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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Homenagem do Santo Padre ao cardeal Phan Minh Mân

Por duas vezes o Papa Francisco beijou o anel do único cardeal vietnamita do Conclave


Roma,


Por duas vezes (no 13 e no 15 de Março) depois da eleição, o novo Papa ajoelhou-se para beijar o anel episcopal do cardeal Jean-Baptiste Pham Minh Mân, arcebispo de Saigón. Esta atenção especial, que não escapou dos grandes meios de comunicação internacionais, surpreendeu e intrigou. O cardeal Jean-Baptiste Pham Minh Mân falou de tal gesto particular do papa Francisco numa entrevista em língua vietnamita, traduzida ao francês por Eglises d'Asie, a agência das Missões Exteriores de Paris.

O cardeal vietnamita confidenciou as suas primeiras impressões sobre o novo Papa Francisco, afirmando tê-lo conhecido "durante os dias antes do Conclave, através das suas intervenções" durante as congregações gerais, onde os cardeais "tiveram a oportunidade de conhecer-se melhor, de conversar e simpatizar”.

"Depois da sua eleição, a calorosa saudação que me foi dirigida, o gesto de respeito comigo (duas vezes ajoelhou-se para beijar o anel que trazia no dedo, a primeira vez imediatamente depois da sua eleição, na tarde da quarta-feira, 15 de Março, a segunda vez durante a audiência concedida aos cardeais, sexta-feira, 15 de Março), tive a sensação de que o nosso pontífice seja um homem de coração sincero e humilde, cheio de bondade e de mente aberta”, afirmou o cardeal.

Voltando ao conclave, o cardeal vietnamita narrou que viveu “num clima sereno, calmo e de amizade, na comunhão fraterna”, graças “ao período preliminar, que durou uma semana, durante o qual os cardeais se prepararam escrupulosamente para o evento”.  Para o cardeal Pham Minh Mân, o desafio mais ardente do momento actual é a “secularização que transforma a vida espiritual de vários católicos num verdadeiro deserto, secando-lhes o fervor religioso, atraindo-os para o modo de ser deste mundo e tornando-os vulneváreis às tentações do demônio”.

Neste contexto, o Santo Padre convida "ao serviço da vida humana no diálogo, no confronto e na colaboração, e a rejeitar a recíproca exclusão”; a coisa mais importante é “deixar-se guiar pelo Espírito Santo, no seguimento do Senhor Jesus”.

Neste espírito, o cardeal ficou feliz pela carta da Conferência Episcopal para a revisão da Constituição do Vietname, e desejou que os bispos vietnamitas avancem “na luz da verdade e do amor de Cristo, no caminho do diálogo e da colaboração”, permanecendo distantes do “caminho da luta política, da polémica e da exclusão recíproca”.



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