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quinta-feira, 30 de abril de 2015
Newsletter #5 | Festival Terras Sem Sombra
Papa na Audiência: Por que muitos jovens não querem se casar?
Na catequese desta quarta-feira, Francisco refletiu sobre o sacramento do matrimónio e recordou que é uma união protegida por Deus
Cidade do Vaticano, 29 de Abril de 2015 (Zenit.org)
O Santo Padre Francisco estava acompanhado por dois
convidados de honra no papamóvel hoje pela manhã. Um jovem com síndrome
de Down e um acólito percorreram a praça com o Papa saudando os fiéis e
peregrinos de todo o mundo reunidos para participar da Audiência Geral.
A chuva que tem caído estes dias em Roma deu uma trégua hoje,
permitindo que os peregrinos desfrutassem mais a companhia do Papa. Como
de costume, antes da catequese, Francisco abençoou e beijou as crianças
que lhe foram trazidas, e trocou algumas palavras com os fiéis que
estavam nas filas da frente.
Nesta quarta-feira, o Santo Padre continuou o ciclo de catequeses sobre a família, falando especificamente sobre o matrimónio.
Resumindo em português, Francisco disse: “Desde o tempo das Bodas de
Caná, para as quais foi convidado Jesus, muita coisa mudou. Devemos
interrogar-nos seriamente sobre as razões que levam tantos jovens a
optar por não se casarem. Preferem a convivência e, habitualmente, de
responsabilidade limitada… Por que não se casam? As dificuldades não são
apenas de carácter económico, nem se ficam a dever – como querem alguns
– à emancipação da mulher. Na realidade, quase todos os homens e
mulheres sonham com uma segurança afectiva estável, um matrimónio sólido e
uma família feliz. A família aparece no topo das preferências dos
jovens, mas, com medo de falir, muitos descartam-na; e este medo de
falir é talvez o maior obstáculo para aceitarem a palavra de Cristo, que
promete a sua graça à união conjugal e à família. Em Caná, Jesus não só
participou nas Bodas, mas salvou a festa com o milagre do vinho.
Queridos irmãos e irmãs, não tenhais medo de convidar Jesus para as
vossas Bodas. Quando se casam «no Senhor», os cristãos são transformados
num sinal eficaz e duradouro do amor de Deus: o matrimónio é uma festa
que se renova nas sucessivas estações da vida dos esposos. O testemunho
mais persuasivo da bênção do matrimónio cristão é a vida boa dos esposos
cristãos e da família. Não há modo melhor para manifestar a beleza
deste sacramento”.
O Papa Francisco cumprimentou os peregrinos de língua portuguesa, “em
particular os sacerdotes de Aracaju e os diversos grupos paroquiais do
Brasil e de Portugal, sede bem-vindos! De coração vos saúdo a todos,
confiando ao bom Deus a vossa vida e a dos vossos familiares. Rezai
também vós por mim! Que as vossas famílias se reúnam diariamente para a
reza do terço sob o olhar da Virgem Mãe, para que nelas não se esgote
jamais o «vinho bom» de Jesus!”.
Depois da saudação em diversas línguas, o Papa dirigiu um pensamento
especial aos jovens, aos doentes e recém-casados. O Santo Padre recordou
que hoje a Igreja celebra a festa de Santa Catarina de Sena, padroeira
da Itália e da Europa. Por isso, pediu que sua existência ajude os
jovens a compreenderem “o sentido da vida vivida para Deus”. Ele também
pediu que a fé inabalável da santa ajude os doentes "a confiar no Senhor
nos momentos de sofrimento". E por fim, que a sua força com os
poderosos indique aos recém-casados “os valores que realmente contam na
vida familiar".
(29 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
in
"Papa Francisco em breve visitará a Sinagoga de Roma"
Confirmado pelo rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni, depois da audiência com o Papa na segunda-feira
Roma, 29 de Abril de 2015 (Zenit.org)
"Eu renovei o convite ao Papa para ir à sinagoga e ele
imediatamente disse que sim. Resta apenas determinar a data para a
visita de Francisco ao Templo maior”. Revelou ao Vatican Insider, o
rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni, após a audiência com o Papa
última segunda-feira.
Durante o encontro que durou cerca de trinta minutos, foi dado
espaço também aos temas mais quentes do momento. "Francisco fez uma
análise política profunda das dinâmicas que provocam os desembarques de
imigrantes na costa italiana. Nós compartilhamos as mesmas preocupações e
dor pelo que está acontecendo no canal da Sicília. O Papa está
consciente da dificuldade de lidar com uma situação tão complexa”.
O Papa, acrescenta Di Segni, "mostrou-se atencioso e disponível. Eu
contei duas histórias particulares, uma delas sobre a minha família”.
A audiência deveria ter sido realizada na semana passada, junto com a
delegação de rabinos europeus, mas o Rabino desmarcou por causa da
morte de seu predecessor, Elio Toaff, que Bergoglio recordou no início
do encontro.
(29 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Nepal: governo avisa que pode haver mais de dez mil mortos
Igreja reage à emergência com todos os seus recursos
Madrid, 29 de Abril de 2015 (Zenit.org) Ivan de Vargas
Desde o sábado passado, o Nepal é um país imerso no desastre
e em luta para recuperar com vida as pessoas ainda presas nos
escombros.
O primeiro-ministro do país, Sushil Koirala, informou que o número
de mortos no terremoto pode passar de dez mil. "Estamos fazendo o
possível para resgatar os sobreviventes. É um desafio e um momento muito
difícil para o Nepal".
A situação é ainda pior nas áreas rurais: estradas destruídas e más condições climatológicas tornam o acesso quase impossível.
O pe. Boniface Tigga, superior regional da Companhia de Jesus no
Nepal, solicitou aos amigos e simpatizantes de todo o mundo que apoiem o
socorro. Os salesianos e as Filhas de Maria Auxiliadora presentes no
país também estão ajudando na emergência. A rede Cáritas Internacional
está enviando ajuda material aos numerosos atingidos pela catástrofe. Um
grupo de religiosos camilianos está indo a Katmandu para prestar
serviços de saúde no Centro Pastoral do Vicariato Apostólico sob a
coordenação do irmão Madhu.
A Igreja católica está presente em 58 dos 75 distritos do Nepal com
programas de segurança alimentar, de promoção humana, social e económica
e de apoio a crianças, mulheres e agricultores.
O governo solicitou da comunidade internacional o envio de barracas,
remédios e outros materiais de emergência, consciente de que a
recuperação é "um grande desafio". A comida, a água e a electricidade
escasseiam em todo o território, piorando a situação e dificultando as
tarefas de resgate. Há contínuas réplicas desde o terremoto principal e
teme-se que novos tremores derrubem as frágeis estruturas que se
mantiveram de pé. "As pessoas estão dormindo à intempérie, com chuva",
lamentou Koirala.
O executivo recebe pedidos de ajuda de todo o país, mas é incapaz de
dar respostas devido aos cortes nas comunicações e à falta de preparação
das equipes de resgate. Vários países já enviaram ao Nepal todo tipo de
ajuda e de recursos para contribuir, mas o colapso dos aeroportos e os
problemas de electricidade complicam a chegada da ajuda às áreas mais
isoladas.
(29 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
in
O tráfico de crianças é um crime que exige respostas contundentes
Seminário Novas escravidões: o tráfico de crianças hoje acontece nesta quarta-feira em Barcelona
Madrid, 29 de Abril de 2015 (Zenit.org)
Acontece nesta quarta-feira em Barcelona o seminário "Novas
escravidões: o tráfico de crianças hoje", com a presença de
especialistas que, da acção policial até a atenção às vítimas e a
reflexão jurídica e ética, "promovem uma protecção efectiva dos menores
perante as poderosas máfias que se aproveitam deles", informaram os
organizadores em comunicado remetido a ZENIT.
Josep Maria Simón, vice-presidente da entidade organizadora, a
fundação Casa de Misericórdia de Barcelona, recordou a "globalização da
indiferença", repetidamente denunciada pelo papa Francisco, diante da
qual "o tráfico de crianças é um crime que exige respostas
contundentes". Simón apresentou esta jornada como "uma ocasião para
sensibilizar políticos, forças de segurança, entidades defensoras dos
direitos humanos e toda a sociedade catalã e espanhola para que enfrente
e faça propostas efectivas a fim de erradicar este comércio ignominioso,
inacreditável em pleno século XXI".
A jornada se articula em torno a quatro mesas redondas. A primeira,
"Direitos fundamentais e protecção das crianças", abordará a promoção dos
direitos fundamentais da infância e será dada por dom Ignacio Carrasco
de Paula, presidente da Academia Pontifícia para a Vida. Contará também
com o testemunho de Alicia Peressutti, fundadora da Vínculos em Rede,
que falará das condições das crianças vulneráveis e de como reduzir
riscos. Josep Masabeu, presidente da ONG Braval, abordará por que
crianças já nascidas em países europeus rejeitam a sociedade que as
acolheu e chegam a cometer atentados terroristas.
Na segunda mesa redonda, representantes dos corpos de segurança
exporão o tema "Uma dura realidade: situações actuais da escravidão
infantil: como acontece o tráfico de crianças em nosso entorno mais
próximo, quem está por trás e como agem". O professor Carlos Espaliu,
especialista em Direito Internacional na UIC, exporá o marco jurídico
das forças de segurança na luta contra as máfias que traficam pessoas e
as dificuldades de levar essas organizações criminosas a julgamento.
A terceira mesa redonda tratará da "Resposta da sociedade à
escravidão infantil", com a presença de dom Marcelo Sánchez Sorondo,
chanceler da Academia Pontifícia de Ciências Sociais e responsável por
diversas iniciativas apoiadas pelo papa Francisco e voltadas a
sensibilizar países e organizações internacionais para promoverem acções
efectivas. Josep Miró i Ardèvol falará do diagnóstico desta situação e
das medidas possíveis para vencê-la. Elena Nieto, chefe do Departamento
de Estrangeiros de Barcelona, explicará a problemática do "Tratamento
dos menores estrangeiros desacompanhados" que chegam à Espanha.
A jornada será fechada por dom Robert Oliver, secretário da Comissão
Pontifícia para a Protecção dos Menores, que explicará o trabalho dessa
comissão criada no ano passado pelo Santo Padre na “protecção dos menores
diante das novas formas de exploração, como a prostituição forçada, a
pornografia, o turismo sexual e o tráfico humano". A comissão "propõe as
iniciativas mais oportunas para proteger menores e adultos vulneráveis,
como procedimentos específicos para promover a responsabilidade local
nas Igrejas particulares de todo o mundo no tocante à defesa das
crianças".
(29 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Santa Catarina de Sena
"Foi no seio da Igreja hierárquica que o Senhor depositou o seu mais precioso tesouro", bradava a jovem Doutora da Igreja
Horizonte, 29 de Abril de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
Catarina nasceu no dia 25 de Março do ano 1347 na cidade de
Siena, Itália. Foi a vigésima-quarta filha da família. Seus pais eram
Giacomo di Benincasa e Lapa Piagenti, uma família burguesa e muito
católica. Desde cedo elevava o pensamento para as coisas de Deus, mesmo
sem poder estudar e de frágil estatura, sua oração almejava com coragem a
vivência dos santos.
Ao completar sete anos de idade, fez o voto de castidade, mesmo
diante do desejo de sua mãe que se casasse ela se manteve firme no
propósito e ia alimentando sua alma de orações, jejuns e penitências.
Aos quinze anos decidiu ingressar na Ordem Terceira de São Domingos onde
permaneceu enclausurada por muitos anos, vindo a deixar esta condição
somente no ano 1374 quando pôs-se a cuidar e acolher os pobres e
enfermos, vítimas de uma tenebrosa peste que assolou a região. No ano
seguinte na cidade de Pisa, Catarina recebe em seu corpo os estigmas de
Jesus Cristo.
O Senhor confirma no coração de Catarina o impulso missionário e ela
continua o forte trabalho junto aos mais necessitados e agora tendo de
enfrentar o grande desafio de uma ruptura que surgia no coração da
Igreja. Conhecido com o Cisma do Ocidente, este episódio de disputa
política entre os membros do clero findou por chegar ao papado que foi
assolado por grandes disputas, renúncias e divisões. Catarina soube do
exílio do Papa em Avinhão e partiu em sua defesa escrevendo e ditando
cartas, documentos e realizando diversas viagens que resultaram na
segurança do retorno do Papa à Roma que ainda passaria por outro grande
abalo semelhante o qual exigiu de Catarina nova e enérgica actuação.
Findou por restabelecer a paz em 1377 e ver a sua amada Igreja e clero
tomarem o caminho determinado por Deus.
Após estes acontecimentos, Catarina veio a falecer em Roma no dia 29
de Abril de 1380. Antes de sua morte pronunciou: “Se morrer, sabeis que
morro de paixão pela Igreja”. Foi sepultada na Igreja de Santa Maria da
Minerva. Foi beatificada pelo Papa Pio II em 29 de Junho de 1461 e
canonizada em 04 de Outubro de 1970 pelo Papa Paulo VI que a proclamou
Doutora da Igreja. Em 2000 o Papa João Paulo II proclamou Santa Catarina
de Sena co-padroeira da Europa.
(29 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
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Homilia do Papa: Não temer as surpresas do Espírito Santo
Nesta terça-feira, o Santo Padre recordou a necessidade da oração e do discernimento para distinguir a voz de Deus
Cidade do Vaticano, 28 de Abril de 2015 (Zenit.org)
Durante a homilia na Missa desta manhã na capela da Casa
Santa Marta, o Santo Padre Francisco destacou a necessidade de ter
"coragem apostólica" para não transformar "a vida cristã em um museu de
recordações”.
Os discípulos de Jesus, ao chegarem em Antioquia, começaram a
pregar não somente aos judeus, mas também aos gregos, aos pagãos e
muitos deles acreditaram e converteram-se ao Senhor. Assim, o Papa
Francisco referiu-se ao trecho dos Actos dos Apóstolos, da Primeira
Leitura da liturgia de hoje, para destacar o quanto é fundamental na
vida da Igreja abrir-se sempre ao Espírito Santo. Ele observou que
muitos ficavam inquietos ao saber que o Evangelho era pregado para além
dos judeus, mas quando Barnabé chega a Antioquia se alegra porque vê que
as conversões dos pagãos são obra de Deus.
O Santo Padre explicou que muitos não entendem que o Senhor veio para
salvar todas as pessoas. "Eles não entendiam. Não entendiam que Deus é o
Deus das novidades: ‘Eu renovo todas as coisas’, nos diz. Que o
Espírito Santo veio precisamente para isso, para nos renovar e
continuamente faz esse trabalho de nos renovar. Isso provoca temores. Na
história da Igreja podemos ver daquele momento até hoje quantos temores
diante das surpresas do Espírito Santo. Ele é o Deus das surpresas".
Mas – exclamou o Papa – existem novidades e novidades! E especificou que algumas "vê-se que são de Deus", outra "não".
E como podemos distinguir? Francisco observou que na realidade, tanto
Barnabé como Pedro, diz-se que sejam homens cheios do Espírito Santo.
"Em ambos há o Espírito Santo que permite que a verdade seja vista. Nós,
sozinhos, não podemos. Com a nossa inteligência não podemos", afirmou.
Francisco acrescentou ainda que "podemos estudar toda a história da
salvação, podemos estudar toda a teologia, mas sem o Espírito Santo não
podemos entender. É justamente o Espírito que nos faz entender a verdade
ou – usando as palavras de Jesus - é o Espírito que nos faz conhecer a
voz de Jesus".
O Papa recordou na homilia que "o avançar da Igreja é obra do
Espírito Santo, que nos faz ouvir a voz do Senhor”. E perguntou: "E como
posso ter certeza de que a voz que ouço é a voz de Jesus, que o que eu
sinto que devo fazer é obra do Espírito Santo?". E a resposta é simples:
rezar.
"Sem oração, não há lugar para o Espírito. Pedir a Deus para nos
enviar esse dom: ‘Senhor, dai-nos o Espírito Santo para que possamos
discernir em cada momento o que devemos fazer’, que nem sempre é o
mesmo. A mensagem é a mesma: a Igreja avança, a Igreja vai em frente com
essas surpresas, com essas novidades do Espírito Santo". Da mesma
forma, Francisco lembrou que "é preciso discerni-las, e para
discerni-las devemos rezar, pedir esta graça".
O pontífice disse que "Barnabé estava cheio do Espírito Santo e
entendeu imediatamente; Pedro viu e disse: ‘Mas quem sou eu para negar o
Baptismo?’. É ele que não nos faz errar. Mas, Padre, por que entrar
nestes problemas? Vamos fazer as coisas como sempre fizemos, assim
estamos mais seguros... "
A este respeito, Francisco advertiu que fazer as coisas como sempre
foi feito é uma alternativa de "morte". E exortou a correr o "risco, com
a oração, com a humildade de aceitar o que o Espírito Santo" nos pede
para "mudar". Este é o caminho.
Por fim, o Santo Padre convidou a pedir "a graça de não ter medo
quando o Espírito, com segurança, nos diz para darmos um passo avante" e
a "coragem apostólica de levar a vida e não fazer da nossa vida cristã
um museu de recordações”.
(28 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Francisco: a pobreza é o grande ensinamento de Jesus no Jordão
O Santo Padre envia uma mensagem de vídeo para os sem tecto, actores de um espectáculo
Roma, 28 de Abril de 2015 (Zenit.org) Rocio Lancho García
Quem acha que é possível aprender algo com um sem tecto? Quem
pensa que ele pode ser um santo? Isso é o que o Papa se pergunta em uma
vídeo mensagem dirigida aos hóspedes dos centros de acolhida da Cáritas
diocesana de Roma. Os destinatários destas palavras do Papa são, além
do mais, os protagonistas do espectáculo “Se não fosse por você” que se
apresenta hoje no Teatro Brancaccio. A obra “conta experiência
verdadeiras, difíceis, de abandono e marginalização” vividas pelos
protagonistas.
Francisco diz no vídeo, que nesta noite os artistas farão do
cenário “um lugar de onde transmitir ensinamentos sobre o amor, sobre a
necessidade do outro, sobre a solidariedade, sobre como nas dificuldades
se encontra o amor do Pai”.
Depois, explica que “a pobreza é o grande ensinamento que Jesus nos
deu quando desceu nas águas do Jordão para ser baptizado por João
Baptista". Não o fez – lembra o Santo Padre – por necessidade de
penitência, de conversão; o fez porque queria colocar-se no meio das
pessoas, das pessoas necessitadas de perdão, no meio de nós, pecadores, e
carregar o peso de nossos pecados. Dessa forma afirma que “este é
caminho que escolheu para consolar-nos, salvar-nos, libertar-nos da
nossa miséria. Ou seja, o que nos dá a verdadeira liberdade, a
verdadeira salvação e a verdadeira felicidade é o seu amor cheio de
compaixão, de ternura e de partilha”.
Por outro lado, Francisco assegura aos presentes que eles “não são um
peso para nós”, mas “a riqueza sem a qual nossas tentativas de
descobrir o rosto do Senhor são vãs”.
Recordando a carta que recebeu deles poucos dias depois de sua
eleição como papa, afirma que, assim como lhes respondeu em seu devido
momento, leva-os "no coração e estou à vosso dispor".
O Santo Padre agradeceu os trabalhadores da Caritas e indica que
sente-os “como minhas mãos, as mãos do Bispo, ao tocar o corpo de
Cristo”. Em seguida o Papa expressou o seu desejo de que esta cidade
pudesse brilhar de “pietas” pelos que sofrem, de acolhida pelos que
fogem da guerra e da morte, de disponibilidade, de sorriso e de
generosidade para aqueles que perderam a esperança". Também expressou
seu desejo de que a Igreja de Roma se manifeste "cada vez mais mãe
amorosa para os fracos". Todos temos nossas debilidades, lembra o Papa.
Finalmente indicou o quanto gostaria que as comunidades paroquiais na
oração, ao entrar um pobre na Igreja, se ajoelhassem em veneração da
mesma forma que quando entra o Senhor. Quanto gostaria – acrescentou –
que se tocasse a carne de Cristo presente nos necessitados dessa cidade.
(28 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
in
On line site do Jubileu da Misericórdia
www.iubilaeummisericordiae.va está disponível em seis idiomas
Cidade do Vaticano, 28 de Abril de 2015 (Zenit.org)
Já está disponível o site do Jubileu da Misericórdia - www.iubilaeummisericordiae.va
- com fotos e vídeos sobre o Ano Santo extraordinário e os discursos
proferidos pelo Papa Francisco por ocasião da abertura do evento, em 8
de Dezembro.
O portal – conforme notícia da Rádio Vaticano – apresenta na Home o
lema do Jubileu “Misericordiosos como o Pai”, acompanhado pelo brasão
papal de um lado e do outro o logotipo do Conselho Pontifício para a
Promoção da Nova Evangelização, Dicastério responsável pela organização
do Jubileu.
O site está disponível em italiano, francês, inglês, espanhol,
português e polaco, e oferece links para as principais redes sociais
como Twitter e Facebook, possibilitando a leitura de notícias e
informações de serviços desenvolvidos pela Rádio Vaticano e pelo jornal
L'Osservatore Romano, sobre os preparativos para o Jubileu, mas também
sobre a Igreja no mundo.
(28 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
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Concluída a encíclica do Papa sobre o clima. Publicação no final deste mês
O anúncio foi feito por Mons. Sorondo, diretor da Academia de Ciências. Em espera pela publicação, Greenpeace escreve ao Papa para agradecê-lo pelo compromisso com o meio ambiente
Roma, 28 de Abril de 2015 (Zenit.org)
A tão aguardada encíclica do Papa sobre a criação está
pronta e será publicada ainda este mês. A notícia foi dada pelo
chanceler da Pontifícia Academia de Ciências, Mons. Marcelo Sanchez
Sorondo, aos microfones da Rádio Vaticano, à margem do Workshop
internacional promovido pela Pontifícia Academia das Ciências sobre o
tema: "Protect the Earth, Dignify Humanity. The Moral Dimensions of
Climate Change and Sustainable Development”, (Proteger a Terra,
dignificar a Humanidade. A dimensão moral das mudanças climáticas e do
desenvolvimento sustentável).
"O Papa disse esta manhã que a encíclica está pronta, que estão
realizando as traduções e que provavelmente será publicada no final de
maio ou no começo de Junho”, afirmou Sorondo, explicando que o documento
terá, naturalmente, uma abordagem mais “pastoral” com relação a estes
temas descritos principalmente pelas ciências naturais e sociais.
Na expectativa pela publicação, por sua vez, a organização
ambientalista Greenpeace enviou uma carta aberta ao Papa para
agradecê-lo pelas iniciativas "em defesa do clima global, assumidas
também tendo em vista a Encíclica anunciada". Na carta assinada por
Giuseppe Onufrio, director-executivo do Greenpeace Itália - entre os
participantes no encontro de hoje no Vaticano – se recorda que os
efeitos das mudanças climáticas “já afectam milhões de pessoas,
especialmente entre os pobres: os mais vulneráveis e menos
responsáveis pelo aquecimento global".
"Uma das maiores ameaças para o clima da Terra vem da exploração
irresponsável do carvão e do petróleo", diz a carta. "Os governos
mostram pouca sabedoria neste campo e grandes interesses industriais
ainda estão ligados a essas fontes de energia, destrutivas para o
ambiente, para o clima e objecto de conflitos sangrentos”.
Para Grennepeace as consequências para a vida humana são
"desastrosas" e muitas vezes "não são entendidas profundamente”. "No
entanto - nota Onufrio - os sinais são muitos: condições meteorológicas
extremas, derretimento do gelo, secas, inundações, tempestades, fome. E
também aumento da migração de inteiras populações em busca de condições
ambientais mais favoráveis".
Se, por um lado, tem-se “o dever de ajudar e dar alívio imediato aos
migrantes”, por outro não se deve negar “a ligação com as razões
profundas que motivam as pessoas a migrar: fome, pobreza, violência,
conflitos para ter acesso aos recursos”. “Todas questões que podem ser
exacerbadas pelas mudanças climáticas em andamento", diz a associação.
Por isso se dirige ao Papa Francisco, pedindo-lhe para fazer “um
apelo a todos os governos e líderes da indústria para que se comprometam
concretamente no sentido contrário do aquecimento global, por um
sistema de energia baseado 100% nas fontes renováveis, que seja
acessível a todas as pessoas do planeta".
(28 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Vaticano realiza Simpósio sobre mudanças climáticas
Antes do evento, o Papa Francisco encontrou Ban Ki-moon, Secretário Geral das Nações Unidas
Roma, 28 de Abril de 2015 (Zenit.org) Sergio Mora
Um encontro a fim de consolidar um consenso global sobre as
mudanças climáticas no contexto do desenvolvimento sustentável, teve
lugar nesta terça-feira, no Vaticano, organizado pela Pontifícia
Academia das Ciências Sociais, em conjunto com Religions for Peace e
United Nations Sustainable Development Solutions Network.
O seminário “Proteger a Terra, Enobrecer a Humanidade: as
dimensões morais das mudanças climáticas e da humanidade sustentável”,
contou com a presença do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban
Ki-moon; a Rainha Silvia da Suécia; o Presidente do Conselho Pontifício
Justiça e Paz, Cardeal Peter Turkson; o Presidente italiano Sergio
Matarella; o Presidente do Equador, Rafael Correa Delgado; e outras
autoridades e especialistas no assunto.
Antes do início da sessão plenária, o Santo Padre passou pela Casina
Pio IV para saudar Ban Ki-moon, em uma audiência que durou cerca de meia
hora. Por volta de meio-dia (horário de Roma), ele também recebeu o
presidente Rafael Correa, no escritório da Sala Paulo VI, não muito
longe do local do Simpósio.
Ban Ki-moon se dirigiu aos presentes no auditório localizado na
Casina Pio IV, sede da Academia de Ciências, precisando que havia tido
uma frutuosa e longa conversa com o Papa Francisco. "Elogiei sua
Santidade, e todos os líderes religiosos e científicos aqui presentes
para aprofundar o conhecimento a respeito da necessidade urgente de
promover um desenvolvimento sustentável”. Ele destacou que "as
alterações climáticas estão intrinsecamente ligadas à saúde pública, à
segurança da água e dos alimentos, aos movimentos migratórios e à paz e
segurança”.
"A mudança climática global tem efeitos adversos sobre vários âmbitos
de nossa civilização e deve ser motivo de preocupação para todas as
religiões do mundo", alertou a Pontifícia Academia das Ciências, em um
comunicado. Em particular, porque "cada vez mais afecta as populações
pobres". Por isso “é necessário dar a devida importância a dimensão
moral”, reflectindo a encíclica papal sobre as alterações climáticas e o
desenvolvimento sustentável a partir de 2015. Com especial atenção à
ligação entre o meio ambiente e o respeito pelas pessoas, especialmente
os pobres, excluídos, vítimas do tráfico humano, da escravidão moderna,
as crianças e as gerações futuras.
O programa do seminário indica que pela manhã aconteceram ciclos de exposições, e à tarde, quatro painéis de discussão.
(28 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
in
São Luís Maria Grignon de Monfort
"Se fizermos qualquer coisa para não correr riscos por Deus nunca iremos fazer algo de grande por ele, assim nos ensinou este grande santo e escravo de Nossa Senhora
Horizonte, 28 de Abril de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
São Luís Maria Grignion nasceu no dia 31 de Janeiro de 1673
na cidade de Montfort na França. Era o filho mais velho de dezassete
filhos do casal João Batista Grignion de Bachelleraie e Joanna Visuelle
de Chesnais. Sua família era cristã e muito devota, encaminhando sempre
os filhos para o caminho de Deus. Luís teve irmãos religiosos e padres e
já com onze anos iniciou os estudos no colégio dos jesuítas em Rennes.
Lá recebeu uma sólida formação humana, espiritual e religiosa concluindo
os estudos em 1692.
Em 1693, segue para o seminário de S. Sulpício para os estudos
teológicos em vista da ordenação sacerdotal. Seu aproveitamento foi
notável e destacou-se no aprendizado e vivência das virtudes aprendidas e
em especial aprimorou e aprofundou a devoção à Nossa Senhora.
Ordenou-se sacerdote no dia 5 de Junho de 1700. Iniciou sua caminhada de
evangelização pregando aos pobres e veio a tornar-se capelão do
hospital de Poitiers. Mas no seu coração emergia o desejo de vida
missionária e para que isso fosse confirmado pela Igreja, viajou para
Roma em 1706 para conversar com o Papa Clemente XI. Após a conferência
com o Papa, este o envia sob o título de Missionário Apostólico.
Retornando para a França encontra grandes conflitos causados pelo
surgimento da heresia jansenista, a qual combateu fortemente. Durante
muitos anos pregou em missões por toda a França, em especial aos
humildes, levando-os a conversão e ao aprofundamento da vivência e
conhecimento da doutrina cristã com foco na devoção à Nossa Senhora da
qual veio a escrever diversos registos, dentre eles o belíssimo
“Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria”. Fundou a Congregação dos
Missionários Monfortinos, a Congregação das Filhas da Sabedoria e dos
Irmãos de S. Gabriel. O Bispo da cidade de La Rochelle o convidou a
fundar uma escola de formação que iniciou-se em 1715 e veio a ter mais de
400 alunos.
Em virtude do seu árduo trabalho e dedicação missionária, foi
acometido de diversas doenças que fragilizaram sua saúde física e veio a
falecer no dia 28 de Abril de 1716 com 43 anos. Foi beatificado em 1888
e canonizado, em Roma, em 1947 pelo Papa Pio XII. Seus textos foram
publicados em 1842 e são hoje uma grande referência para a piedade e
espiritualidade mariana.
(28 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Inquérito Estudo "O impacto do contexto de crise nas Organizações do Terceiro Sector"
O ano de 2008 marcou o início de uma profunda crise financeira para Portugal que afetou todos os sectores económicos do país e teve um efeito significativo no aumento da vulnerabilidade da população. Passado este período, muito se questiona sobre os reais impactos que esta situação trouxe na área social, nomeadamente na pobreza e exclusão social, assim como nas Organizações que trabalham diariamente com este fenómeno e com as pessoas que são alvo do mesmo.
É com estas preocupações que a Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal (EAPN Portugal) deu início o ano passado a um estudo, em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, sobre o impacto do contexto de crise nas Organizações do Terceiro Sector. Depois da realização de um conjunto de entrevistas a alguns atores privilegiados, iniciamos agora uma auscultação mais próxima (através de um questionário online) às entidades de terreno que são a nosso ver os atores que têm desempenhado uma função relevante no combate à pobreza e que têm muito a dizer sobre o impacto que a crise teve nas suas estruturas e, consequentemente, no trabalho que exercem.
Neste sentido, a EAPN Portugal vem solicitar a Vs. Exas. o preenchimento do questionário online até ao dia 30 de Abril. O questionário é anónimo e confidencial e as suas respostas serão utilizadas apenas para fins estatísticos.
Ajude-nos a aprofundar o conhecimento existente sobre o nosso sector.
Pode aceder ao questionário aqui: http://goo.gl/oQRfQH
O trabalho como oração
No próximo dia 12 de Maio, a Prelatura do Opus Dei terá já a faculdade concedida pela Santa Sé de celebrar a festa litúrgica do Beato Álvaro del Portillo, primeiro sucessor do Fundador, S. Josemaria Escrivá. Tal como noutros Processos de beatificação, primeiro a Igreja declara o cristão como Venerável.
Esta designação corresponde ao reconhecimento de que a pessoa em apreço vivera de forma heróica todas as virtudes naturais e sobrenaturais.
Um observador que procure ter uma visão objectiva do que foi a vida de D. Álvaro, decerto fica impressionado com a sua brilhante inteligência, a sua disponibilidade para atender todos os que o procuravam ver e ouvir, a sua fidelidade a S. Josemaria e à Igreja, o seu amor ao Papa, mas há um aspecto surpreendente para este sacerdote: o dia parece ter muito mais do que 24 horas.
Muito organizado e metódico, aproveita todos os segundos. Tendo aderido ao Opus Dei, que propõe o trabalho como meio de santificação próprio e para santificar os outros - apostolado -, não permitiu que fosse desaproveitada qualquer actividade com a recusa da falta de tempo.
Sendo Secretário Geral do Opus Dei e colaborador muito próximo de S. Josemaria, tinha muitas ocupações com a Obra e os seus membros, colaborou estreitamente em várias comissões durante o Concílio Vaticano II, onde o seu trabalho era muito apreciado pois conseguia estabelecer consensos e redigia rigorosamente as conclusões a que tinham chegado.
Nos primeiros anos de viver em Roma, encarregou-se de acompanhar os operários que construíram a sede central, coadjuvando S. Josemaria na angariação de meios materiais e financeiros que permitiram que a obra fosse levada a bom termo e os pagamentos realizados pontualmente.
O seu caráter reto, de uma probidade total, fez com que tanto bancos como credores confiassem na sua palavra.
D. Álvaro sabia que tudo o que fazia era para cumprir o encargo que Deus dera a S. Josemaria e essa certeza trazia-lhe uma grande paz que transparecia no sorriso sempre presente.
Empregou todos os meios humanos para resolver os muitos problemas que surgiram mas, sobretudo, confiava em Deus que completaria de forma eficaz os seus esforços.
Há vários depoimentos que afirmam que nunca se sentiu, em D. Álvaro, pressa. Atendia de forma muito cordial quem o procurava parecendo que nada mais tinha para fazer. Cumpria um princípio que S. Josemaria ensinava aos seus filhos: “faz o que deves e está no que fazes”. (Caminho, 815).
A sua grande cultura abrange conhecimentos técnicos como os que adquiriu em engenharia civil, conhecimentos humanistas de História, Filosofia, Teologia e línguas, com destaque para o Latim.
Muito surpreende toda esta actividade porque foi desenvolvida com uma saúde muito frágil que, por várias vezes, o obrigou a ficar de cama, coisa que só acontecia em último caso, pois a sua força de vontade impunha-se, chegando a ser imprudente, ao exigir tanto de si mesmo.
Após a morte de S. Josemaria, D. Álvaro foi eleito para lhe suceder. O seu sorriso e os seus olhos azuis que tinham a candura duma criança, acompanharam uma actividade interna, dedicada a toda a Obra e conquistaram o coração dos que tiveram o privilégio de o conhecer pessoalmente.
A sua personalidade surge com todo o vigor, dando continuidade a tudo o que fora lançado por S. Josemaria; nada alterou, manteve a sua posição de colaborador pois sempre afirmou que Monsenhor Escrivá tinha as graças fundacionais e que nada mais havia a acrescentar; dedicou-se a conseguir que fosse reconhecida a especificidade da Obra, para a qual não havia, no Direito Canónico, a forma jurídica adequada.
O seu trabalho durante o Concílio Vaticano II e depois junto da Cúria levaram a que S. João Paulo II reconhecesse a Obra como uma Prelatura Pessoal. Mais uma vez a sua persistência e trabalho renderam fruto.
A Igreja foi enriquecida com mais um caminho para a Santidade que, como sabemos, é para todos e não apenas para alguns escolhidos.
Margarida Raimond - Professora
Voz do povo, voz de Deus!
Gosto de provérbios e ditados populares, sempre os admirei, na sua infindável verdade não enganam, encerram uma profunda filosofia espontânea e duradoura, fruto e resultado da muita e dura aprendizagem humana, um saber de experiências feito e, por vezes, mais adequado e pertinente do que algumas elevadas e alienadas teorias eliticamente consideradas como expoente máximo da razão.
Enfim, é o meu ponto de vista ou a captação do real a partir do meu restrito lugar, consequência dos limites e limitações que me circundam e das quais não tenho capacidade para me soerguer.
“ Mãe há só uma!” todos o ouvimos, sabemos e afirmamos.
A mãe é aquele ser multifacetado, que ano após ano, todos os dias da sua vida, consegue desdobrar-se mais, chegar a tudo e a todos, numa infinita dádiva de que só ela é capaz. Sempre a trezentos por cento, em velocidade de TGV, ela decide vários assuntos ao mesmo tempo, atende os filhos, prepara refeições, olha pelo funcionamento das máquinas, vai ao telefone e ainda dá um jeito no cabelo antes de se sentar à mesa, para depois acabar por se levantar até à milésima vez.
Tudo isto, na melhor das hipóteses após um estafante dia laboral, com compras pelo meio e um engarrafamento sempre mais compacto até chegar, finalmente, ao doce lar, o seu castelo encantado, a menina dos seus olhos…
A mãe acumula, não tem horário definido, ou antes, está sempre de serviço com a luzinha verde acesa e a antena no ar a ver onde faz mais falta. Com mais ou menos saúde, mais ou menos problema, preocupações e aborrecimentos parece um sempre-em-pé. Ergue-se antes do despertador tocar, deita-se quando todos já vão no segundo sono, de manhã faz uma pequena magia no rosto, troca de echárpe e ninguém percebe que a noite foi passada mais ou menos em branco, ou muito curta, para ainda ter de dar aquela volta final aos dossiers, antes da matinal reunião de direcção.
Mesmo uma mãe doméstica ou dona de casa, expressão que se usa de forma envergonhada, como uma amiga minha, mãe de mais de uma dezena de filhos, substituiu por uma fórmula com muita dignidade e que me dá um gozo imenso ouvir: sou gestora do lar a tempo inteiro, assumo o cargo de ministro das finanças e das relações internas, para além da pasta da educação e cultura. Nada mau convenhamos, para o marido fica a Presidência - chega alheado do trabalho, não percebe nada da casa, sorri, ouve e acena cordatamente que sim, afaga a cabeça das crianças, só não corta fitas…
Todavia, estes cargos não se excluem mas completam-se e ambos bem desempenhados não deixam o lar ir à banca rota, cada um no seu posto, tudo flui como deve ser, na certeza de que quem dá o pão tem o dever de dar também a educação.
Mal está quando assim não é, quando a mãe é um ser ausente, demitido e não cumpre a sua função de farol que, ao mais pequeno vestígio de nevoeiro, acende a luz ou emite sinais sonoros com regras de alerta e de cumprimento obrigatório. Perdidos na bruma ninguém percebe o caminho a seguir, uns perdem-se, outros extraviam-se, outros encalham, outros afundam-se. E de quem é a culpa? Do homem do leme, ou antes, da mãe.
Tempestades, borrascas, ondas gigantes e tubarões fazem parte do cenário, mas tudo tem de estar previsto num alerta constante, na sua carta de timoneira-mor da família.
É um facto, não sei se lamentável, que aprecio esses super-poderes e grandes desafios na maré-alta e maré-baixa, pois acredito que o ocaso se vai tornar mais bonito, que o arco-íris volta a brilhar no céu, só não podemos deixar de contemplar o horizonte, perder a esperança ou baixar os braços.
Quando assim não é, quando as mães julgam que é ir de moda o deixar andar, não advertir, não impor, não dirigir a família para não castrar nem traumatizar, já sabemos o que acontece na sociedade que, por ironia, é a primeira a apelidar esses seres mal burilados de filhos da mãe…
Se as mães se compenetrassem bem do maravilhoso e abrangente papel que têm , se se lançassem na tarefa de o cumprir e fazer cumprir, se não se abstivessem das suas obrigações, privilégios e funções, tenho a certeza de que o mundo mudava, até porque, uma mãe zangada é pior do que o Deus me livre…
Mães coragem! O mundo é nosso e garanto-vos que não ficam no desemprego, há muito para fazer e colaborar…
Talvez a sociedade tenha de corrigir a forma deformada como vê o papel da mulher em casa, no emprego e na sociedade. O respeito e os afectos partilham-se, não se impõem nem se minimizam.
Confesso que esta velha quadra enviada por um amigo “sui generis”, teve um efeito deslumbrante em mim, recordou-me como em muitas outras épocas este amor era supremo, quase divino, sem preço material e para toda a eternidade.
Porque não, voltarmos a almejar que todos os homens, pais e filhos, o sintam no coração e o repitam geração após geração?
É que quem semeia ventos, colhe tempestades e quem dá amor, amor receberá, pois cá se fazem e cá se pagam.
Maria Susana Mexia
Maria
Há mais de dois mil anos atrás, uma mulher, de nome Maria, concebeu e deu à luz Jesus Cristo, o Filho de Deus. Graças a ela, todos nós existimos na fé cristã e a ela devemos também a existência de Cristo. Uma gravidez que mudou o rumo da História, da Fé e do Mundo. Um acreditar inequívoco, uma graça plena e divina que quebrou barreiras, desafiou regras e inundou a Humanidade de um amor eterno, infinito e misericordioso. A ela lhe foi dada a mais bendita e difícil missão, a de ser Mãe de Jesus Cristo, aquele que foi o mais humilde dos homens e o mais poderoso dos reis. Ela que nunca duvidou da confiança que em si foi depositada, que amou o seu Filho acima de todas as coisas e que consentiu a sua partida como um bem maior. Em cada ínfimo gesto, incorpora uma lição de dedicação, amor e fé. A sua vida é um exemplo para todos nós, meros cristãos pecadores, de que devemos amar mais, crer mais e dedicarmo-nos mais aos outros. Porque também ela viveu por nós e para nós.
Aquela que era uma simples mulher, comum ao seu tempo, transformou-se na mais adorada Senhora. Coroada Santa e Rainha. Devota fiel e amante fecunda, procriou a fé verdadeira sem negar o seu sim, construindo o seu caminho e imortalizando a sua grandeza no exemplo deixado na Terra.
Por isso, Maria é o exemplo de pessoa que devemos preservar na nossa memória e seguir no nosso viver contínuo e duradouro da fé cristã.
Ana Esteves
La señora Kong Zhenlan ha acogido decenas de huérfanos abandonados en su casa: «Son pequeños Jesús»
El gobierno comunista no la ayuda sino que la regaña
La señora Kong Zhenlan lleva 40 año acogiendo tantos huérfanos como puede, viendo en ellos el rostro de Cristo |
Actualizado 29 abril 2015
Durante 42 años, Kong Zhenlan, una mujer católica de
la provincia china de Shanxi, ha acogido y ha criado a docenas de
huérfanos minusválidos y a otros niños abandonados. Los ha educado junto
a sus propios hijos.
Anthony Fan Changliang, un hijo de la señora Kong, se hizo sacerdote católico, explica, educado en este ambiente de generosidad y acogida.
El padre Fan cuenta que su pueblo, Jiuji, en el distrito de Qi, es mayoritariamente católico, y que desde siempre el pueblo vivió una fuerte tradición de acogida y ayuda a huérfanos, algo que antes de la revolución comunista de 1949 hacía la parroquia de forma cotidiana.
La persecución comunista bloqueó durante dos décadas el trabajo caritativo de los católicos... en teoría, el Estado era suficiente para proveer por cada ciudadano. En la práctica, los niños seguían siendo abandonados y desatendidos en la China del hijo único obligatorio.
Una infancia precaria... pero con amor
El Padre Fan explica que su madre empezó a adoptar huérfanos minusválidos en 1977. En los años 70 aumentó en la zona el número de niños abandonados pero no había orfanatos.
El sacerdote recuerda que, cuando era joven, la falta de curaciones médicas y la salud débil de los niños hacía que murieran muchos bebés. Lo vivían en casa con tristeza... y su familia sostenía unas cargas económicas imposibles para salvar tantos bebés como pudieran.
En esa época el joven Fan llegó a desesperar e incluso a perder la fe, pero su madre le repetía: “Amar a los pobres es amar a Jesús. Cada uno de estos niños es un hermanito más pequeño, un pequeño Jesús. Cuando nosotros nos ocupamos de nuestros hermanos, nosotros nos estamos ocupando de Jesús”.
Anthony Fan Changliang, un hijo de la señora Kong, se hizo sacerdote católico, explica, educado en este ambiente de generosidad y acogida.
El padre Fan cuenta que su pueblo, Jiuji, en el distrito de Qi, es mayoritariamente católico, y que desde siempre el pueblo vivió una fuerte tradición de acogida y ayuda a huérfanos, algo que antes de la revolución comunista de 1949 hacía la parroquia de forma cotidiana.
La persecución comunista bloqueó durante dos décadas el trabajo caritativo de los católicos... en teoría, el Estado era suficiente para proveer por cada ciudadano. En la práctica, los niños seguían siendo abandonados y desatendidos en la China del hijo único obligatorio.
Una infancia precaria... pero con amor
El Padre Fan explica que su madre empezó a adoptar huérfanos minusválidos en 1977. En los años 70 aumentó en la zona el número de niños abandonados pero no había orfanatos.
El sacerdote recuerda que, cuando era joven, la falta de curaciones médicas y la salud débil de los niños hacía que murieran muchos bebés. Lo vivían en casa con tristeza... y su familia sostenía unas cargas económicas imposibles para salvar tantos bebés como pudieran.
En esa época el joven Fan llegó a desesperar e incluso a perder la fe, pero su madre le repetía: “Amar a los pobres es amar a Jesús. Cada uno de estos niños es un hermanito más pequeño, un pequeño Jesús. Cuando nosotros nos ocupamos de nuestros hermanos, nosotros nos estamos ocupando de Jesús”.
Hoy que es sacerdote admite que sólo al acabar su noviciado entendió estas palabras de su madre.
Cuando se le pregunta cuántos hermanos y hermanas biológicos tiene y cuántos adoptados, responde: “Nosotros somos todos hermanos, no hay diferencia”.
“Es una bendición”, dice, el hecho que su madre sea capaz de amar a estos niños “con un amor que viene de la fe, en un modo que le da también placer”.
Los que ya crecieron hoy ayudan
La señora Kong y su marido empezaron su obra de caridad cuando tenían 24 años. Ahora ambos tienen 66 años, 11 de sus hijos adoptados que crecieron ayudan hoy en la obra de caridad de la madre.
“Nosotros le debemos mucho. Sin ella no habríamos podido crecer y no hubiésemos haber vivido una vida bella”, dice uno de ellos.
La señora Kong tiene actualmente a su cargo a 18 niños: neonatos, niños del jardín de infantes y algunos estudiantes de las escuelas profesionales.
Cuando se le pregunta cuántos hermanos y hermanas biológicos tiene y cuántos adoptados, responde: “Nosotros somos todos hermanos, no hay diferencia”.
“Es una bendición”, dice, el hecho que su madre sea capaz de amar a estos niños “con un amor que viene de la fe, en un modo que le da también placer”.
Los que ya crecieron hoy ayudan
La señora Kong y su marido empezaron su obra de caridad cuando tenían 24 años. Ahora ambos tienen 66 años, 11 de sus hijos adoptados que crecieron ayudan hoy en la obra de caridad de la madre.
“Nosotros le debemos mucho. Sin ella no habríamos podido crecer y no hubiésemos haber vivido una vida bella”, dice uno de ellos.
La señora Kong tiene actualmente a su cargo a 18 niños: neonatos, niños del jardín de infantes y algunos estudiantes de las escuelas profesionales.
Además de darles comida, hospitalidad y ropas, la mujer se ocupa también del crecimiento en la fe, en la salud y en la capacidad de comunicar con los otros.
Siendo ahora anciana, jorobada y debilitada, oficialmente no le está permitido adoptar más de 3 niños. No obstante esto, la mujer rechazó los muchos pedidos hechos por el gobierno local de enviar a sus niños al orfanato estatal.
Como su actividad es en la práctica ilegal, Kong no puede recibir subsidios económicos del gobierno. Para sustentar a su gran familia, la mujer ofrece tratamientos de acupuntura, mientras que el marido trabaja en un hostal. Reciben donaciones de la población local, conmovida por su gran amor por los niños abandonados.
Chine, les enfants perdus de la pollution (trailer) from Daniel Bastard on Vimeo [vídeo de 2011 sobre la señora Kong]
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