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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Líderes religiosos cristãos de Jerusalém condenam novos ataques de colonos israelitas

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Conselho dos Patriarcas e Chefes das Igrejas de Jerusalém, em Taybeh, após o primeiro ataque. Foto © FG I CTS/WCC

Cisjordânia

 | 31/07/2025

Líderes religiosos da Terra Santa acusaram as autoridades israelitas de nada fazerem para conter os ataques de colonos israelitas extremistas ocorridos na noite de 27de julho contra cristãos da cidade de Taybeh, na Cisjordânia. Os patriarcas e líderes das Igrejas em Jerusalém emitiram no dia 30 de julho um comunicado condenando “um ato inequívoco de intimidação dirigido a uma comunidade pacífica e fiel, enraizada na terra de Cristo” durante o qual vários veículos foram incendiados e escritas mensagens de ódio nas paredes.

No documento, citado pelo Christian Today, de 31 de julho, as autoridades israelitas são acusadas de “distorcer a verdade e de não reconhecerem as violações de direitos humanos” ocorridas nos repetidos ataques perpetrados pelos colonos contra os cristãos de Taybeh. Recorde-se que num ataque anterior, em 7 de julho, a Igreja de São Jorge, do século V, foi ameaçada por vários fogos postos nas proximidades. O cemitério da igreja também foi danificado.

Por várias vezes os colonos israelitas foram acusados de desrespeitar os direitos e a propriedade dos moradores de Taybeh, por exemplo, ao pastorear os seus rebanhos de forma destrutiva nos olivais de que os cristãos dependem para o seu sustento.

Estas e outras ações dos colonos levaram os líderes das Igrejas a afirmar que o novo ataque de 27 de julho não foi um incidente isolado e a condenar a polícia israelita por se referir apenas a danos materiais e não reconhecer a campanha mais ampla de abusos.

“Essas omissões distorcem a verdade e não referem as violações do direito internacional humanitário e dos direitos humanos, incluindo o direito à liberdade religiosa e à proteção do património cultural”, escrevem os Patriarcas e líderes das Igrejas em Jerusalém. “Uma preocupação adicional é a campanha reacionária de desinformação por grupos israelitas associados aos colonos, lançada em resposta às recentes visitas diplomáticas a Taybeh”, continuam os Patriarcas que acusam esses grupos de tentar desacreditar as vítimas e de encobrir o comportamento dos perpetradores.

A declaração apela ao Governo israelita para que garanta a igualdade perante a lei e prenda os culpados dos ataques e os submeta a julgamento. Apelos semelhantes foram feitos logo após o primeiro ataque, com críticas à passividade da polícia israelita que não fez nada para responder aos pedidos de emergência que recebeu naquela noite. Até o momento ninguém relacionado com o ataque de 7 de julho foi preso.



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