Dom Dominique Mamberti apresenta o novo livro do cardeal Bertone sobre a diplomacia pontifícia no mundo
Roma, 13 de Novembro de 2013
"A diplomacia pontifícia no mundo globalizado" contém muitos
dos pronunciamentos do cardeal Tarcisio Bertone como secretário de
Estado do Vaticano, bem como textos anteriores que remontam à sua
experiência como docente.
Foi assim que dom Dominique Mamberti, secretário para as Relações
com os Estados, resumiu o novo livro do cardeal Bertone, apresentado na
tarde de ontem na Sala do Sínodo.
"É uma recompilação orgânica, cuidadosamente editada pelo prof.
Vincenzo Buonomo, que aborda algumas das questões-chave da actividade
diplomática da Santa Sé, mas também incide sobre as características
daqueles que são os protagonistas dessa actividade, desde o papa até os
representantes pontifícios".
Alguns destaques do livro constituem o fio condutor da actividade
diplomática da Santa Sé. "Um deles é a construção da paz", destaca
Mamberti, continuando: “Um dos objectivos da diplomacia papal é
precisamente o de construir pontes entre todos os homens, para que cada
um possa encontrar no outro não um inimigo, não um concorrente, mas um
irmão para acolher e abraçar".
Bertone recorda o magistério dos papas a partir de Pio XII,
destacando "os ensinamentos dos papas depois de 1945, especialmente no
que se refere ao Evangelho da paz e a uma ‘metafísica da paz’ construída
sobre os princípios da ordem moral, que é a luz que tem norteado as
acções e intervenções das comunidades eclesiais".
Bertone observa que não há contradição entre a libertas Ecclesiae
e a liberdade religiosa, argumentando que, através desta leitura do
Magistério, fica claro que a acção diplomática da Santa Sé é sempre
orientada a um bem positivo.
"Não é um olhar negativo para o homem e para a realidade", diz
Mamberti, porque " incute confiança, é animado pela esperança cristã" e
"não é simples optimismo", ou seja, "aquela atitude humana que depende de
tantas coisas".
Daí a necessidade, disse Mamberti, citando Bento XVI, de "lugares de
confiança", porque "a vida humana se torna impossível quando não se
pode depositar confiança no outro ou nos outros, quando não podemos nos
apoiar na sua experiência, no seu conhecimento".
O Secretário para as Relações com os Estados concluiu que "uma das
capacidades da acção diplomática da Santa Sé é justamente a de ter esse
olhar católico, ou seja, universal, próprio da Igreja, para o qual o património de cada povo é uma riqueza para toda a humanidade".
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