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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Agosto de Jubileus e Férias de Reviver o Sentido do Bem

O mês de agosto é tempo de férias centrado no Jubileu de graça a convidar a todos para orar e celebrar o sentido da vida de cada um: Convida a lembrar, rejubilar e agradecer pelo bem recebido e feito. Férias de encontros e alegria como Nossa Senhora a ler os seus apelos: «O mês de agosto é consagrado ao meu Imaculado Coração», «o dia mais feliz e alegre para mim é o da minha gloriosa Assunção» (AB, pp.89 e 91) disse à Irmã/Madre Virginia (Clarissa) em 1913 e 1914, em S. António do Funchal. A João Dioguito de Guadalupe (México) em dezembro de 1531, consolou-o por o Bispo não acreditar na missão que ela lhe dera e confirmou-a: «não estou eu aqui que sou tua Mãe»! A Catarina Labouré em Paris, 1830, diz que a medalha milagrosa «é o símbolo das graças que derrama sobre as pessoas que as pedem». Em La Salette, nos Alpes, em 1846, lamenta a chorar: «não quereis dar [ao meu Filho] o sétimo dia para ir à missa»! Às crianças de Pontmain em 1871, (Laval, França) insiste: «mas orai, meus filhos, que Deus vai vos ouvir em breve! O meu Filho vai deixar-se comover». Em Lurdes, em 1858, diz à Bernardete: «eu sou a Imaculada Conceição» [vai dizer ao padre]. Em Fátima disse à Lúcia preocupada de ficar só: «o meu Coração será o teu refúgio». E a tantos outros continua a repetir: «fazei tudo o que Ele [o meu Filho] vos disser». Quem desejar ler mais sobre santuários visitados em férias e encontros pastorais  pode ver o livro «De Guadalupe a Fátima…2018».

Neste mês, nas festas de Nossa Senhora das Neves (Santa Maria Maior), da Assunção, Rainha do Mundo ela convida a Igreja do seu Filho a agradecer a Redenção. É tempo de alegria, reparação, libertação e fraternidade (cf. Levítico 25 sobre o primeiro jubileu).

Os jubileus podem ser de 25 anos, 50, 75 anos; para agradecer o aniversário (e batismo), matrimónio, formatura, consagração religiosa, ordenação sacerdotal, tomada de posse de cargo de responsabilidade, centenário de pessoas e instituições. Neste ano, celebramos também os 1700 anos do Credo de Niceia, e, em 2031, os 500 anos da Aparição de Guadalupe. Para quê jubileus pessoais? São padrões da própria identidade, recebida, escolhida e confirmada com as decisões de cada pessoa. A identidade pessoal renova-se nas festas do sentido da própria vida e missão com oração e vivências. O sentido de vida e compromisso pessoal, é a marca da identidade. Jesus Cristo (Cf. Lc. 12) considerou «insensato» um homem rico sem sentido de vida como a dizer que «insensatez» é falta de sanidade.

As férias de tempo livre refrescam datas de jubileus pessoais e familiares em ações de graças. O mês de agosto pode ser oportunidade para alguns, como no meu caso, que por coincidência festejam jubileus significativos. Só a consagração religiosa, a 19 de março, S. José fica de fora, no meu caso. Com familiares, amigos e conhecidos alguns jubileus são balizas de sentido: ordenação sacerdotal (14), de missa(s) nova(S) na Assunção (15), aniversário (26) (batismo em 1 de setembro), entrada na escola apostólica dos Irmãos de S. João de Deus, festa do Imaculado Coração de Maria (22). E há outras festas: Santo Cura de Ars, o patrono dos sacerdotes, a 4; Basílica de Santa Maria Maior a 5; festa da Transfiguração, a 6 com o Pai a dizer: “ouvi-O”; Santa Benedita da Cruz, padroeira da Europa, a 9; festa da Assunção, a 15, Santo Agostinho e Santa Mónica (28 e 29).

Nos jubileus pratica-se o lema: «Repetítio boni juvat» (a repetição do bem ajuda), e confirma-se o sim do bem já feito. E tanto mais frutuosos quanto mais sintonizarem com o ritmo da Igreja universal. Quem não repete o bem, aumenta o risco de repetir o mal e prender os neurónios aos vícios. As celebrações distribuídas por locais de irradiação de graças e memórias estimulam o coração nessa ligação à terra natal, às comunidades de consagração, igrejas e santuários de ordenação e de celebrações comunitárias, a Fátima, Lurdes, S. Pedro, Roma, S. Tiago de Compostela, Sé da diocese, etc. Vivem-se em alegria quando se louva e canta em sintonia com amigos e comunidades cristãs onde se despertou para a fé. E o Papa Leão XIV pediu para não centrar a festa em “comes e bebes”, quando disse a um milhão de jovens: “Comprar, acumular, consumir não basta. Precisamos de levantar os olhos, olhar para cima, para as coisas do alto, para perceber que, entre as realidades do mundo, tudo tem sentido apenas na medida em que serve para nos unir a Deus e aos irmãos na caridade, fazendo crescer em nós sentimentos de ternura, de bondade, de humildade, de mansidão, de magnanimidade, de perdão, de paz” (Tor Vergata, 3.08.2025); e recordou o que disse João Paulo II no mesmo local no ano 2000.“Mantenhamo-nos unidos a Ele [Jesus] permaneçamos sempre na sua amizade, cultivando-a com a oração, a adoração, a Comunhão eucarística, a confissão frequente, a caridade generosa, como os Santos…».O Pai repetirá: “ouvi-O”!

Pe. Aires Gameiro


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