheiro".
Em estado de alerta
Não é de estranhar que Mario Joseph, que sabe que puseram preço à sua cabeça, não se sinta seguro quando abandona o seu lar, o Centro Divine Retreat, no qual leva 17 anos vivendo com a sua mulher e as suas duas filhas, e onde se dedica a pregar e a dar aulas de filosofia.
FICHA TÉCNICA COMPRA ONLINE
Título: Encontré a Cristo en el Corán OcioHispano
Autor: Mario Joseph Amazon
Editorial: LibrosLibres
Páginas: 230 páginas
Preço: 18 euros
O seu livro Encontrei Cristo no Corão (LibrosLibres) causou tal impacto na comunidade muçulmana na Índia que levou milhares de seguidores de Maomé a abraçar o cristianismo, ainda que a maioria o façam de forma clandestina.
A ousadia de Mario de passar de imã a pregador católico não lhe saiu grátis. Um dos diários de maior difusão da Índia chegou a publicar que Mario Joseph tinha recebido a soma de dois milhões e meio de rupias do Centro Divine Retreat para "dar testemunho de Jesus". Para de seguida afirmar: "Deveria ser assassinado por vender a religião muçulmana por dinheiro".
Em estado de alerta
Não é de estranhar que Mario Joseph, que sabe que puseram preço à sua cabeça, não se sinta seguro quando abandona o seu lar, o Centro Divine Retreat, no qual leva 17 anos vivendo com a sua mulher e as suas duas filhas, e onde se dedica a pregar e a dar aulas de filosofia.
FICHA TÉCNICA COMPRA ONLINE
Título: Encontré a Cristo en el Corán OcioHispano
Autor: Mario Joseph Amazon
Editorial: LibrosLibres
Páginas: 230 páginas
Preço: 18 euros
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