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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Os refugiados, a bomba-relógio e os medos católicos


domingo, 19 de agosto de 2018



O padre Camillo Ripamonti, no Centro Astalli, em Roma, 
junto de refugiados

Há a história de um camaronês que tem gravadas, na pele, as marcas da tortura; de um colombiano detido numa cadeia mas que pode sair para ajudar outros; de uma fila de refugiados que carrega uma “bagagem de sofrimento” e vai diariamente buscar comida a um centro de apoio; de um nigeriano que viu morrer gente no barco em que se meteu para chegar a Itália, depois de ter ido a pé do seu país até à Líbia; de um missionário que teme a bomba-relógio que as políticas europeias podem provocar; de um padre que alerta que ninguém pode ser deixado a dormir debaixo da ponte; de um cardeal criticado por defender o dever evangélico de acolher o estrangeiro; de uma revista católica que coloca na capa a foto de um ministro e lhe diz: “Vade retro”; e, ainda, do responsável do Serviço Jesuíta aos Refugiados em Itália que diz ser inadmissível que haja pessoas a more no Mediterrâneo. 

Hoje, no Público, publico uma reportagem sobre os receios das organizações católicas que trabalham no acolhimento aos refugiados em Itália, tendo em conta o novo quadro político do país e as indecisões dos governos europeus. E também uma entrevista com o director do Serviço Jesuíta aos Refugiados-Itália, padre Camillo Ripamonti, que começa por dizer porque quis ser médico, antes de ser padre, e porque é que o trabalho que agora faz lhe levou quase as mesmas realidades...




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