D. António Vitalino associa-se à celebração da 51ª Semana de Vocações
Beja, 06 Mai 2014 (Ecclesia) – O bispo de Beja convidou à
superação do “individualismo egoísta”, na Igreja e na sociedade, para
que todos possam assumir uma vocação de serviço e atrair para esse projecto as novas gerações.
“A vida como vocação implica sempre um sair de si mesmo e centrar-se
no outro e nos outros, numa atitude de admiração e de responsabilidade
pelo bem deles, seja no exercício das diversas profissões, seja na vida
conjugal, familiar, social, politica e no lazer. Isso é ainda mais
necessário na vida eclesial, na construção de comunidades centradas em
Deus, realização plena da pessoa humana”, refere D. António Vitalino, na
sua nota semanal, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
O prelado destaca, nesse sentido, a necessidade de envolver a família
e os sistemas educativos no “discernimento dessa vocação” e não apenas
para a “realização profissional”.
A mensagem apresenta a existência humana como uma “vocação para a responsabilidade” na construção de relações interpessoais.
“Esta maneira de ver a vida e o mundo implica também uma visão da
realização da pessoa humana como uma vocação e uma atitude de
responsabilidade concertada com tudo e todos os seres que nos rodeiam”,
precisa.
A Igreja Católica em Portugal assinala até domingo a Semana das Vocações, este ano sob o tema ‘Vocações – Testemunho de Verdade’.
“A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor
aos outros, que se faz serviço recíproco no contexto duma vida eclesial
autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si”, escreve D.
António Vitalino.
O bispo de Beja elogia, a este respeito, o percurso de vida do padre
Olavo Dijkstra, em Ervidel há 43 anos, e a “humildade” do seu confrade
carmelita, com 89 anos, “sempre lutando com esperança pelas causas
nobres da educação e da promoção dos pobres”.
Na mensagem para o 51.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que se
celebra este ano a 11 de Maio, o Papa Francisco defende a necessidade de
“ir contra a corrente” e destaca que a vivência de uma vocação pode
significar, por vezes, “encontrar também obstáculos, fora e dentro” de
cada um.
“Todas estas dificuldades poder-nos-iam desanimar, fazendo-nos optar
por caminhos aparentemente mais confortáveis, mas a verdadeira alegria
dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com
Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus,
abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes”, escreve.
OC
in
Sem comentários:
Enviar um comentário