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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Liberdade e liberdades

1. Liberdade política
Todos os anos o povo português comemora o 25 de Abril, há dias pela 40ª vez, com um dia feriado, com muitas manifestações públicas e muitos discursos, uns eufóricos e outros carregados de desilusão. Este ano até a Associação dos Capitães 25 de Abril quis discursar na Assembleia da República para manifestar que não foram cumpridos os ideais da revolução dos cravos.

Deus queixa-se do seu povo, libertado da escravidão do Egipto, porque nas agruras do caminho da liberdade através do deserto quer voltar à escravidão, com saudade das cebolas do Egipto, trocando a liberdade pelo estômago. Nas últimas semanas lembrei-me muitas vezes deste episódio do povo bíblico ao ouvir e ler certos comentários sobre a situação actual e a desilusão de muitos, inclusive de alguns que intervieram activamente no derrube do regime do Estado Novo.
 
As motivações económicas são importantes, mas não podem ser nem as únicas nem as prioritárias. Além disso dependem de muitos factores e os recursos não são ilimitados. Por isso qualquer democracia precisa de regulamentar e criar equilíbrios entre muitos princípios e valores fundamentais. Mesmo os ideais da revolução francesa, liberdade, igualdade, fraternidade, hoje afirmados pela Carta dos Direitos Humanos e na base de qualquer democracia, precisam de ser complementados por outros valores, nem sempre aceites por todo o povo. Por isso temos a tripartição dos poderes numa sociedade democrática: judicial, deliberativo e executivo, que nem sempre conseguem criar os equilíbrios democráticos necessários. Os dois últimos podem ser mudados através de eleições, mas os três só mesmo através de revolução, cuja moralidade pode ser contestada, sobretudo quando implica violência.

Como se costuma dizer, a democracia é o melhor de todos os regimes imperfeitos. Também na democracia dos porcos há sempre alguns que são mais iguais que os outros, segundo o famoso romance de Orson Welles. O caminho da liberdade é sempre espinhoso, difícil, porque não está em causa apenas a minha liberdade, mas a de todos. E para que se respeite a dignidade fundamental da pessoa humana é preciso ter em atenção os mais débeis, as crianças, os idosos, os doentes, etc. Por isso a liberdade como expressão fundamental da pessoa não pode ser absoluta e a concepção de pessoa tem de implicar a relação em muitas dimensões: consigo, com os outros, com a natureza e, no fundo, com Deus. Nos últimos decénios todas as democracias têm tentado regulamentar a liberdade religiosa, mas ainda há um longo caminho a percorrer, nesta e noutras áreas. O pior que nos pode acontecer é cairmos na indiferença, no desinteresse e num individualismo e egoísmo fechado ao interesse comunitário.

2. Liberdade de espírito
No dia 27 de Abril, na cerimónia de canonização de dois Papas, João XXIII e João Paulo II, o Papa Francisco dizia do primeiro que foi uma pessoa dócil ao Espírito Santo, com uma grande liberdade de espírito, que deu início a uma grande revolução na vida da Igreja, convocando o concílio ecuménico Vaticano II.

Aqui está o cerne da questão da liberdade, que pode subsistir mesmo em regimes não democráticos, pois a liberdade de consciência, aberta às relações fundamentais, não pode ser acorrentada ou encarcerada. Alcançar esta liberdade não depende só de nós, da educação recebida na família e na sociedade. É uma meta sempre distante, mas no horizonte do nosso caminho de vida, na complexidade das relações humanas e transcendentes.

Jesus afirma no evangelho que é a verdade que nos tornará verdadeiramente livres. Mas o que é a verdade, perguntou Pilatos a Jesus e ficou sem resposta. Esta obtêm-se através de um longo percurso, e não depende apenas das nossas capacidades. Por isso a feliz expressão do Papa Francisco sobre a docilidade ao Espírito Santo da pessoa do bom Papa João XXIII tem aqui todo o sentido e dar-nos-ia matéria para uma longa reflexão, que deixo aqui à consideração dos leitores e ouvintes, convidando-os a abrir-se à verdade que nos transcende, a escutar os outros, a tentar compreendê-los e sobretudo a invocar o Espírito Santo através da intercessão destes novos santos da Igreja católica, homens de carne e osso, que conhecemos, que admiramos e marcaram as nossas vidas, a Igreja e o mundo.

Até para a semana, se Deus quiser

† António Vitalino, Bispo de Beja

Nota semanal em áudio:



As 4 igrejas históricas de Maaloula, destroçadas sem necessidade: «um crime organizado», denunciam

Actualizado 23 de Abril de 2014

Fady Noun / AsiaNews / ReL 

O Patriarca greco-católico
Gregório III com crianças de
Maalula deslocados em
Dezembro passado
Os terroristas islamitas de Al-Nusra abandonaram o histórico povoado cristão de Maalula na Síria, onde ainda se fala arameu, a língua de Jesus.

O patriarca Gregório III dos católicos de rito grego e o patriarca João X Yazigi, dos ortodoxos de rito grego, percorreram juntos a população cristã, constatando que os islamitas se revoltaram com templos e edifícios cristãos, com uma destruição sem justificação militar.

"As quatro igrejas históricas de Maaloula viram-se afectadas", disse o patriarca Gregório dos grego-católicos sírios.

"A nossa igreja paroquial, dedicada a São Jorge, está crivada. A cúpula do mosteiro foi danificada em dois lugares. As paredes foram demolidas pelo fogo de canhão. Certas partes do convento estão em perigo de colapsar e devem ser reconstruídas. Os ícones encontram-se dispersos no solo, sujos ou roubados. Actualmente é completamente inabitável".


Interior das oficinas do convento dos
Santos Sérgio e Baco
"No Convento dos Santos Sérgio e Baco o histórico altar de origem pagã, convertido num altar cristão, o único deste tipo, está partido em dois", detalha.

O mesmo espectáculo de devastação oferece-se aos olhares nas igrejas de Santo Elias e Santa Tecla, do Patriarcado greco-ortodoxo.

O patriarca Gregório III Laham utiliza vocabulário bíblico para descrever a destruição de lugares sagrados sem justificação militar. 

"É o mistério de iniquidade que se vê no facto", "é a devastação do Templo, o mistério da iniquidade", repete numa entrevista telefónica com a AsiaNews em Beirute, aludindo às palavras bíblicas que se usam quando o templo de Jerusalém é profanado com ídolos pagãos.

"Apresentou-se um espectáculo apocalíptico. Outras igrejas foram destruídas na Síria, mas nunca vi esse tipo de coisas. Chorei e tentei em vão um momento de solidão para orar. O meu coração está partido", disse o prelado de novo.

Na opinião de Gregório III, esta devastação é "um crime organizado" e um verdadeiro crime de guerra".
Maaloula está incrustada num passo
da montanha
A Carta de Londres (1946) define como crimes de guerra "o saqueio da propriedade pública ou privada, a destruição sem motivo de cidades e aldeias, ou a devastação não justificada por necessidades militares".

"Não há - disse o Patriarca - nenhuma justificação militar para o vandalismo. Tem-se a impressão de que se tratava de um vandalismo mandado". "Porque fizeram posições entrincheiradas com as nossas igrejas?"

Com amargura, Gregório III acusa o Ocidente de ser cego à verdade da guerra na Síria. Segundo ele, não se trata de uma "Guerra síria" ou uma "guerra civil". Certo, há uma parte de conflito entre os mesmo muçulmanos, mas não é uma guerra entre o Islão e o cristianismo. Para ele trata-se só de "crime organizado".

Em termos de segurança, a população de Maaloula pode sonhar com voltar, disse o patriarca, apesar da incerteza da situação da infra-estrutura (electricidade, água, telefone). Acrescenta que alguns jovens estão voltando a inspeccionar as casas e estudar a possibilidade de retorno.

Mas Gregório III chama a atenção sobre as dificuldades que será "reparar o laço social" entre a população cristã e muçulmana de Maaloula. Algumas famílias do povoado submeteram-se aos insurgentes islamitas e a reconstrução da confiança na realidade coloca problemas. Muitos jovens não querem uma reconciliação superficial, de "hipócritas abraços".

A Igreja tem o dever de impedir que toda a população muçulmana seja assimilada ao que alguns fizeram. Os cristãos não devem viver separados da sociedade, disse Gregório III.

Na sua opinião, a verdadeira conspiração está aí. O seu objectivo é romper o tecido social da sociedade síria, na qual nunca houve discórdia entre muçulmanos e cristãos. Insiste-se na barbárie dos comportamentos que, aos seus olhos, não se explica mais que no desejo de destruir a Síria "profunda".

No apoio do que disse, indica a morte atroz, na presença de testemunhas, de um padeiro de Adra, um município próximo de Damasco. O desafortunado homem foi arrojado, vivo e junto com os seus filhos no forno no qual havia cozido pão recentemente para os combatentes islamitas.

Gregório III denuncia a "criminal indiferença com a qual o mundo ocidental, com o falso pretexto de defender a democracia, continua sendo testemunha deste espectáculo de destruição. Absolutamente deve-se evitar que o vírus do ódio se propague", conclui, depois de recordar todavia que não há notícias dos seis habitantes de Maaloula sequestrados, como os bispos greco-ortodoxo e sírio-ortodoxo de Aleppo, desaparecidos desde há mais de um ano.


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Nas montanhas de Kontum (Vietname) não deixam construir igrejas: o bispo lavou pés numa casa

Páscoa e Natal são as únicas missas em muitas zonas 

O bispo de Kontum, Michael 272;7913;c Hoàng Oanh,
visita os seus paroquianos
Actualizado 23 de Abril de 2014

AsiaNews / ReL

No temor das detenções e a repressão, mas sempre com o apoio de uma grande fé, os católicos nas zonas remotas e montanhosas da diocese de Kontum (nas terras altas centrais do Vietname) celebraram os ritos da Semana Santa e Páscoa.

Para muitos as celebrações solenes da morte e ressurreição de Jesus são, junto com o Natal, as únicas ocasiões para assistir à missa.

Tal como a comunidade da cidade de Kanat, no distrito de K´Bang, onde o bispo Michael Đức Hoàng Oanh celebrou missa em 17 de Abril, Quinta-feira Santa.

A comunidade católica aqui leva muito tempo debaixo da vigilância hostil dos funcionários locais.

O bispo quis expressar a sua proximidade aos seus fiéis com um longo "lava-pés": lavou-os a 100 paroquianos, entre eles mulheres e crianças.

O bispo Hoàng Đức Oanh celebrou numa casa posta à disposição por um fiel; aproximadamente 100 metros quadrados, uma grande casa, na qual se reuniram mais de uma centena de fiéis.

Durante muito tempo, a comunidade católica pediu às autoridades permissão para construir um lugar de culto, sempre recebendo uma rotunda negativa.

"Os fiéis podem participar na Missa só duas vezes por ano - disse o prelado -, por ocasião do Natal e da Páscoa".

Por isto, o bispo desta diocese rural e montanhosa decidiu levar a sua presença e testemunho, mostrando toda a proximidade da comunidade e a solidariedade de toda a Igreja católica vietnamita

O Governo do Distrito de K´ Bang "faz a vida difícil aos fiéis", acrescentou o prelado, e muitos cristãos "não mostram abertamente a sua filiação religiosa por temor a represálias".

Os sacerdotes, de forma anónima, vem celebrar "missas clandestinas"... E como resposta as autoridades estão dispostas a fazer "detenções de sacerdotes e fiéis".

Um exemplo é o povoado de Lang Son, onde na actualidade há 54 famílias católicas.

Sem dúvida, disse o bispo, se as autoridades dão concessão da verdadeira liberdade religiosa e a oportunidade de construir um lugar de culto, "o número dos fiéis estaria nas centenas de milhares de pessoas".

Na missa da Quinta-feira Santa no distrito de Dak Mot, concelebrada por Hoàng Đức Oanh junto com o bispo Peter Trần Thanh Chung e mais de 130 sacerdotes, havia uma centena de monjas e mais de 3.000 fiéis. Na sua homilia, o prelado pediu "rogai por nós", para que "as suas orações nos ajudem a cumprir com a guia de serviço do rebanho de Deus". 

Exemplo de missa grande ao ar livre com o bispo de Kontum
e canções típicas vietnamitas


Hoje no Vietname, depois de décadas de governo comunista, numa população de uns 87 milhões de pessoas, 48% são budistas; católicos pouco mais de 7%, seguidos de sincretista (5,6%). Há 20% aproximadamente que se declara ateu.

Nas grandes cidades, sobretudo na capital do país, os católicos tem mais margem de manobra. Apesar de ser una minoria (ainda que significativa), a comunidade cristã é particularmente activa nas áreas da educação, saúde e social.

Mas há cada vez mais limitações legais: o Decreto 92 impôs restrições de facto na prática da adoração, que se une cada vez mais aos ditames e directrizes do governo e do Partido único Comunista.

Às vezes as autoridades regionais fazem-se especialmente militantes contra a igreja e as comunidades religiosas, como ocorreu o ano passado na diocese de Vinh, onde os meios de comunicação e o governo lançaram uma campanha de desprestígio e ataques contra o bispo e seus fiéis.


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A China será, em 2030, o país com mais cristãos do mundo

Igreja chinesa
“Não querem 70 milhões de cristãos como inimigos”

A expansão gerou inquietude entre os líderes políticos chineses


Protestante Digital, 22 de Abril de 2014 às 07:58

(Protestante Digital).- Há 50 anos, o cristianismo era uma religião totalmente proibida na China. Centenas de missionários tiveram que fugir da perseguição implantada por Mao e um sistema comunista que considerava toda a religião um obstáculo para o avanço do país com mais habitantes do planeta.

Apesar das dificuldades para conseguir uma Bíblia ou ter reuniões, a mensagem de Jesus continuou ganhando o coração de milhares de chineses, que se reuniam na intimidade dos lares. O crescimento desta comunidade cristã é um dos movimentos missionários ou "avivamentos" mais impressionantes na história, segundo muitos estudiosos.

Este domingo de Páscoa, a igreja Liushi recebia uns 5.000 fiéis, na que é uma das congregações cristãs maiores do país, situada a alguns quilómetros de Xangai. "É um milagre que um povoado tão pequeno tenha sido capaz de construir uma igreja tão grande", dizia um visitante.


"É algo maravilhoso ser um seguidor de Jesus Cristo. Isto dá-nos muita confiança", disse Jin Hong Xin, membro de uns quarenta anos de idade. "Se todo o mundo na China acreditasse em Jesus não necessitaríamos tantos postos de polícia. Não haveria tanta maldade nem tanta delinquência", expressa o crente.

Para ler o artigo completo, clique aqui:

A Upsa na China

Interior da Igreja evangélica chinesa

China-Vaticano







Igreja Patriótica Católica Chinesa

Castigados na Revolução Cultural na
China de Mao, de 1966 a 1976.

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Maternidade e compromisso «para toda a vida», num vídeo comercial com polémica absurda

O «salto quântico» que introduzem os filhos 

Toda a mãe tem uma vida por detrás, mas que muda
quando aparecem os filhos.
Actualizado 22 de Abril de 2014

ReL

Talvez não era a intenção dos autores, mas assim resulta do seu visionamento. Em 2010 a cadeia britânica de grandes armazéns John Lewis, que oferece produtos de toda a classe para o lar, investiu nada menos que 6 milhões de libras na produção de um comercial que apoiasse um lema: "Nosso compromisso contigo para toda a vida", dado que a empresa foi fundada em 1864.

Como protagonista do spot escolheu a vida de uma mulher (interpretada por nove actrizes diferentes) desde o seu nascimento até à sua velhice, ainda que dentro de uma mesma época, a actual.

Uma continuidade onde se aprecia um grande "salto quântico": no momento no qual se converte em mãe, a jovem (logo adulta e avó) coloca os seus filhos no centro da sua vida, e logo os filhos dos seus filhos.

O vídeo, que foi viral na rede, gerou também polémica.

Por um lado, a música escolhida não foi do agrado de todos, pois muitos a consideraram "reducionista". Trata-se de uma canção que cantou Billy Joel em 1977 (She´s always a woman, interpretada aqui por Fyfe Dangerfield, do grupo Guillemots), a qual, como a célebre She de Charles Aznavour de 1974 (que logo utilizou Elvis Costello na película de 1999 Notting Hill, com Julia Roberts e Hugh Grant), vai na linha do amor à mulher nas suas contradições e imperfeições.

Por outro lado, os fanáticos da ideologia de género entenderam que oferecia uma visão "convencional" da mulher... Precisamente porque o protagonista do spot era o lar (o lar dos teus pais quando és filha, o teu lar quando és mãe), a mulher como seu centro, e palavras como "compromisso [commitment]" e "toda a vida [lifelong]" associadas a ambos.

O certo é que uma empresa como John Lewis (tal como qualquer outra cadeia de produtos variados de grande consumo para a vida quotidiana) tem que reflectir nos seus anúncios momentos e padrões facilmente reconhecíveis por milhões de pessoas, e com os quais se possam identificar. Lamentavelmente para alguns desses fanáticos, a família tradicional é o principal deles...




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Iraque rumo às eleições

O bispo caldeu, Dom Warduni apela aos cidadãos para irem às urnas e eleger pessoas que têm no coração o bem do país


Roma, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org)


Restabelecer a paz no país. Esta é a esperança de Dom Shelimon Warduni, bispo auxiliar caldeu de Bagdad, expressada poucas horas antes da abertura das urnas para as primeiras eleições presidenciais no Iraque desde a retirada das tropas norte-americanas em 2011.

"A primeira coisa, a mais importante é a paz - disse o prelado à Misna -. As novas instituições iraquianas devem se esforçar para restaurar a estabilidade e a segurança neste país que tem sido provado por anos."

O religioso admite que "as pessoas não aguentam mais” por causa dos "ataques terroristas e da violência quotidiana". Dom Warduni, que também é presidente da Caritas local, acrescentou: "Todos nós, líderes de igrejas e congregações religiosas insistimos com os fiéis para que eles compareçam em massa às urnas amanhã, porque este é um direito deles, e é a única maneira de fazer ouvir suas vozes”.

Voz de uma "maioria silenciosa" e inter-confessional, composta por xiitas, sunitas, cristãos, curdos e turcomanos, que juntos "querem viver em paz uns com os outros, como fizeram durante séculos e continuariam a fazer se não fossem continuamente provocados e instigados”.

O bispo condena as "forças sectárias, partidárias, que agem com base em apetites económicos e contra o povo". Ele acredita que é "importante eleger pessoas que agirão para o bem do país e não por quaisquer interesses individuais ou de partido”.

Não faltam desafios sociais que o novo governo deverá enfrentar. "Infraestrutura, diversificação da economia e a reorganização das forças armadas - disse o bispo caldeu -. Só para citar alguns pontos cruciais e urgentes para a reconstrução da casa destruída".

(Trad.:MEM)

Homilia do papa na Casa Santa Marta: o demónio é o pai da divisão, mas o Espírito Santo nos une

Nesta terça-feira, Francisco nos convida a viver como as primeiras comunidades cristãs


Cidade do Vaticano, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org)


Toda comunidade cristã deveria comparar a própria vida com a vida que animava a primeira comunidade da Igreja. Temos que avaliar a nossa capacidade de viver em harmonia, de dar testemunho da ressurreição de Cristo e de ajudar os pobres. Esta foi a proposta do papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de hoje, na Casa Santa Marta.

Os Actos dos Apóstolos desenham a primeira comunidade cristã como um "ícone" em três "pinceladas". O Santo Padre se concentrou em "três pontos" característicos daquela comunidade, capaz de plena concórdia em seu interior, de dar testemunho de Cristo e de impedir que qualquer dos seus membros sofresse a miséria: "São as três características do povo nascido de novo". Desta forma, o pontífice desenvolveu toda a sua homilia a partir do que, durante a semana de Páscoa, a Igreja destacou reiteradamente: o “renascer do Alto”, do Espírito que deu vida ao primeiro núcleo dos cristãos, antes mesmo de eles serem chamados de cristãos.

O papa explicou: "Eles tinham um só coração e uma só alma. A paz. Uma comunidade em paz. Isto significa que, naquela comunidade, não havia lugar para o mexerico, para as invejas, para as calúnias, para as difamações. Paz. O perdão: o amor cobria tudo. Para qualificar uma comunidade cristã, temos que nos perguntar como é a atitude dos cristãos. São mansos, humildes? Nessa comunidade existem disputas entre eles pelo poder? Disputas de inveja? Existem mexericos? Então eles não estão no caminho de Jesus Cristo. Esta peculiaridade é muito importante, muito importante, porque o demónio tenta sempre nos dividir. Ele é o pai da divisão".

Mas, observou Francisco, também havia problemas nas primeiras comunidades. O papa recordou "as lutas internas, as lutas doutrinais, as lutas de poder". E destacou o caso das viúvas que se lamentavam por não ter sido bem assistidas, a ponto de os apóstolos terem tido que "servir de diáconos". Aquele foi um “momento forte” do início do cristianismo, que estabelece para sempre a essência da comunidade nascida do Espírito. Uma comunidade unida, uma comunidade de testemunhas da fé, que o papa propõe como parâmetro para todas as comunidades de hoje.

"[Esta] é uma comunidade que dá testemunho da ressurreição de Jesus Cristo? Esta paróquia, esta comunidade, esta diocese, acredita realmente que Jesus Cristo ressuscitou? Ou ela diz: 'Sim, ele ressuscitou, mas aqui' [indica a cabeça], porque o coração está longe dessa força. Dar testemunho de que Jesus está vivo, está entre nós: é assim que podemos verificar como é que está uma comunidade".

Outro aspecto sobre o qual Francisco reflectiu ao considerar a vida de uma comunidade cristã foram "os pobres". O papa destacou duas ideias a este respeito: "Primeiro: como é a sua atitude ou a atitude desta comunidade para com os pobres? Segundo: esta comunidade é pobre? Pobre de coração, pobre de espírito? Ou ela coloca a sua confiança nas riquezas? No poder? Harmonia, testemunho, pobreza e cuidar dos pobres: é isto o que Jesus explicava para Nicodemos, esse nascer do Alto. Porque o único que pode nos fazer isso é o Espírito. Esta é obra do Espírito. A Igreja é feita pelo Espírito. O Espírito é quem faz a unidade. O Espírito nos impulsiona para o testemunho. O Espírito faz você pobre, porque Ele é a riqueza e é Ele quem faz com que você cuide dos pobres".
Ao terminar a homilia, Francisco pediu que "o Espírito Santo nos ajude a caminhar nesta estrada de renascidos pela força do Baptismo".

Cardeal Dolan: a Igreja precisa de leigos envolvidos na comunicação

Arcebispo de Nova Iorque fala de estratégias de comunicação da Igreja na abertura do Congresso da Faculdade de Comunicação Institucional na Universidade da Santa Cruz em Roma


Roma, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org)


"Já passaram os tempos em que bispos velhos, gordos e carecas como eu eram os melhores porta-vozes da Igreja: precisamos de leigos competentes que a representem", declarou ontem o cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, na abertura do XI Seminário Profissional de Escritórios de Comunicação da Igreja, promovido pela Faculdade de Comunicação Institucional da Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma.

O arcebispo falou dos "desafios culturais para os comunicadores da Igreja" e ofereceu "sete observações" sobre como realizar uma comunicação institucional eficaz, fruto, inclusive, da sua experiência como bispo em contacto com os jornalistas. O purpurado contou inúmeros casos dos quais surgiu uma atitude original e positiva para com a media. Dolan destacou a importância de se ter "um verdadeiro senso de profissionalismo em tudo o que fazemos, já que o modo de dizermos algo é tão importante quanto o que dizemos", explicou. O purpurado afirmou também que "nunca temos que ter medo de dizer a verdade", mesmo em situações desagradáveis para a instituição, porque "as pessoas querem e esperam transparência da Igreja".

O cardeal disse que "devemos responder com caridade e amor" a possíveis ataques, praticando "o convite de Jesus a oferecer a outra face, sem responder aos insultos com palavras duras". 

O próprio Dolan prometeu a si mesmo que não concederá nenhuma entrevista sem mencionar o nome de Jesus, porque, no fundo, "se me pedem uma entrevista, é porque eu sou um pastor, não porque eu seja prefeito".

O congresso vai de 28 a 30 de Abril com o título “Comunicação da Igreja: estratégias criativas para promover uma mudança cultural”. O seminário pretende proporcionar "experiências positivas e critérios para comunicar a fé de modo criativo na esfera pública".

IOR: Comissão Cardinalícia de Vigilância estuda as suas diretrizes de acção

Frequência de reuniões será aumentada


Cidade do Vaticano, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


A Comissão Cardinalícia de Vigilância se reuniu nesta segunda-feira, na sede do Instituto para as Obras de Religião (IOR), a fim de “finalizar as suas directrizes de acção”, informou a Sala de Imprensa do Vaticano, especificando que os cardeais decidiram “que a comissão se reunirá três vezes por ano, além de outras ocasiões que possam ser exigidas por circunstâncias particulares”. Até agora, eram previstas duas reuniões por ano.

O papa Francisco ratificou no último dia 15 de Janeiro a composição da comissão, que deverá durar cinco anos. Ela é formada pelos cardeais Christoph Schönborn, arcebispo de Viena; Thomas Christopher Collins, arcebispo de Toronto; Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso; Santos Abril e Castelló, da basílica papal de Santa Maria Maior; e Pietro Parolín, secretário de Estado.

O IOR, equivocadamente conhecido como o “banco do Vaticano”, começou um processo de melhora da transparência dos seus procedimentos e actividades durante o pontificado de Bento XVI. A reforma do instituto, que na década de 1980 se viu envolvido em uma série de escândalos financeiros, pôs em discussão a própria necessidade da sua existência.

O papa Francisco, em 7 de Abril de 2014, decidiu que o IOR não será extinto e aprovou a proposta para a sua reforma, desenvolvida em conjunto pelos representantes da Pontifícia Comissão sobre o IOR (CRIOR), da Comissão COSEA (de Estudo da Estrutura Económica Administrativa da Santa Sé), da Comissão de Cardeais do IOR e do Conselho de Controle do IOR. O Santo Padre reconheceu a relevância do IOR para as actividades missionárias da Igreja católica, da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, desde que haja transparência e plena adequação às normas bancárias internacionais.

O papa apoiou o pedido feito pelo cardeal Pell, prefeito da Secretaria de Economia do Vaticano, equivalente ao ministério de Economia dos demais países, de continuar “o plano de reforma do instituto para cumprir a sua missão como parte das novas estruturas financeiras da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano".

O plano de reforma continua sendo levado em frente pelo presidente do Conselho de Superintendência, Ernst von Freyberg, e pelos directores do IOR. As actividades do IOR também continuarão sendo supervisionadas pela IAF (Autoridade de Informação Financeira).

O papa Francisco e o Conselho de Cardeais abordam a reforma da Cúria Romana

Quarto encontro do grupo, de hoje até 30 de Abril, estudará mudanças profundas


Cidade do Vaticano, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


O papa Francisco se reuniu com o Conselho de Cardeais nesta segunda-feira, 28, pela quarta vez. As reuniões irão até 30 de Abril, informou a assessoria de imprensa do Vaticano, recordando que o conselho foi criado pelo Santo Padre para “ajudá-lo no governo da Igreja universal”. O conselho ficou popularmente conhecido como C8, por reunir oito cardeais. A nota de imprensa do Vaticano acrescenta que o grupo vai “estudar um projecto de revisão da constituição apostólica Pastor Bonus, sobre a Cúria Romana”.

As reuniões, que costumam acontecer na sala Bolonha do Palácio Apostólico, são entre o Santo Padre e o C8, mas, com a participação do novo secretário de Estado, cardeal Parolín, o número de cardeais sobe na prática para nove.

O conselho foi criado pelo papa Francisco em 13 de Abril de 2013 e institucionalizado em 30 de Setembro do mesmo ano. Os cardeais provêm dos cinco continentes e dão conselhos orientativos. É o Santo Padre quem decide as medidas a ser tomadas.

A Pastor Bonus é a constituição apostólica promulgada pelo papa João Paulo II em 28 de Junho de 1988. O texto, de natureza legislativa, regulamenta a composição e as competências dos dicastérios e organismos da Cúria Romana.

Há pouco mais de um ano, em 3 de Abril de 2013, o porta-voz vaticano afirmou que a reforma da Cúria Romana “não será somente uma actualização da Pastor Bonus. Devemos esperar uma nova Pastor Bonus, não retoques das suas partes nem mera adequação de pequenas coisas”. E destacou: “Trata-se de ressaltar a natureza de serviço [da cúria] à Igreja universal e às Igrejas locais, respeitando a subsidiariedade”.

O embaixador israelita na ONU denuncia no «Wall Street Journal» a guerra contra os cristãos

Actualizado 20 de Abril de 2014

ReL 

Ron Prosor fez uma comparação
das que despertam consciências.
Ron Prosor, embaixador de Israel junto das Nações Unidas, escreveu na passada quarta-feira um contundente artigo no The Wall Street Journal intitulado A guerra no Médio Oriente contra os cristãos, denunciando que "nações de maioria muçulmana estão fazendo aos seguidores de Jesus o que antes fizeram aos judeus".

"Esta semana os judeus celebram a Páscoa judaica, que comemora a história bíblica do Êxodo na qual se descrevem uma série de pragas que assolaram o antigo Egipto e que levaram à liberdade dos israelitas, permitindo-lhes empreender a sua marcha até à Terra Santa. Mas ao longo do século passado outro êxodo, causado por uma praga de perseguições, está arrasando o Médio Oriente e esvaziando esta região da sua população cristã. Actualmente esta perseguição é especialmente virulenta", arranca o artigo.

"O Médio Oriente talvez seja o lugar de nascimento de três religiões monoteístas, mas algumas nações árabes parecem inclinadas a que seja o cemitério de uma delas. Durante 2000 anos as comunidades cristãs espalharam-se pela região, enriquecendo o mundo árabe com a sua literatura, a sua cultura e o seu comércio. Em começos do século XX, os cristãos eram 26% da população do Médio Oriente. Hoje esta cifra é inferior a 10%. Governos intolerantes e extremistas estão afugentando as comunidades cristãs que viveram na região desde o nascimento da sua fé", afirma Prosor.

E continua:

"Nos escombros das cidades sírias de Alepo e Damasco, os cristãos que se negaram a converter-se ao islão foram sequestrados, disparados ou decapitados por soldados islamitas da oposição. No Egipto, turbas de membros dos Irmãos Muçulmanos queimaram as Igrejas Coptas como antes faziam com as sinagogas judaicas. E no Iraque, os terroristas atacam deliberadamente os fiéis cristãos: no passado Natal, 26 pessoas foram assassinadas quando uma bomba rebentou entre uma multidão de fiéis que saíam de uma igreja no bairro Dora, na zona sul de Bagdad".

"Os cristãos estão perdendo as suas vidas, liberdades, negócios e lugares de culto em todo o Médio Oriente. Não é de estranhar-se que os cristãos nativos tenham procurado refúgio nos países vizinhos nos quais, sem dúvida, muitas vezes são também mal acolhidos. Nos últimos 10 anos, quase dois terços do milhão e meio de cristãos do Iraque foram obrigados a deixar as suas casas. Muitos deles estabeleceram-se na Síria antes de voltar a ser vítimas de uma perseguição desapiedada. A população cristã da Síria diminuiu de 30% dos anos vinte a 10%, ou menos, da época actual".

"Em Janeiro, a organização sem ânimo de lucro e cristã multiconfessional Open Doors informou que dos 10 países mais opressivos contra os cristãos, nove são estados com uma maioria islâmica conhecidos pelo seu extremismo e o décimo é a Coreia do Norte. Estes regimes tirânicos apoiam leis arcaicas contra a blasfémia e a difamação da religião com o pretexto de proteger a expressão religiosa. Na realidade, estas medidas equivalem a uma repressão sistemática dos grupos não islâmicos."

"O ano passado, na Arábia Saudita, dois homens foram condenados pelo crime de converter uma mulher ao cristianismo e ajudá-la a escapar do reino islâmico. Segundo a Saudi Gazette, um dos homens, libanês, foi sentenciado a seis anos de prisão e 300 chicotadas e o outro, saudita, a dois anos de cadeia e 200 chicotadas. Estas duas sentenças são relativamente moderadas na Arábia Saudita, onde a conversão a outra religião pode castigar-se com a morte".

"O ´sistema de justiça´ em outros países islâmicos não é particularmente justo para os cidadãos árabes, mas é excepcionalmente opressivo a respeito dos cristãos. Os islamitas radicais da cidade de Raqqa, no norte da Síria, utilizam uma velha lei chamada o “pacto dhimmi para extorquir os cristãos do lugar. A comunidade tem que enfrentar-se com uma penosa escolha: ou pagar uma taxa e submeter-se a uma lista de restrições religiosas ou ´enfrentar a espada´”.

"Na República Islâmica de Irão, as expressões de dissidência política contemplam-se como actos de blasfémia. No Verão passado, três cristãos iranianos foram detidos por vender Bíblias e, julgados, foram condenados por ´crimes contra a segurança do estado´ e sentenciados a dez anos de cadeia. Tiveram bastante sorte. O regime executou dezenas de pessoas pelos denominados crimes de ´fazer a guerra contra Deus´ e ´difundir a corrupção na Terra´."

"O cenário que se está apresentando no Médio Oriente é inquietantemente familiar. No final da Segunda Guerra Mundial, pelo menos um milhão de judeus viviam nos territórios árabes. A criação de Israel em 1948 acelerou a invasão de cinco exércitos árabes. Quando estes foram incapazes de aniquilar militarmente o recém-criado Estado, os líderes árabes lançaram uma campanha de terror e expulsão que dizimou as suas antigas comunidades judaicas. Com êxito conseguiram expulsar 800.000 judeus das suas terras."

"Hoje, Israel, país que represento nas Nações Unidas, é o único país do Médio Oriente com uma população cristã em crescimento. A sua comunidade cristã aumentou de 34.000 pessoas em 1948 para 140.000 hoje, em grande medida a causa das liberdades concedidas aos cristãos."

"Desde os tribunais às aulas, desde as câmaras do Parlamento às câmaras de comércio, os cristãos israelitas são líderes em cada um dos campos e disciplinas. Salim Joubran, um israelita árabe cristão, exerce como juiz do Tribunal Supremo desde o ano 2003 e Makram Khoury é um dos actores mais conhecidos em Israel e o artista mais jovem que ganhou o Israel Prize, a nossa mais alta condecoração civil."

"O padre Gabriel Nadaf, um sacerdote grego-ortodoxo que vive em Israel, recentemente disse-me: «Os direitos humanos não são algo que se deve dar por descontado. Os cristãos em grande parte do Médio Oriente foram assassinados brutalmente e perseguidos pela sua fé, mas aqui, em Israel, estão protegidos»."

O embaixador Prosor conclui que "as nações que pisoteiam os direitos da sua gente semeiam a semente da instabilidade e a violência. As sublevações que surgiram em todo o Médio Oriente são a prova de que o Santo Graal da região é perseguir a liberdade, a democracia e a igualdade. Esperemos que esta busca dê frutos antes que seja demasiado tarde para os cristãos que permanecem na região."

Tradução do artigo de Helena Faccia Serrano.


in

Museu da Assembleia da República | Peça do Mês | Abril 2014

O Museu da Assembleia da República apresenta, em anexo, o seu boletim n.º 28, de abril de 2014, cuja divulgação agradecemos.

Os anteriores números encontram-se disponíveis em http://www.parlamento.pt/VisitaParlamento/Paginas/Museu_PecasMes.aspx




terça-feira, 29 de abril de 2014

102.º Aniversário da SMFOG - Música Velha



Agenda Directório Litúrgico 2015

Agenda Directório Litúrgico 2015

http://www.portal.ecclesia.pt/ecclesiaout/liturgia/liturgia_site/livros/livros_ver.asp?cod_livro=144

Já se encontra disponível
a Agenda Directório Litúrgico
para o ano de 2015
com os próprios de Portugal
e Cabo Verde.

PVP: 9,50€





Alpha News - Dia Estratégico 2014





Irá realizar-se em Fátima, no próximo dia 24 de Maio, o “Dia Estratégico Alpha 2014”.


O Secretariado Nacional Alpha convida todos os responsáveis de equipas Alpha, Alpha Jovens, Ela & Ele e Deus no Trabalho a estarem presentes para um tempo de Oração, de formação e de reflexão.

Tem-se verificado ao longo dos tempos que este evento é muito importante para os líderes tomarem conhecimento da visão e da estratégia propostas pelo Secretariado Nacional e ainda das novidades que vão surgindo ao longo do ano e dos projectos agendados para o ano seguinte. É por tudo isso que insistimos no facto de todas as equipas estarem representadas (por um, no máximo três líderes) neste dia!

Local: Fátima - Casa Nª Sª do Carmo
Horário: 10 às 17h



Conferência 'A Situação dos Cristãos no Médio Oriente'

No próximo dia 14 de Maio, quarta-feira, a Universidade Católica Portuguesa recebe a visita de Sua Beatitude o Patriarca Latino de Jerusalém, Monsenhor Fouad Twal. O Patriarca, que estará em Portugal para presidir às celebrações do 13 de Maio em Fátima, aceitou o convite que o Instituto Superior de Direito Canónico lhe fez para dar um testemunho sobre ‘A situação dos Cristãos no Médio Oriente’.

A sessão pública terá lugar entre as 9:00 e as 12:00. Digna-se estar presente e proferir a exortação conclusiva o nosso Magno Chanceler, Sua Excelência Reverendíssima o Patriarca de Lisboa, Senhor Dom Manuel Clemente.




Decreto de criação do Vicariato do Carvalhal



Beja: D. António Vitalino diz que liberdade só pode ser absoluta implicando relação com todas as dimensões

Bispo aborda tema na sua mensagem semanal à diocese

Beja, 29 Abr 2014 (Ecclesia) – O bispo de Beja, D. António Vitalino, aborda na sua mensagem semanal à diocese, a comemoração dos 40 anos do 25 de Abril de 1974 lembrando que “a liberdade não pode ser absoluta sem implicar a relação com outras dimensões”, entre elas com Deus.

“A liberdade como expressão fundamental da pessoa não pode ser absoluta e a concepção de pessoa tem de implicar a relação em muitas dimensões: consigo, com os outros, com a natureza e, no fundo, com Deus”, recorda o bispo de Beja na sua mensagem semanal à diocese, enviado hoje à Agência ECCLESIA.

D. António Vitalino escreve que “como se costuma dizer, a democracia é o melhor de todos os regimes imperfeitos” sendo que no entanto “o caminho da liberdade é sempre espinhoso, difícil, porque não está em causa apenas a liberdade de um, mas a de todos”.

O prelado diocesano recorda que para que “a dignidade fundamental da pessoa humana” seja respeitada “é preciso ter em atenção os mais débeis, as crianças, os idosos e os doentes”.

O bispo de Beja lembra ainda que nos últimos tempos todas as democracias “têm tentado regulamentar a liberdade religiosa, mas ainda há um longo caminho a percorrer, nesta e noutras áreas”.

Incentivado a continuidade deste caminho D. António Vitalino alerta para o facto de que “o pior que pode acontecer é cair-se na indiferença, no desinteresse e num individualismo e egoísmo fechado ao interesse comunitário”.

D. António Vitalino recorda as palavras do Papa Francisco sobre João XXIII nomeando-o como “uma pessoa dócil ao Espírito Santo, com uma grande liberdade de espírito, que deu início a uma grande revolução na vida da Igreja, convocando o concílio ecuménico Vaticano II”.

“Aqui está o cerne da questão da liberdade, que pode subsistir mesmo em regimes não democráticos, pois a liberdade de consciência, aberta às relações fundamentais, não pode ser acorrentada ou encarcerada”, escreve o bispo de Beja.

O prelado enaltece o facto de que o alcance desta liberdade “não depender apenas de cada um, da educação recebida na família e na sociedade”, mas que esta é sim uma “meta sempre distante, mas no horizonte do caminho de vida, na complexidade das relações humanas e transcendentes”.

A liberdade de espírito “obtém-se através de um longo percurso” salienta D. António Vitalino.

MD


in


Existe um direito de morrer?

"Sinais da verdade: razões para acreditar" é a quinta reunião de um ciclo que começou em Novembro


Roma, 28 de Abril de 2014 (Zenit.org) Elizabetta Pittino


Existe um direito de morrer? Esta é a pergunta proposta pela série de reuniões “Sinais da verdade: razões para acreditar”. São sete encontros, que começaram em Novembro passado, sobre temas polémicos, delicados, difíceis.

A iniciativa foi promovida por paróquias de Desenzano del Garda, na província de Brescia, mas na diocese de Verona.

O 5º encontro faz uma pergunta actual, objeto de debates ideológicos que não costumam levar em consideração a pessoa humana e a totalidade do conhecimento científico.

O moderador é prof. Massimo Gandolfini, diretor do Departamento de Neurociências da Fundação Poliambulanza de Brescia e vice-presidente para a Itália da Associação Ciência e Vida. Gandolfini é autor do livro “Os Rostos da Consciência”, em que trata do coma e do estado vegetativo nas suas várias formas, do ponto de vista do paciente e do médico.

O moderador ajudará a procurar uma resposta para esta questão a partir das perspectivas médica, científica e humana.

Roma chama, Wadowice responde

Mais de 100 peregrinos presentes ontem na Praça de São Pedro eram da cidade onde nasceu Karol Wojtyla


Cidade do Vaticano, 28 de Abril de 2014 (Zenit.org) Federico Cenci


Andar pelo centro de Roma nos últimos dias foi mais lento do que de costume. Um verdadeiro turbilhão de peregrinos tomou as ruas festivamente. As cores que mais se destacavam no meio da multidão eram o branco e o vermelho da bandeira polaca, um sinal claro do grande número de concidadãos de João Paulo II que foram até Roma por causa da canonização.

Só da Polónia partiram mais de 1.700 ónibus, 5 trens e 58 voos charter para a Cidade Eterna. Ainda havia os peregrinos polacos residentes na Itália e noutros países.

Abundante a representação da cidade de Wadowice, com menos de 20 mil habitantes, situada no sul da Polónia. Pelo menos uma centena de peregrinos era daquela cidade, que, em 18 de Maio de 1920, foi berço de Karol Wojtyla.

Os conterrâneos do papa ficaram hospedados em Carpineto Romano, uma pequena cidade entre Roma e Frosinone, terra de outro pontífice, Leão XIII. Em 8 de Abril de 2005, por ocasião do funeral de João Paulo II, outra centena deles participaram da cerimónia carregando um frasco com a terra de Wadowice.

O papa deseja que o processo de paz tenha êxito na Colômbia

A ministra de Relações Exteriores da Colômbia, Maria Ángela Holguín, conversou durante alguns minutos com Sua Santidade, o papa Francisco, sobre os avanços do processo de paz na Colômbia


Madrid, 28 de Abril de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


A ministra de Relações Exteriores da Colômbia, Maria Ángela Holguín, conversou durante alguns minutos com Sua Santidade, o papa Francisco, sobre os avanços do processo de paz na Colômbia, depois da cerimónia de canonização dos papas João XXIII e João Paulo II, neste domingo, no Vaticano.

A chanceler explicou ao Santo Padre os avanços no processo de paz. “Ele me perguntou sobre os progressos, esperançado nos resultados, e mandou uma saudação ao presidente Santos, esperando, igualmente, que o processo [de paz] tenha êxito”.

Previamente, a ministra teve uma reunião de uma hora com o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolín, com quem também tratou do tema. “Eles [o papa e Parolín] estão acompanhando muito o processo de paz, mandando mensagens de paz para que o processo avance”.

Sobre este encontro, a ministra revelou que o Vaticano está “bastante informado” sobre as actuais conversações entre o governo e as FARC.  “Comentamos o tema e isso demonstra o interesse da Igreja e do Vaticano pela Colômbia e pela solução desse conflito de tantos anos”.

“Dom Salazar certamente manda informes. Eles querem saber que mensagens podem dar em prol da paz. Estão muito esperançados de que a Colômbia consiga esses acordos, para podermos viver todos em paz”.

Ao tomar conhecimento das palavras que o papa lhe enviou, o presidente Juan Manuel Santos declarou: "Essa paz vai nos permitir, se Deus quiser, se a conseguirmos, que não haja mais vítimas, que não seja mais preciso, no futuro, que esses heróis percam partes do corpo defendendo os colombianos".

Santos destacou a importância das Forças Militares e dos seus integrantes, ressaltando que a carreira é uma "pequena homenagem a todos os que ofereceram a vida por nós".

O processo de paz, com os diálogos que acontecem em Cuba, completaram 17 meses. Na eleição presidencial deste próximo 25 de Maio, com Santos como candidato à reeleição, o voto expressará o grau de apoio da opinião pública ao fim do conflito armado, pelo menos com o grupo das FARC.

Na mesa de diálogo, estaria a ponto de ser finalizado o quinto item da agenda: os cultivos ilícitos de coca. O sexto ponto será a reparação às vítimas. Andrés París, um dos negociadores, indicou que a “narco-guerrilha” tem a uma proposta de reparação, mas que ela "não inclui a prisão". Devido aos crimes atrozes que as FARC cometeram, boa parte da opinião pública quer que eles reconheçam a própria culpa e paguem por ela. Sobre o assunto, em outubro do 2012, o guerrilheiro Jesus Santrich foi questionado em Oslo sobre os assassinatos cometidos e perguntado se pediria perdão. Ele foi muito eloquente: “Quizá, quizá, quizá” [“Talvez, talvez, talvez”].