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terça-feira, 6 de maio de 2014

O Papa aos guarda suíços: a pessoa, não o uniforme, leva gentileza, hospitalidade e caridade

O Santo Padre recebe os guarda suíços e seus familiares no dia anterior ao juramento


Roma, 05 de Maio de 2014 (Zenit.org)


"Vocês estão chamados a dar um testemunho cristão, sereno e alegre aos que chegam ao Vaticano para visitar a Basílica e para encontrar o Papa. Vivam intensamente os seus dias! Sejam fortes na fé e generosos na caridade com as pessoas que vocês encontram". Com estas palavras, o Santo Padre exortou o Corpo da Guarda Suíça Pontifícia, que recebeu nesta manhã, acompanhados pelos seus familiares. O encontro foi realizado por ocasião do juramento dos recrutas que acontecerá amanhã, 6 de Maio.

Uma data, disse o Santo Padre, “que permanecerá marcada na mente de vocês e permitir-lhes-á, ao longo da vida, reviver com alegria um momento significativo da permanência de vocês no Corpo da Guarda Suíça”.

Francisco recordou que no dia 6 de maio se “comemora o Saque de Roma e o ato heróico dos seus antecessores que, em 1527, ofereceram a própria vida pela defesa da Igreja e do Papa”. Ao que acrescentou que “sua dedicação é a confirmação de que a sua coragem e a sua fidelidade trouxeram frutos”.

Da mesma forma, o Papa observou que "o contexto social e eclesial mudou muito desde então: a sociedade é diferente cem relação àqueles tempos. Mas o coração do homem, a sua capacidade de ser fiel e valente – acriter et fideliter, diz o lema de vocês -  permanece a esmo".

Portanto, o serviço da Guarda Suíça é "um autêntico testemunho, porque expressa concretamente o desejo de dedicar-se a uma tarefa importante e difícil”, afirmou. Desta forma Francisco agradeceu as famílias e comunidade dos recrutas, que lhes ajudaram nessa decisão.

O Papa indicou que prestar este serviço significa "viver uma experiência que parece encontrar-se o tempo e o espaço de uma forma especial: Roma é rica em muitos monumentos e locais históricos e artísticos que mostram a grandeza de sua cultura e história". E assim, continuou destacando que esta cidade não é somente um grande museu, “mas encruzilhadas de turistas e peregrinos provenientes de todo o mundo: pessoas de diferentes línguas, tradições, religiões e culturas chegam aqui com motivações diferentes”. E “neste movimento de história e de histórias pessoais está também cada um de vocês”, disse-lhes o Santo Padre.

O uniforme da Guarda Suíça, lembrou Francisco, cumpre 100 anos este ano. "As suas cores e a sua forma são conhecidas em todo o mundo: recordam dedicação, seriedade, segurança. Identificam um serviço particular e um passado glorioso”, afirmou o Bispo de Roma.

Além do mais, o Papa observou que por trás de cada uniforme existe uma pessoa concreta: com uma família e uma terra de origem, com uma personalidade e uma sensibilidade, com desejos e planos de vida. "Mas lembrem-se que não é o uniforme, mas aquele que o veste, que deve chegar aos outros pela gentileza, pelo espírito de acolhida, pela atitude de caridade para com os outros”, pediu o Santo Padre.

Além disso, Francisco pediu que levem isso em conta também nas relações entre eles, dando importância “à vossa vida comunitária, ao compartilhar os momentos alegres e os mais difíceis, não ignorando aqueles que estejam em dificuldade e às vezes precisa de um sorriso e de um gesto de encorajamento e de amizade; evitando uma distância negativa que lhes separe dos seus companheiros e que, na vida de todas as pessoas do mundo, pode gerar desprezo, marginalização ou racismo”.

Por fim, o Papa agradeceu-lhes, porque todos os dias pode experimentar de perto sua dedicação e trabalho. “Sejam fieis ao que amadureceram no coração e tenham a certeza de que o Senhor está sempre do seu lado e sustenta seu caminho, especialmente quando o caminhar se faz cansado e incerto. Ele não nos abandona nunca".

(Trad.TS)

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