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domingo, 28 de abril de 2019

Vítimas da desinformação

Hoje todos sabemos que somos intencionalmente manipulados pelos meios de comunicação, a imprensa, a rádio e a televisão, as redes socias recorrem a mentiras ou falácias, argumentações falsamente válidas.

Duma forma geral podemos afirmar que os profissionais da comunicação e do marketing, políticos, sociólogos, etc, são responsáveis por toda uma cultura da desinformação, uns mais que outros, é um facto, mas nós também temos uma certa dose de culpa, na medida em que lhes damos crédito e até repetimos os que eles nos disseram ou escreveram.

Estima-se que um elevado número da população mundial não é capaz de distinguir entre notícias verdadeiras ou falsos rumores, nem percebe o que é um facto ou uma opinião, pelo que neste tempo de post-verdade é fácil depreender as águas turvas em que nos submergem.

A palavra desinformação é definida no nosso Dicionário como a utilização das técnicas de comunicação e informação para induzir em erro ou dar uma falsa imagem da realidade, mediante a supressão ou ocultação de informações, minimização da sua importância ou modificação do seu sentido. Tem como objetivo influenciar a opinião pública de maneira a proteger interesses privados.

Astúcia, distorção da verdade e da justiça, descontextualizar para alterar o sentido em prol de interesses particulares é, sem exagero, uma forma de corrupção, para alguns, será mesmo uma demonização. Manipular a linguagem recorrendo a eufemismos também é outra forma indigna de enganar.

Não vamos fazer teatro e repetir como Pilatos: o que é a verdade? Basta recorrermos ao nosso bom senso e não nos deixarmos contagiar por vocábulos que parecem estar na moda, mas que são fortemente ideológicos com o objectivo de colonizar as nossas mentes.
A Verdade é, em toda a parte do mundo, aquilo que é tal como é. Se dizemos o que pensamos e como pensamos somos verdadeiros, se fazemos o contrário, mentimos. Se o que dizemos em relação às coisas ou aos factos está em consonância com a realidade, é verdade, caso contrário, é falso.
Seduzirem-nos com o relativismo, é também uma estratégia muito comum, perigosa e derrapante, porém, exige de nós uma atitude de alerta e de contínua reflexão, porque a subjectividade com que possamos julgar alguns acontecimentos ou pessoas, implica o nosso comprometimento com a verdade e a justiça.

A minha verdade e a sua verdade, não serão, seguramente, a verdadeira VERDADE, mas afirmá-las e defendê-las sabendo-as mentiras, é um crime e uma ofensa a evitar.

Tratemos as coisas com clareza e pelos nomes para evitar confusões, uma mentira é uma mentira, uma verdade é uma verdade, ser uma coisa e outra ao mesmo tempo é óbvio que não pode ser.

Em Dia de Liberdade de Imprensa, sem dúvida uma conquista memorável, não nos deveremos questionar se esta tão almejada Liberdade foi uma conquista muito séria, ou se terá degenerado para uma liberdade de desinformar, difamar ou mesmo omitir a Verdade dos factos, com laivos de opiniões abusiva e intencionalmente distorcidas ao sabor dos meios e fins “politicamente incorrectos”?

Maria Susana Mexia



Pensamento positivo!

Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição.

É uma força sem igual. É verdade que muitas vezes parece que Deus não existe: vemos injustiças, maldades, indiferenças e crueldades que não cedem. Mas também é certo que, no meio da obscuridade, sempre começa a desabrochar algo de novo que, mais cedo ou mais tarde, produz fruto. Num campo arrasado, volta a aparecer a vida, tenaz e invencível.

Haverá muitas coisas más, mas o bem sempre tende a reaparecer e espalhar-se. Cada dia, no mundo, renasce a beleza, que ressuscita transformada através dos dramas da história.

Os valores tendem sempre a reaparecer sob novas formas, e na realidade o ser humano renasceu muitas vezes de situações que pareciam irreversíveis.

Esta é a força da ressurreição, e cada evangelizador é um instrumento deste dinamismo. Não fiquemos à margem desta marcha da esperança viva!” (Evangelii Gaudium)

Não é verdade que todos gostaríamos de deixar o mundo que encontrámos em melhor estado para os nossos filhos e netos?

O nosso pensamento e acção têm de ser positivos e construtivos, no sentido duma atitude transformadora e enriquecedora.

Abramos a janela da Esperança, continuemos a Acreditar e empenhemo-nos totalmente, sabemos que o mal é muito potente, mas não podemos esquecer que o Bem é Omnipotente…

Maria Susana Mexia



Um Dia Feliz

E num ápice concluíram-se as férias escolares do período da Páscoa. Este ano tive o privilégio de usufruir da companhia da minha neta durante uns dias. Como sempre, aprendi muito com ela. Creio, que é reciproco. Constituem as relações intergeracionais. Nestes dias decidi estar totalmente disponível para ela. Foi muito bom observar a vida através dos olhos de uma criança. Em particular houve duas frases que muito me sensibilizaram. Depois de uma “birra” para adquirir um brinquedo, parou uns momentos pensativa, tendo seguidamente exclamado: “Sabes vovó, o mais importante não é o brinquedo, é o amor que me dás!”. Noutra ocasião, em que soube que um primo da mesma idade vinha passar o dia com ela, com uma ida ao cinema, referiu: “Vai ser um dia feliz!”. Bem, nestes dias em que vesti a “pele” de criança, apesar de me ter cansado e tido uma preocupação com a sua segurança e bem-estar, também fui feliz ao observar a sua alegria, o seu carinho, a sua companhia. Com algum grau de frequência contestavam as minhas decisões. Tinha de explicar os motivos até aceitarem. Se alguma vez cedi, talvez já por cansaço, seguidamente verificavam que eu tinha razão. E fomos gerindo e conciliando as expetativas, as diferentes vontades, em que houve, na verdade, alguma cedência da minha parte, relativamente à alimentação. Enfim, os gostos são diferentes. Para eles o melhor restaurante do mundo era de fast-food porque dava brinquedos. Então uma ida ao cinema envolvia um almoço de hamburguers e a aquisição de pipocas para deglutirem durante o filme de desenhos animados. Novos tempos! Tinha que me adaptar já que lhes queria proporcionar um dia feliz, ao seu modo. A minha neta antes de adormecer na véspera tinha rezado por essa intenção. Em suma, procurei estabelecer todos os dias um programa diferente, criando novas memórias de âmbito cultural e relacional, avivando outras já quase esquecidas. Espero que a seu tempo produza frutos. E hoje ao fazer o balanço destes dias, fico feliz por ter conseguido conciliar as cerimónias da Semana Santa, em particular o Tríduo Pascal com a presença da minha neta e o apoio dos pais. Semanas também elas repletas de acontecimentos que muito nos entristecem, ou seja, o acidente com o autocarro na ilha da Madeira, o incêndio da Catedral de Notre-Dame em Paris, que graças a Deus, tinha tido a oportunidade de visitar várias vezes e espero, que me seja concedida a oportunidade de lá voltar um dia, após a sua recuperação. Também os atentados no Sri-Lanka, antigo Ceilão, que nos deixaram com o coração cheio de dor e muito entristecido. O homem é capaz de realizar obras magníficas, mas também as piores. Mas a Páscoa enche-nos de esperança no futuro. Cristo vive!

Tendo como base a frase da minha neta, isto é, um dia feliz, resolvi proporcionar esse mesmo dia no domingo de Páscoa a uma amiga com quase cem anos. Sabia que gosta de um prato de peixe especial. Fui buscá-la à Residência assistida e levei-a a almoçar. Como estava feliz a saborear o prato de peixe… Também por ver inúmeras famílias a almoçar juntas a celebrar o dia da Ressurreição de Jesus. Recordámos tempos antigos. Depois chegou o momento de tomar um café com um doce muito do seu agrado que já nem se lembrava que existia. “Tudo muito bom”, referia satisfeita quando a deixei na residência, “foi um dia feliz!”. Antes de me juntar à família que me aguardava, ainda resolvi dar um passeio à beira-rio, em Belém, para descomprimir um pouco. Enquanto caminhava, no meio de muitas famílias, recordei que nestes dias decorreu na sede das Nações Unidas de 15 a 18 de Abril, em Nova Iorque, a 10ª reunião do Grupo de Composição Aberta para o Envelhecimento-OWEG, sob o lema: Medidas para melhorar a promoção e a proteção dos direitos humanos, a dignidade das pessoas idosas, as melhores práticas, ensinamentos adquiridos, possível conteúdo de um instrumento jurídico multilateral.

A HelpAge International, que dá voz a uma rede de organizações que promovem uma vida digna, segura e saudável, submeteu um documento com o lema: “Viver, não somente sobreviver”, o que dizem as pessoas idosas sobre o seu direito à proteção, segurança social, capacitação, aprendizagem contínua e desenvolvimento de competências. Por outro lado, a DESA-Departamento de Assuntos Económicos e Sociais, deu o seu contributo através de um documento de trabalho que tem como foco a área: “Educação, formação, aprendizagem ao longo da vida, capacidade de construir”. O OHCHR-Departamento do Alto-comissário para os Direitos Humanos submeteu um documento de trabalho “Proteção Social e segurança social”. Esta entidade, em colaboração com a DESA, apresentaram um importante documento de trabalho na forma de Conteúdo Normativo para um possível “Padrão Internacional” nas áreas “Autonomia e Independência” e “Cuidados Paliativos e Tratamento de Longa-duração”. Por constituírem documentos muito específicos, em que se encontram envolvidos todos os intervenientes, pretendo unicamente deixar uma boa nota de esperança para o futuro deste grupo alvo, através da adequação e melhoria dos serviços existentes e da promoção de novas respostas que vão de encontro com as necessidades, não só as detetadas, bem como as futuras, face ao aumento da esperança média de vida.

Termino este artigo denominado “Um Dia Feliz”, com a certeza de que Nossa Senhora, Rainha da Esperança e da Família, não deixará certamente de atender às nossas solicitações, para que se alcance uma sociedade solidária, justa, fraterna, que promova o bem-estar e a promoção, cada vez maior, das relações entre as gerações, já que todos possuem uma necessidade específica a que importa dar resposta.

Maria Helena Paes



Vinho ou limonada?

Quem já foi à Terra Santa em tempo quente agradeceu certamente as limonadas que o esperavam à chegada aos hotéis e lojas. É provável que o calor também apertasse no tempo de Jesus e que os limões também por lá existissem, assim como o mel. Faltavam os frigoríficos, mas não as limonadas, imaginamos nós.

Chamou-nos a atenção o facto de Jesus, nas bodas de Caná, ter convertido a água em vinho e não em limonada, ou qualquer outra bebida refrescante, tanto mais que o vinho causa alegria, sim, mas também pode levar a muitos dissabores, se bebido em grandes quantidades. Qual a razão, ou razões, para Jesus ter optado pelo vinho, e de grande qualidade?

A primeira razão que nos vem à mente é: o que fazia falta era o vinho, não limonada. A segunda é bem mais profunda: na vida de qualquer homem a dor e a alegria, o mal e o bem, estão sempre presentes embora não se note; no matrimónio também isso acontece. A enorme alegria de gerar um filho vem acompanhada da dor do parto. Vinho e sangue.

Sim, é vinho que Cristo nos oferece na Última Ceia, mas converte-o no Seu sangue, para que o bebamos e possamos assim chegar à plena alegria, a de alcançar o Céu. “Tomai;  isto é o Meu corpo que vai ser dado por vós; fazei isto em Minha memória...fez o mesmo com o cálice, dizendo: Este cálice é a nova Aliança no Meu sangue, que por vós se vai derramar.” (Lc. 22, 19-20).

Em pleno tempo pascal, pouco após a leitura do “Diagnóstico do Papa Bento XVI Sobre a Crise da Igreja e dos Abusos Sexuais”, é flagrante, sobretudo na terceira parte do documento, a ligação entre os dois sacramentos: Matrimónio e Eucaristia. Com a Eucaristia, e a comunhão sacramental recebida em estado de graça[1] é possível a santidade no matrimónio. O sofrimento – sangue e suor – que acompanha a vida humana torna-se em gozo e alegria, nesta vida e na vida eterna.

Recordemos que em cada Missa se renova a Paixão e Morte de Cristo, momento em que o Filho se entrega ao Pai para salvar todos os homens, até mesmo os que o estavam a crucificar: “Perdoa-lhes, ó Pai, porque não sabem o que fazem!” (Lc. 23, 34). Mas também se vive a memória da sua Ressurreição. A vitória de Jesus sobre a morte, manifesta a vitória de Deus sobre o demónio; isto é, a vitória da graça sobre o pecado; a vitória do amor sobre o ódio.

Por isso, o sacramento do matrimónio, também nascido do lado aberto de Cristo, concede aos cônjuges a graça de se amarem ao ponto de darem a vida um pelo outro e ambos pelos filhos. O vinho da entrega e da alegria, não a limonada, não deve faltar em cada boda.

Isabel Vasco Costa




[1] Estado de graça significa que não se cometeu nenhum pecado mortal desde a última confissão, não olvidando que é aconselhável confessar-se e comungar com regularidade, no mínimo uma vez por ano, pela Páscoa. Menos que isto é uma manifestação de desprezo pelos sacramentos que Jesus nos deixou e, por isso, pecado grave. Estando em estado de graça, não é necessário confessar-se antes de cada comunhão.



José Pedraza era policía e iba casarse, pero en un retiro Dios le invitó a ser sacerdote

Para él, ser sacerdote y policía tienen mucho que ver, aunque desde dos ópticas diferentes


Pedraza, como policía, scout en su adolescencia y finalmente como sacerdote

ReL  28 abril 2019

José Pedraza no reniega de su pasado policial. Pero este diácono recién ordenado el pasado 8 de marzo en la diócesis de Nueve de Julio, en la Argentina, sintió que Dios le pedía algo más, una idea que rumiaba desde sus años de adolescente con su grupo scout, señala Camino Católico. Primero José anhelaba estudiar cocina o geografía, aunque terminó ingresando en la Policía Bonaerense en la que estuvo durante tres años en la localidad de Pehuajó, a unos 60 kilómetros de su Henderson natal, en pleno campo bonaerense. Allí sirvió para el Grupo de Apoyo Departamental, y tenía que hacer allanamientos, requisas de calabozos o custodias de funcionarios que visitaban la ciudad.

Pero en esos años, Juan recibió la invitación de un amigo a un retiro al que asistió incluso con su uniforme policial. Y sintió un llamado que hoy evoca como una experiencia como la de san Pablo, sintió que Cristo estaba en él. Algo similar había sentido ya a los 16 años. Así que en 2010 dejó la policía para ingresar al año siguiente al Seminario de Mercedes, donde se forman los futuros sacerdotes de la diócesis de Nueve de Julio.


El policía y el sacerdote

“La experiencia policial fue maravillosa. Fue parte de mi historia de salvación”, aseguró el joven seminarista de 31 años. Y reconoce que en la policía aprendió “sobre el compromiso, la responsabilidad y sobre el mundo de la calle… Dios me regaló este tiempo para crecer en muchas cosas. Aún hoy escucho un móvil y me pongo como loco porque el uniforme me llama… Pero no dejé la policía porque no me gustó sino porque tuve un llamado mucho más pleno”.

El cambio radical fue y es aún difícil de explicar. Y para muchos de comprender. “Parece incomprensible pero, en esencia, los dos cuidan. La función del policía es proteger al ciudadano y a la comunidad. La del sacerdote, cuidar y velar por los fieles y por los más débiles”.
Con trabajo, pareja y el proyecto de emprender una familia a futuro, el policía atravesó dimensiones que parecían irreconciliables. Y pocos meses después, en 2011 ingresó al seminario de Mercedes para reemplazar definitivamente su habitual uniforme de agente de seguridad por las vestiduras sacerdotales.
El futuro servidor de la Iglesia sabe bien donde está y comprende la reacción de los otros. “La gente queda con la boca abierta y me interroga: ¿Cómo? ¿De policía a cura?”, sonríe con un gesto de afabilidad.
El sacerdote tiene una mirada diferente
El choque de los dos mundos hace inevitable preguntarle cómo es posible amalgamar la violencia, la inflexibilidad y la justicia terrenal con la misericordia y la compasión. “Detrás de cada persona hay una historia, hay una vida (no defiendo los hechos delictivos) pero sí hay que tener en cuenta el contexto. Esa es justamente la mirada distinta que uno tiene como hombre de Dios que como policía no se tiene”.
“Hay que tener una visión de toda la circunstancias de la persona humana. No hay que concentrarse sólo en el hecho. Perdón, en el pecado”. Así rápidamente se corrige tras advertir que en su vocabulario todavía quedan rastros de la jerga policial.
Indudablemente su formación y experiencia previas dejan huellas indelebles. Tal vez esa es justamente la causa que sienta que su misión pastoral deba volcarse al mundo de las patrullas, de las armas y de las esposas. “El ambiente policial es un poco complicado – reconoce-. Allí no se habla ni de Dios ni de la Virgen. Por eso me encantaría hacer un trabajo conjunto con la policía. Estuve del lado de adentro y sé lo que viven y tengo sus mismos códigos. Me gustaría acercarme con una mirada consoladora y conciliadora. Una mirada de fe y una mirada trascendental ayudaría mucho en la policía”, agrega.
Sabe a ciencia cierta que la tarea no será fácil en muchos aspectos y que tal vez, por ejemplo, deberá enfrentarse como sacerdote a alguien que él mismo apresó. El miedo no lo amedrenta. Ve, en cambio, a esa hipotética circunstancia como un verdadero desafío para servir a los hombres, aunque de un nuevo lugar. “Estaremos atentos, estaremos a la escucha”– agrega espontáneamente para luego retractarse una vez más por los rastros que quedaron del hombre de ayer.
Llamado a trabajar en las periferias
José tiene la convicción de que “cuando uno encuentra el camino que Dios tiene planeado para él se logra la felicidad plena”.
Pero cuáles son sus expectativas para esta nueva forma de vida. José lo resume así: “Siento un llamado especial, como dice nuestro querido Papa Francisco, por las periferias geográficas y existenciales. Mi carisma es que quiero salir al encuentro de todas las personas, con mi alegría y mis palabras, con mi experiencia de vida y con mi acción. Jesús nos espera en el anciano, en el enfermo, en el pobre, en el niño y en el joven. Y yo quiero ir, como parte viva y presente de la Iglesia, hacia todos ellos”.
En la ordenación diaconal de José Pedraza el pasado 8 de marzo, el obispo de la diócesis de Nueve de Julio, Ariel Torrado Mosconi, dijo que “tu entrega al servicio de los ciudadanos en tu paso por la policía, la participación en los grupos scout, tu espíritu de servicio en los años del seminario, tu espíritu fraterno con tus compañeros en el centro vocacional Cardenal Pironio y tu dedicación al Hogar de Cristo muestran unos dones, unas disposiciones y capacidades que no quedan de ninguna manera atrás en tu vida, sino que bien podrás integrarlas e incorporarlas para hacer más rico y fecundo tu servicio en muchos sentidos”.
También el obispo le recomendó “la escucha contemplativa de la Palabra te llevará siempre a pasar del temor a la confianza, del miedo a la generosidad para responder con un “sí” sincero, generoso y grande al llamado de Dios que se expresará a través de tantos desafíos, sufrimientos y misiones que deberás afrontar en tu vida y ministerio”. Asimismo lo animó a no temer en su nueva misión puesto que “en la Palabra de Dios” encontrará “el consuelo, la fortaleza y la paz para cumplirla” apoyado no en sí mismo sino “en el don sobreabundante de Dios”.
Puedes ver una entrevista a José Pedraza a continuación.



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Doctor Violi, el científico que validó los estigmas del Padre Pío: «Sus heridas eran inexplicables»

En 50 años nunca sufrieron alteraciones en tamaño o forma: además era imposible creárselas








Aceptados sus votos como fraile capuchino y luego de recibir el orden sacerdotal en 1910, padre Pío pronto comenzó a ser un instrumento salvífico de Dios, según el testimonio de testigos que por miles acudían a las eucaristías que celebraba y a confesarse con él. El 20 de septiembre de 1918 fue la primera vez que recibió el don visible de los estigmas de la pasión de Cristo. Fallecería el 23 de septiembre de 1968 a la edad de 81 años.
El Doctor Pietro Gerardo Violi
Tras un riguroso proceso de estudio, explica la web Portaluz, Padre Pio sería declarado venerable en 1997, beatificado en 1999 y canonizado en 2002 por el Papa Juan Pablo II. Fue el rigor científico, liderado por el doctor Pietro Gerardo Violi, lo que dio buena parte de los argumentos a la Iglesia para avalar la canonización del santo capuchino estigmatizado.
Ciencia y fe se unen en la humildad
El científico Violi, recién graduado como Médico Cirujano en la Universidad de Pavia, se había trasladado a vivir con su familia a San Giovanni Rotondo en 1971, luego de ser contratado para trabajar en el Hospital de la ciudad. En 1977 obtendría la especialidad de Nefrología en la Universidad de Nápoles y luego en 1980 el doctor Violi recibiría en Roma la acreditación para ejercer como académico.
Pero fue por su posterior trayectoria profesional -clínica, académica, aportes a la investigación médica sobre análisis genético de algunos trastornos de la sangre y reconocimiento internacional entre otros-, que este científico fue seleccionado para dirigir la investigación de diversos antecedentes relativos al Padre Pio; incidentes para el proceso de canonización.
La razón que habla del misterio
En declaraciones al diario Avvenire de Italia, el citado científico, que estudió el asunto de los estigmas, comenta que: “Estas heridas tienen características científicamente inexplicables. En primer lugar, desde su aparición el 20 de septiembre de 1918 y hasta su muerte, por tanto durante 50 años, nunca sufrieron alteraciones, permaneciendo siempre iguales en tamaño, forma y vitalidad. Esto es tanto más extraño cuanto que no había antibióticos en ese momento. La penicilina fue descubierta en 1929 y puesta en el mercado en 1941, pero sólo dos años más tarde los Estados Unidos, motivados por la necesidad de tratar a los heridos de la Segunda Guerra Mundial, iniciaron su producción a nivel industrial. La penicilina llegó a Italia en 1948. Quiere decir treinta años después. ¿Cómo es que esas heridas nunca se infectaron?”.
Violi destaca la valentía de padre Pio para soportar los dolores que al caminar le provocaban los estigmas (especialmente aquellos en sus pies). Cuestión, recuerda, observada por médicos que lo trataron: los doctores Luigi Romanelli, el profesor Bignani, que era también ateo, y Giorgio Festa… “Estudiándolo atentamente, certificaron que él realizaba todas las actividades cotidianas comunes. A pesar de las heridas, se movía, caminaba normalmente”, confirma el investigador italiano.
La voluntad salvífica de Dios
Basado en las observaciones de aquellos colegas y otros abundantes testimonios de testigos, el doctor Violi observa es significativo -signo de una acción sobrenatural- que las heridas no presentaran alteraciones en el tiempo. “Si fueran lesiones humanas, habrían cambiado, se habrían agrandado… Digo más: para obtener esas heridas, como se le acusó de haber hecho, el Padre Pío debería haber conocido perfectamente la anatomía. En la palma de la mano pasan los tendones, pasan los nervios, el fraile tendría que sufrir de alguna manera un déficit de funcionalidad, por ejemplo, de los dedos. No fue así. Usaba las manos normalmente”.
El científico aborda luego la cuestión de que, tras fallecer, los estigmas desaparecieron de inmediato del cuerpo de padre Pío. Comenta que el tipo de heridas que llevaba el fraile normalmente requieren un proceso de cicatrización de 20 a 60 días, dejando cicatrices muy visibles. “Pues bien -señala el doctor Violi-, como se puede ver en las fotografías, durante su última misa el Padre Pío tenía los estigmas que, unas horas después, habían desaparecido completamente al morir... ¿Cómo es posible?... Y también estoy hablando desde un punto de vista psíquico sobre la hipótesis de los estigmas como resultado de la autosugestión. Desde este punto de vista, el profesor Bignami, nombrado por el Santo Oficio para verificar la credibilidad del Padre Pío, dijo que era un hombre perfectamente equilibrado. Además, en su informe, él, que era ateo, señalaba que, aunque no comía mucho, el fraile podía confesar, permanecer en el confesionario 16 o 17 horas”.
Para el doctor Pietro Gerardo Violi la santidad de padre Pio, la acción extraordinaria de Dios en la vida del santo, guarda sentido en la medida que colabora a la evangelización, a la conversión de las personas. “El mensaje del Padre Pío es el eje del Evangelio: el amor. En sus escritos, en sus cartas habla de amor, amor, amor, amor. A Dios y al prójimo. El Padre Pío fue la personificación del Evangelio, lo puso en práctica. Su legado, las muchas obras que ha dejado atrás no son más que el fruto del amor”, concluye.


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Hoje não há missas no Sri Lanka e a prioridade é reconstruir vidas, não igrejas

O primeiro socorro às vítimas, após o atentado na igreja de São Sebastião. Foto © ACN Portugal

O cardeal Malcom Ranjith, arcebispo de Colombo (capital do Sri Lanka), anunciou que este domingo, 28 de Abril, não haverá missas no país e considera que a prioridade na resposta aos atentados de Domingo de Páscoa, que atingiram duas igrejas católicas e uma evangélica (além de quatro hotéis e um bairro residencial), deve ser a reconstrução das vidas dos feridos e dos familiares das vítimas e não das igrejas. “Temos de ajudar essas pessoas por uma série de programas de aconselhamento, porque algumas delas estão destruídas”, disse, citado pelo Crux.
As afirmações do cardeal tornam-se tanto mais importantes quanto várias respostas imediatas tentaram mobilizar esforços para recolher fundos destinados à reconstrução das igrejas destruídas. Muitas pessoas que estão ainda a ser acompanhadas opor familiares e amigos, ficarão sozinhas à medida que o tempo passar, enfrentando “a realidade da solidão”, avisa o cardeal. “Por isso temos que ajudá-los através de programas de aconselhamento”, diz Ranjith.
Crux refere os casos de crianças órfãs, mulheres viúvas, mães que perderam os filhos e outras pessoas cujos ferimentos vão exigir tratamentos demorados. Por isso é necessária ajuda, incluindo ao nível do apoio financeiro e da edução, acrescenta o cardeal.
Na manhã de Páscoa, vários atentados suicidas em Colombo e outras três localidades do Sri Lanka mataram 253 pessoas (entre as quais um português que ali estava em lua-de-mel) um e feriram outras 500. Na sequência dos factos, o arcebispo de Colombo anunciou sexta-feira que neste domingo, 28, não haverá missas no país, decisão que se manterá até que se considerem criadas condições para regressar à normalidade.
Também as mesquitas do país estão sob vigilância, por receio das autoridades de que haja alguma vontade de vingança contra os muçulmanos, já que o Sri Lanka é um país maioritariamente budista (cerca de 70 por cento dos 21 milhões de habitantes, havendo ainda 13 por cento de hindus, 10 por cento de muçulmanos e sete por cento de cristãos), que saiu há dez anos de uma guerra civil. Sexta-feira, as poucas mesquitas que abriram tiveram uma participação escassa nas orações.

“Uma mensagem aos extremistas”
“Estamos a enviar uma mensagem aos extremistas, dizendo-lhes que não serão capazes de nos assustar ou dissuadir”, afirmou Reyyaz Salley, responsável da mesquita Dawatagaha Jumma, em Colombo, citado na TSF, acrescentando que a razão para terem ido à mesquita era rezar pelas vítimas. “Um pequeno grupo de pessoas perpetrou esses ataques, mas alguns culpam toda a comunidade muçulmana do Sri Lanka, o que não é justo”, acrescentava Mohammed Ramesh, frequentador da mesma mesquita.
Os ataques de Domingo de Páscoa foram reivindicados por um grupo derivado do autodenominado Estado Islâmico. As duas igrejas católicas atingidas foram o Santuário de Santo António, em Colombo, e a Igreja de São Sebastião em Negombo, cidade de maioria católica o norte da capital.
O padre Mahendra Gunatilleke, director da Cáritas Sri Lanka, publicou uma mensagem na rede social Twitter pedindo assistência espiritual e económica: “Pedimos as vossas orações e apoio neste momento difícil no nosso país.” A Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lançou também um apelo de emergência e outra organização católica, os Cavaleiros de Colombo deram 100 mil dólares (cerca de 90 mil euros) para apoiar os esforços de reconstrução.
Nas declarações ao Crux, Ranjith, que visitou as igrejas depois dos ataques e presidiu já a vários funerais de vítimas durante esta semana, considerou que “não é fácil consolar as pessoas que perderam os seus entes queridos em grande número”. Um dos funerais que fez, quinta-feira passada, foi o de um casal cujos filhos agora são órfãos. Noutro caso, morreram um homem e os dois filhos, restando a mulher e mãe, que não tem agora ninguém. Num terceiro, ficou o pai e marido sozinho, depois de perder esposa e três filhos.
O cardeal rejeita igualmente a relação religiosa com o terrorismo: os atentados não são uma questão de religião, mas de terrorismo: “As pessoas que fazem estas coisas não acreditam em religião. Se eles acreditassem, não tocariam com as mãos numa única pessoa.”
Marcas da destruição provocada pelo atentado de Domingo: mais de 250 vítimas mortais e 500 feridos foram o resultado mais trágico dos ataques. Foto © ACN Portugal
Muçulmanos portugueses condenam
“Condenamos veementemente, não há meio termo”, comenta ao 7MARGENS o imã David Munir, xeque da Mesquita Central de Lisboa, a propósito da posição dos muçulmanos portugueses sobre os acontecimentos de Domingo de Páscoa. O xeque Munir diz que logo no próprio dia foi publicada uma condenação na página de Facebook da Comunidade Islâmica de Lisboa. “A nossa mensagem é que o terrorismo não tem religião nem região”, diz.
Sexta-feira passada, na oração do início da tarde, David Munir referiu-se também ao facto durante o seu sermão, pedindo pelas vítimas e pelos seus familiares, e condenando os ataques. “É ainda mais lamentável e condenável porque as igrejas são um lugar sagrado e porque os atentados aconteceram num dia marcante para cristãos.”
O xeque Rachid Ismael, responsável do Colégio Islâmico de Palmela, tem outro trabalho: o de explicar a crianças e adolescentes da escola que dirige que “a religião não é isto”. Os alunos, diz ao 7MARGENS, “ficam chocados como qualquer ser humano, quando há tragédias como estas, seja num local de culto ou não, e falamos com eles para explicar que em nome de Deus não se tira a alma a outras pessoas”.
“A convicção religiosa não pode permitir um acto como este, independentemente de haver quem o reivindique”, acrescenta. E sexta-feira, durante as aulas de religião, o assunto também foi falado: “Repeti palavras do Alcorão para dizer que o mal não deve ser retribuído mas com o bem e que o maior dos inimigos deve tornar-se meu amigo”, o que requer “esforço e perseverança, mas esse é o nosso esforço, lutar contra o terrorismo é uma luta de qualquer confissão”.
“O Alcorão dá liberdade de crença”, afirma ainda o xeque Rachid, citando dois versículos do texto sagrado do islão para justificar. Num deles, na sura (capítulo) 2, versículo 256, lê-se: “Não há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro.”
Durante a semana, a direcção da escola divulgou também um comunicado para “demonstrar o seu repúdio e condenar veementemente” os atentados, citando várias frases do Alcorão em que se recusa a violência contra outros seres humanos.

Matanças de Páscoa
Em muitas das condenações dos atentados – segunda-feira passada, o bispo de Chilaw, Devsritha Valence Mendis, em declarações à AIS, considerava o sucedido como como um “crime contra a Humanidade” – não se ignorava que já por várias vezes a época ou mesmo o Domingo de Páscoa foi a data escolhida para atentados terroristas tendo igrejas cristãs como alvo. O atentado de domingo passado foi, até hoje, a matança de Páscoa mais mortífera, mas a AFP (Agence France Presse) registou os dados dos anteriores atentados num gráfico publicado na conta da agência no Twitter:
Gráfico da AFP no Twitter: atentados contra cristãos no tempo da Páscoa já fizeram mais de 400 mortos desde 2012

A 8 de Abril de 2012 (Domingo de Páscoa), em Kaduna (Nigéria), foram mortas 41 pessoas num atentado com um carro-bomba perto de uma igreja.
A 26 de Março de 2016 (Domingo de Páscoa), no Paquistão, 75 pessoas morreram no ataque em Lahore (Paquistão), num parque muito frequentado por famílias cristãs
Em 9 de Abril de 2017 (Domingo de Ramos), em Tanta e Alexandria (Egipto), vários atentados em duas igrejas coptas fizeram 45 mortos.
Há outros atentados visando alvos cristãos: a 15 de Março de 2015, um duplo atentado perto de duas igrejas, num bairro cristão de Lahore (Paquistão), fez 17 mortos e 70 feridos; a 4 de Março de 2016 (três semanas antes da Páscoa), em Áden (Iémen), um ataque armado a um hospício dirigido pelas Missionárias da Caridade provocou 16 mortos, entre os quais quatro freiras; em 2016, no Cairo e em 2017 em Minya (ambos no Egipto) provocaram igual número de mortos: 29.
(A propósito do acontecimento, pode escutar-se também este registo áudio do Público)


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Empreendedorismo contra a desertificação

Em dia de sol, a Ecclesia chega até si com votos de um excelente domingo, acompanhado de boas notícias e sugestões.
Foi aos alunos finalistas de Bragança que D. José Cordeiro lembrou o empreendedorismo que podem protagonizar numa região tão precisada de investimento e políticas públicas.
“Se os jovens nos fazem falta, há que dar as oportunidades capazes de se fixarem neste território encantador, continuando a perseguir o fito do acesso ao trabalho, combatendo o despovoamento e as desigualdades sociais”.
Uma região que tem contado com o dinamismo do Instituto Politécnico de Bragança e iniciativas locais, continua a precisar de “políticas geradoras de emprego” para contrariar o despovoamento e abandono do “interior profundo”.
Diferentes iniciativas lhe damos a conhecer nestes dias:
Termina na ilha da Madeira a iniciativa, impulsionada pelo Papa Francisco, «Partilha a Viagem»: «a mala da partilha» encerra o seu périplo numa celebração ecuménica na Sé do Funchal, no dia 5 de maio, mas até lá vai percorrer diferentes paróquias e igrejas madeirenses, tendo visita marcada no club motard do Funchal.
Viseu acolheu os cerca de 1600 alunos do secundário no IX Encontro Nacional de Alunos do Ensino Secundário da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC).
Inclusão, o cuidado pelo bem-comum e a salvaguarda do planeta foram temas que os jovens conjugaram com muita animação, música e convívio, numa reportagem da Ecclesia para ler.
Continuamos com jovens pois assim serão os Jogos Nacionais Salesianos que a cidade do Porto se prepara para acolher. Será no início de maio, que diferentes espaços da cidade se vão encher para ver, ao jeito de São João Bosco, o desporto conjugado com “formação integral dos jovens”, muita animação e visitas guiadas.
Também para ir organizando a sua agenda, o Centro de Reflexão Cristã já divulgou o programa do ciclo anula «Conferências de maio», este ano centrado nos jovens. Digo-lhe que o bispo auxiliar de Lisboa D. Américo Aguiar, os teólogos Juan Ambrósio e Alfredo Teixeira, a ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus Margarida Marques e a escritora Alice Viera convidados para os quatro encontros que iniciam no final da tarde do dia 6 de maio, claro.
No Vaticano, o Papa Francisco gravou uma vídeo mensagem saudando o primeiro aniversário da declaração de Panmunjom para a paz, prosperidade e unificação da Península Coreana.
“Através de esforços «pacientes e persistentes», a perseguição da harmonia e concórdia pode ultrapassar a divisão e confronto”, afirmou numa mensagem onde Francisco faz votos de um futuro “de diálogo e fraternal solidariedade”.
Convido-o ainda a assistir ao programa 70x7 desta tarde, hoje no ar pelas 18h30 na RTP2, que lhe conta histórias de quem procura um viver mais sustentável, dentro da cidade, com pequenas mudanças na alimentação e deslocação, como também no campo onde a agroecologia vai dando mostras que todos podemos ser mais responsáveis pelo cuidado com a natureza. Aconselho-o mesmo a ver a deixar-se questionar sobre as suas pequenas mudanças!
Um resto de bom Domingo, estamos cá a fazer-lhe companhia!


Tenía vocación pero tuvo que hacer el servicio militar durante 8 años en Siria, ahora es seminarista

Fadi, después vivir toda la guerra de Siria: «¡He vuelto a nacer al cabo de ocho años!»


Fadi y monseñor Tobji, Arzobispo Maronita católico de Alepo




Casi ocho años después del comienzo de una guerra devastadora, Fadi -un joven sirio- le cuenta a Ayuda a la Iglesia Necesitada (ACN por sus siglas en inglés) la historia de su llamada al sacerdocio. Sin embargo, esta llamada al servicio del pueblo de Dios tuvo que esperar: el Estado lo llamó para el servicio militar y ahí permaneció durante ocho largos años. No obstante, su vocación sacerdotal no menguó con el tiempo, sino todo lo contrario. El joven declara: “Ahora comenzaré a prepararme con toda determinación para ser sacerdote”.
Elegido para ir y dar fruto
Fadi escuchó en su corazón la llamada de Dios hacia el final de sus estudios de Turismo en el Instituto de San Basilio, de Alepo. Esa fue una etapa importante en su vida en la que, además, tuvo la oportunidad de adquirir nociones de francés. Sus estudios universitarios quizá no sean razón suficiente para estudiar este idioma, además de que en el Ejército se ha olvidado de gran parte, pero Dios ya le estaba preparando para ingresar en el seminario, porque la formación para el sacerdocio se imparte en francés. Todos los seminaristas sirios van a Líbano a estudiar Teología, ya que actualmente no hay ningún seminario en Siria.
Después de completar sus estudios, Fadi Joseph Mora solicitó ingresar en el seminario, porque no pudo retrasar la llamada que escuchó. Proveniente de una familia maronita católica, recibió una buena educación cristiana en su casa, formándose rodeado por la familia, que es el primer lugar fundamental de la formación humana. Sus padres, que emigraron por razones económicas, pero regresaron de Venezuela para criar a sus hijos en su país de origen.
La familia de Fadi ha sido fundamental en su vocación al sacerdocio
El servicio militar era inevitable
El Obispo aconsejó al joven que regresara una vez que terminara el servicio militar, porque el servicio militar era inevitable para aquellos que no tuvieran dinero para librarse de él. Antes de la guerra, los jóvenes sirios debían realizar un servicio militar de entre 18 meses y dos años de duración, y después pasaban a ser reservistas. Pero todo cambió con el conflicto, y la duración del servicio militar se volvió indefinida. Además, las autoridades sirias fijaron sanciones para quienes se resistieran a hacerlo. Así que aquellos que no lo han hecho y deseen regresar a Siria deben pagar al menos 8.000 dólares.
Marcado por la resurrección
Fadi comenzó su servicio militar cuatro meses antes de que estallara la guerra. Cuando entró en el Ejército, todavía tenía la esperanza de acabar pronto. Pero tuvo que permanecer ocho años en él, hasta 2018. Hoy, Fadi declara con alegría: “¡El 31 de diciembre de 2018 fue la fecha del fin de mi servicio militar, creo que nací de nuevo después de esos ocho largos años! Siempre recordaré esta fecha”. Así pues, su vocación estuvo marcada por la resurrección, lo cual le otorga serenidad de fondo. La muerte no tiene la última palabra.
Inmediatamente después de su regreso, se dirigió al obispado para renovar su petición. Fue recibido con los brazos abiertos por el nuevo Arzobispo Maronita de Alepo, monseñor Joseph Tobji. Éste explica que, tras su nombramiento como Obispo, reza con toda la diócesis por las vocaciones, y que cada día se celebra una Misa por esta intención. “Es una gran alegría para mí y para todos acoger una nueva vocación. ¡Nuestras oraciones han sido escuchadas!”.
“La Palabra del Señor que recibí nunca murió, sino que permaneció viva”, dice Fadi. Monseñor Tobji lo confirma: “El grano que el Señor arrojó no estaba muerto, sino que esperaba el momento oportuno para germinar. Ahora vamos a crear buenas condiciones para que crezca en el seno de la Iglesia y dé fruto”.
Este jerarca de Alepo, fundador de un centro de ayuda humanitaria para apoyar a las víctimas de la guerra y luchar contra la pobreza resultante, subraya: “Nuestro país y nuestro pueblo están en apuros. Pero, por mucho que pensemos que sólo hay malas noticias, yo acabo de fundar una nueva parroquia. Además, estamos bendecidos con esta nueva vocación. También están sucediendo cosas positivas y necesitamos hablar de ellas para mantener viva la esperanza”.
Monseñor Tobji celebra todos los días una Misa por las vocaciones
Proteger y hacer crecer las vocaciones
“Dios no cesa de llamar a personas para que le sigan y le sirvan desde el sacerdocio, a pesar de todo”, confirma el P. Andrzej Halemba, encargado de proyectos para Oriente Próximo de la fundación Ayuda a la Iglesia Necesitada, y añade: “Jesús dice: ‘No me elegisteis vosotros a mí, sino que yo os elegí a vosotros, y os he puesto para que vayáis y llevéis fruto, y vuestro fruto permanezca’ (Jn 15, 15-16). Pero nosotros también debemos poner de nuestra parte y apoyar la formación sacerdotal de los candidatos que así lo soliciten y sean aceptados. Como Iglesia, estamos obligados a responder al don de Dios a través de estos dones al alcance de todos: la oración, el servicio o el donativo material. Sin nuestra ayuda, las vocaciones como la de Fadi nunca podrían realizarse. Ante todo, debemos rezar por los seminaristas de Siria, que viven en condiciones particularmente difíciles: su país está en guerra y sus habitantes sufren la pobreza. Además, están rodeados de una sociedad predominantemente musulmana, que no entiende su elección. Se trata, pues, de proteger y hacer crecer las vocaciones, para que den frutos maduros”, concluye.


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