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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um pastor episcopaliano dá 4 razões pelas quais qualquer cristão tem de orar pelo Papa

A oração de intercessão é um dever

Goste ou não, o Papa é o líder cristão mais conhecido e a quem olha o mundo secular quando procura uma palavra de Jesus ou da Igreja, assinala o pastor Timothy Matkin.

Actualizado 1 de Abril de 2013

J. G. /ReL


Timothy Matkin é um pastor episcopaliano de Comanche, Texas, que inclusive antes de saber-se quem seria eleito como novo Papa da Igreja Católica explicava no seu blogue porque os anglicanos e episcopalianos (anglicanos dos EUA), e de facto cristãos de qualquer confissão, deveriam rezar pelo Romano Pontífice.

Ele não sabia que o novo Papa, quando saísse à varanda de São Pedro, a primeira coisa que faria seria por toda a gente - católicos ou meros curiosos - a rezar por ele; e tampouco sabia que o novo Papa já teria recebido a oração de muitos evangélicos argentinos (nos encontros Creces, em Buenos Aires, aos que ia cada ano). Os argumentos de Matkin são os seguintes.

1 - A oração de intercessão é um dever de caridade cristã
"Ajudai-vos mutuamente a carregar as vossas cargas", pede São Paulo no Gálatas 6,2. Os cristãos devem rezar pelos seus irmãos. E os cardeais de Roma tinham pedido orações para discernir segundo a vontade de Deus.

O reverendo Matkin apontava o perigo - mais que provável - de que o demónio tentasse distrair os cardeais para que não ouvissem ou seguissem as orientações do Espírito Santo. Por isso, é necessária a oração dos cristãos, sejam católicos ou não.

2 - O Papa é o cristão mais influente do mundo.
Matkin o colocava assim: "Sabe um senhor típico da rua quem é o Patriarca de Moscovo, ou o arcebispo de Canterbury, ou o presidente da Convenção de Baptistas do Sul ou da Igreja Evangélica Luterana da América? Inclusive se o soubesse: poderia recordar algo que tenha dito?"

E acrescenta: "Para o bem ou para o mal, para o mundo secular, o Papa fala por cada crente. É a Ele a quem procuram quando querem uma palavra de Cristo e sua igreja. Necessitamos um bom porta-voz".

Por contraste, inclusive pregadores famosos num país, como o pastor Billy Graham nos EUA, são desconhecidos ao cruzar a fronteira. Mas qualquer pessoa, ainda que não tenha interesse no cristianismo, conhece quem é o Papa.

3 - O que faz Roma afecta todos os cristãos.
Num mundo que se faz pequeno e mais acelerado, se faz verdade a frase "quando Roma espirra, o cristianismo constipa-se". Com 1.200 milhões de fiéis (ainda que nem todos sejam muito fiéis) é a maior comunidade cristã do mundo, muito à frente de, por exemplo, os 70 milhões da comunhão anglicana.

"O movimento ecuménico não avançou de verdade até que Roma se incorporou; o estudo bíblico não chegou ao cristão comum até que Roma não animou os laicos a estudar a Bíblia; o movimento litúrgico não fazia nada até que Roma começou a mudar a sua liturgia. O líder mais influente da Igreja maior do mundo é um cargo importante e temos que rezar pela eleição do novo Papa".

4 - O bispo de Roma é o centro visível da unidade cristã
"Ainda que a maioria de nós, os anglicanos, não nos demos conta, é assim: o bispo de Roma é o nosso Patriarca e centro visível da unidade cristã", comentava Matkin, recordando que das antigas sedes metropolitanas (Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém, Constantinopla) só Roma estava no Ocidente.

"Pedro era o príncipe dos apóstolos, a rocha na qual a Igreja se construiu, e tinha um mandato especial de Cristo para atender o rebanho de Deus e confirmar os seus irmãos (João 21, 15-19 e Lucas 22, 31-32)", explica Matkin, recordando que "o diálogo ecuménico anglicano reconheceu a importância do papel do papado".

"Importa quem é o Papa, porque ele não só pertence aos católicos, mas sim a todos os cristãos e ao mundo inteiro. Que Deus alce de entre nós um verdadeiro construtor de pontes para a Igreja Universal!", conclui este pastor episcopaliano.



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