O Conselho Pontifício para a Família declara que não há
fundamento algum nas notícias espalhadas por alguns meios de comunicação
a respeito da suposta preparação de um documento sobre a comunhão para
divorciados que voltaram a se casar.
Prossegue o crescimento da Igreja Greco-Católica Ucraniana
Roma,
26 de Abril de 2013
O arcebispo maior Sviatoslav Shevchuk, chefe da Igreja
Greco-Católica Ucraniana, encontrou-se no sábado passado, 20 de Abril,
com o patriarca ecuménico Bartolomeu I al Fanar, em Istambul. A reunião,
muito importante do ponto de vista ecuménico e histórico, também contou
com a presença do bispo Boris Gudziak, presidente do Departamento de
Relações Internacionais da Igreja Greco-Católica Ucraniana.
De acordo com o Serviço de Informações Religiosas da Ucrânia
(RISU), a viagem do chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana aconteceu
no contexto das comemorações dos 1025 anos do Baptismo da Rússia, em
Kiev, e foi realizada, conforme declarou o arcebispo, "por nossa própria
iniciativa".
Shevchuk assegurou ao patriarca ecuménico a vontade de desenvolver as
relações com a Igreja de Constantinopla. Em particular, falou das
perspectivas de renovação do Grupo de Estudos de Kiev, que inclui
teólogos e estudiosos das igrejas ortodoxas dos Estados Unidos e do
Canadá.
Entre 1992 e 1995, o Grupo de Estudos de Kiev se reuniu sete vezes em
diferentes lugares: Oxford, Stamford, Ottawa, Halki-Istambul (Turquia),
Roma e Chevetogne (Bélgica). Os membros do grupo exploraram a
possibilidade de uma reunião em Kiev para a continuação do diálogo,
concentrando-se na teologia e, particularmente, na eclesiologia, fazendo
assim grandes avanços.
No passado, o grupo foi apresentado ao papa João Paulo II e recebeu a
bênção do patriarca Bartolomeu de Constantinopla e do cardeal Myroslav
Ivan Lubachivsky. Os estudiosos de Kiev reconhecem e respeitam a Igreja
Greco-Católica Ucraniana e admitiram a perseguição dos ortodoxos
ucranianos e das igrejas greco-católicas.
Em termos numéricos, a Igreja Greco-Católica Ucraniana é a maior das
igrejas católicas orientais, com mais de 5 milhões de fiéis espalhados
pela Ucrânia, Polónia, Europa Ocidental, Canadá, EUA, Argentina, Brasil,
Austrália e muitos outros países. A Igreja tem o status de arcebispado e
se estrutura em quatro áreas metropolitanas, uma arquieparquia
(arquidiocese de Lviv), dezoito eparquias (ou dioceses), três exarcados
apostólicos e dois exarcados arquiepiscopais.
Há também mensagens de dom Crociata, secretário geral da CEI, e do
cardeal Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos
Roma,
26 de Abril de 2013
"O papa Francisco recebeu com alegria a notícia de que neste
ano acontecerá novamente, em Rimini, a Convocação da Renovação
Carismática", diz a mensagem assinada pelo cardeal Tarcisio Bertone,
secretário de Estado do Vaticano, dirigida ao presidente da Renovação
Carismática na Itália, Salvatore Martinez.
Agradecendo pelo convite que não foi possível aceitar, o Santo
Padre destaca "um momento particularmente importante da Convocação", a
"Festa da Misericórdia", e garante que "está unido espiritualmente à
celebração da misericórdia de Deus, que o Senhor ressuscitado derramará
em seus corações com abundância, dando-lhes o seu Espírito para a
remissão dos pecados, e, ao mesmo tempo, a sua paz (cf. Jo 20,19-23)".
Os milhares de participantes da Convocação da RC receberam ainda uma
mensagem do secretário da Conferência Episcopal Italiana (CEI), dom
Mariano Crociata, que descreveu o encontro como "uma iniciativa que
evidencia a importância da Palavra que brota e que se torna experiência
concreta de Deus na própria vida".
Crociata afirma apreciar em especial o Plano Nacional para a Nova
Evangelização, que ele menciona dizendo que "a história da Igreja e das
muitas vozes que a compõem nos mostra que não há areópagos em que o
Evangelho não possa ser proclamado e testemunhado, a fim de se tornar
princípio de uma nova partilha. É claro que este fermento, próprio da
identidade da Renovação Carismática, dará frutos de bem e de
discernimento", disse ele, assegurando a oração também do cardeal Angelo
Bagnasco, presidente da CEI.
Chegaram a Rimini, ainda, as saudações do cardeal Stanislaw Rylko,
presidente do Pontifício Conselho para os Leigos: "Que a nova convocação
seja (...) uma ocasião de renovado encontro com Cristo, escuta da Sua
Palavra e compromisso para vivê-la nas condições quotidianas da vida,
para realizar, em primeiro lugar, a nova evangelização que é tão
necessária para o homem de hoje".
Salvatore Martinez e Guido Maria Pietrogrande abrem a 36ª Convocação da Renovação Carismática em Rimini
Roma,
26 de Abril de 2013
Na missa com os Voluntários do Serviço, o presidente da
Renovação Carismática (RC) na Itália, Salvatore Martinez, disse que os
cristãos não podem ser credíveis "se não mostrarem a alegria da palavra"
de Jesus. "O papa Francisco é a expressão dessa alegria", afirmou ainda
Martinez, nesta última quarta-feira, 24 de abril, em Rimini, na capela
adjacente ao salão principal em que se realiza a 36ª Convocação Nacional
do movimento.
De acordo com Martinez, "as dores, as amarguras, as dificuldades
não poderão nos fazer cair no pessimismo se tivermos no coração a Pessoa
de Jesus". "Quando duas pessoas se encontram e desejam a serenidade,
elas se dão a palavra" e "Deus fez isso connosco do modo mais inédito,
dando-nos a sua Palavra. Esta Palavra é Jesus". Cabe a nós acolhê-la,
porque, para os cristãos, "a Palavra é uma Pessoa".
A respeito da Convocação Nacional, o presidente da RC pediu que os
voluntários transmitam e tornem visível a alegria de Jesus, porque "o
serviço é um privilégio" e "Jesus nos chama e nos recebe para que
possamos acolher".
Depois de convidar os presentes a pedir em oração a fortaleza e protecção do Espírito, Martinez declarou que "Jesus irradia a sua luz", a
qual nós, "como se fôssemos lâmpadas de um lustre que deve iluminar
toda a sala", somos chamados a transmitir.
"Devemos reflectir a luz viva, a electricidade do Espírito Santo", para
que a Convocação da RC ilumine ao redor e "tudo seja para a glória de
Deus".
Durante a homilia, o pe. Guido Maria Pietrogrande, conselheiro
espiritual do movimento, se dirigiu aos voluntários dizendo: "Você estão
chamados para o serviço, o que significa ser escolhidos pelo Espírito
Santo mesmo".
"Respondendo a este chamado, vocês contribuem com o projecto de
santidade da Igreja, e, neste caminho de santidade, lembrem-se de que
Deus nunca pede nada sem dar algo ainda maior em troca. Se Deus é luz e
amor, todo discernimento espiritual deve estar ligado a essa luz",
concluiu Pietrogrande.
O anúncio é do pe. Federico Lombardi: "Única outra viagem provável de
Bergoglio será dentro da Itália, para Assis". Em paralelo, nos primeiros
dias de maio, Bento XVI voltará ao Vaticano
Cidade do Vaticano,
26 de Abril de 2013
Exceptuando a vinda ao Brasil, não haverá outras viagens do
papa Francisco ao exterior em 2013. O anúncio foi feito nesta
quarta-feira, 24 Abril, pelo porta-voz do Vaticano, pe. Federico
Lombardi, em encontro na sede da Imprensa Estrangeira em Roma.
"Não esperem mais viagens ao exterior este ano", disse Lombardi,
especificando que o Rio de Janeiro será o único destino internacional do
Santo Padre em 2013, por ocasião da 28ª Jornada Mundial da Juventude.
Embora ainda não confirmada, a única outra possível viagem papal será
dentro da Itália, para Assis.
Conforme a Rádio Vaticano, o responsável pelas viagens internacionais
do papa, Alberto Gasbarri, visitou há poucos dias o Rio de Janeiro para
definir os detalhes da visita de Francisco. "O programa seguirá a
sensibilidade do pontífice", disse ele. A presença do Santo Padre
permanece confirmada nos eventos já estabelecidos: a cerimónia de
boas-vindas, a Via Sacra, a Vigília e a Missa de encerramento da Jornada
Mundial da Juventude, no domingo 28 de Julho, no Campus Fidei, em
Guaratiba.
Lombardi também informou aos jornalistas que é provável a publicação
da primeira encíclica do papa Francisco ainda este ano. O director da
Sala de Imprensa da Santa Sé notou, a este respeito, que Bento XVI já
tinha preparado o material sobre o tema da fé.
Quanto ao papa emérito, o porta-voz afirmou que Bento XVI, que actualmente está residindo no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo,
deverá transferir-se para o mosteiro vaticano Mater Ecclesiae entre o
final de Abril e o começo de maio, conforme previsto.
O papa Bergoglio, por sua vez, continuará a residir na Domus Sanctae
Marthae, onde, ressaltou Lombardi, "ele está muito bem. O papa não
parece querer mudar de alojamento, embora isto não seja uma decisão
definitiva".
Homilia na Casa Santa Marta: papa Francisco nos convida ao cuidado diante das filosofias que vêem na fé uma forma de alienação
Cidade do Vaticano,
26 de Abril de 2013
"Não se perturbe o vosso coração". Com estas palavras do
Evangelho do dia (Jo 14,1), o papa Francisco articulou a sua homilia da
missa matutina na capela da Casa Santa Marta. O Santo Padre celebrou na
presença de funcionários da Tipografia Vaticana, da Gendarmaria e do
Escritório de Trabalho da Sé Apostólica (USLA, na sigla em italiano).
Jesus pronuncia as suas palavras de esperança "do fundo do
coração", disse o papa. O Ressuscitado percebe "que os seus discípulos
estão tristes" e se dirige a eles "como um amigo", mas, ao mesmo tempo,
"com a atitude de um pastor" para com as ovelhas.
"Eu vou preparar-vos um lugar. Na casa do meu Pai há muitas moradas"
(Jo 14,2): esta outra frase de Jesus não significa "alugar um quarto lá
em cima", e sim "preparar a nossa oportunidade de desfrutar [...], de
ver, sentir, entender a beleza do que nos espera, daquela pátria para
onde caminhamos".
Toda a vida cristã "é uma obra de Jesus, do Espírito Santo, para nos
preparar um lugar, preparar os nossos olhos para ver". E embora muitos
possam achar que vêem claramente, observou o papa, eles ignoram que
“sofrem de catarata”, simbolicamente falando, e que têm necessidade de
operação.
"Os olhos da nossa alma precisam ser preparados para olhar para o
rosto maravilhoso de Jesus", acrescentou Francisco, e nossos ouvidos
para "ser capazes de ouvir as coisas belas, as palavras belas".
É principalmente o coração, porém, o que temos que preparar para
"amar mais": o Senhor nos prepara "com as provas, com as consolações,
com as tribulações, com as coisas boas".
Toda a vida é, em última análise, "um processo de preparação" para a
chegada na pátria celeste, embora existam casos em que a conversão é
fulminante, como a do bom ladrão na cruz.
Sem mencionar explicitamente o marxismo, Francisco se referiu a
seguir a todas as filosofias que identificam a religião com "alienação".
Jesus, no entanto, transmite uma mensagem exactamente oposta e nos diz:
"Tenham fé também em mim. Isto que eu lhes digo é a verdade: eu não
engano".
Preparar-se para o céu significa "começar a avistá-lo de longe",
empreendendo um "caminho da beleza" que nos leva a "voltar para casa":
isto não é "alienação", mas a "verdade"; é permitir que "Jesus prepare
os nossos corações e os nossos olhos para aquela beleza tão grande".
O papa Francisco terminou a homilia com uma oração para que o Senhor
nos conceda uma "forte esperança" e nos prepare "a morada definitiva, em
nosso coração, nos nossos olhos e nos nossos ouvidos".
No seu penúltimo tweet, Papa Francisco pede para manter viva a prática sacramental
Roma,
26 de Abril de 2013
No dia da festa de São Marcos Evangelista, celebrada ontem,
25 de Abril, Papa Francisco publicou uma nova mensagem de Twitter:
“Neste momento de crise é importante não fechar-se em si mesmos, mas
abrir-se, prestar atenção no outro”.
No dia anterior, outro tweet do Santo Padre trouxe as seguintes
palavras: "Mantemos viva a nossa fé com a oração, com os Sacramentos;
estamos atentos para não esquecermos de Deus".
Cardeal Bergoglio no olhar do bispo auxiliar de Buenos Aires Eduardo Horacio García
Roma,
"Era um desejo, mas não achava que Bergoglio seria eleito
pontífice. Pensava: João Paulo II foi papa por 26 anos, Bento XVI foi
eleito quando tinha 78 anos, agora elegerão um papa com uma idade média
entre os dois".
"Quando vi Jorge Mario Bergoglio saindo pelo Balcão central da
basílica de São Pedro pensei que estava sonhando. Falei para mim mesmo:
dormi e vejo coisas irreais”. Depois caiu a ficha de que era verdade e
então as lágrimas começaram a cair, e pensei: O que fizeram contigo,
querido amigo!”
"Não passaram dez minutos quando os jornalistas estavam na porta
porque queriam saber. Sequei minhas lágrimas e fui comemorar no meio das
pessoas".
Assim, Monsenhor Eduardo Horacio Garcia disse aos jornalistas
presentes na XXXVI Assembleia Nacional dos grupos e comunidades da
Renovação Carismática Católica reunidos em Rimini, contando como foram
os seus primeiros momentos da eleição do Papa Francisco.
Monsenhor Garcia é bispo auxiliar e pro-vigário geral da Arquidiocese
de Buenos Aires, conhece Bergoglio há 20 anos, e nos últimos dez anos
trabalharam lado a lado.
Antes de partir para Roma, Bergoglio pediu para ele procurar uma
residência de sacerdotes anciãos, já que tinha completado a sua tarefa
como arcebispo de Buenos Aires.
Entrevistado por ZENIT mons. Garcia explicou que também na Argentina
dá para ver os frutos da eleição do Papa Francisco, com um número
impressionante de pessoas que enchem as igrejas, pessoas que, depois de
muitos anos, se aproximam da confissão, vão confessar-se, mas as pessoas
não estão tão impressionadas como na Europa pelo estilo de vida do Papa
Francisco, porque é exactamente a maneira de comportar-se do arcebispo
de Buenos Aires.
Na capital Argentina é bastante comum encontrar bispos, sacerdotes,
religiosos, andando de ónibus ou metro, fazendo compras nos
supermercados.
A maior qualidade do Papa Francisco é a humildade, com tantos anos
como arcebispo de Buenos Aires nunca celebrou uma quinta-feira santa na
diocese. Sempre foi lavar os pés, abençoar, confessar nos hospitais,
prisões, asilos, hospícios.
"O papa Francisco é um homem e não um faraó – explicou monsenhor
García – um homem de Deus, um homem simples que conhece a realidade da
vida, que viveu e compartilhou a humanidade das pessoas, um papa que
cumprimenta, bom dia, boa noite, que deseja um bom apetite, não só
porque é educado, mas porque é um missionário que pratica o seu
ministério de estar próximo das pessoas".
"Em Roma, todos estão impressionados com o seu modo de actuar, mas
Bergoglio não mudará o seu modo de fazer, ele testemunha a boa nova, o
papa não é um faraó que vive na pirâmide, é um homem fiel ao seu modo de
viver. Ele é assim. E continuará a comportar-se como ele é”.
Com relação a como governará a Igreja universal, monsenhor Garcia
disse que "esperemos e veremos”. No que diz respeito ao governo da
diocese de Buenos Aires, monsenhor García disse que tudo começou em
2004, quando, depois de ter desenvolvido a missão pós-jubileu, todos se
perguntavam: e agora, o que faremos?"
Alguns sugeriram fazer um Sínodo, um congresso nacional. Bergoglio
porém propôs um caminho escutando ao povo. E lançou uma missão
permanente que continuará levando os sacerdotes às ruas, fora das
igrejas. Convidou para sair e entrar em contacto com as pessoas. Dizia
que “para fazer da cidade um grande santuário, é preciso estar nas
ruas”. Procurar os últimos, cuidar dos que sofrem, acompanhar os pobres e
os fracos, aproximar-se para confessar os pecadores, converter os
corações. Esta é a sua ideia de Igreja.
Assim como propôs em 2007 no encontro do Episcopado Latino-americano
(CELAM) realizado em Aparecida. Nessa ocasião, o Cardeal Bergoglio foi o
relator-geral propôs exactamente o que ele estava fazendo na
Arquidiocese de Buenos Aires.
Em relação a como o papa Francisco reformará a Cúria Romana,
monsenhor García, disse que não sabia, e também lembrou ter lido um
artigo de 1931 no qual já se pedia uma reforma radical da Cúria.
Ter sido eleito papa, mudou o cardeal Bergoglio? A esta pergunta,
monsenhor García disse que a única mudança evidente é que quando estava
em Buenos Aires não ria muito, de facto, mantinha uma atitude séria e
determinada, especialmente com seus colaboradores, mas agora, desde que
se tornou papa sua felicidade é mais evidente em mais ocasiões, sua
alegria e gozo.
Entrevista com o cardeal Vinko Pulljic, Arcebispo de Sarajevo
Roma,
Entre os palestrantes do 36° Congresso Nacional da Renovação
no Espírito (Rns) que está acontecendo em Rimini, está presente também o
Cardeal Vinko Puljic, Arcebispo de Sarajevo.
Décimo segundo de treze filhos, ele perdeu a mãe quando tinha três
anos de idade. Um ano após a sua nomeação como arcebispo em 19 de
Novembro de 1990, começaram os combates na Bósnia. Durante o cerco de
Sarajevo, ele se destacou pelos sinceros apelos de paz à comunidade
internacional e na defesa dos direitos inalienáveis da pessoa. Arriscou
sua vida, foi preso por soldados sérvios e permaneceu encarcerado por 12
horas. Como sinal de proximidade às pessoas afectadas pelo conflito
armado, foi nomeado cardeal pelo Papa João Paulo II no consistório de 26
de Novembro de 1994, aos 49 anos. Ele é o primeiro cardeal bósnio da
história. Dentre outras funções, é membro da Comissão Internacional de
Inquérito sobre Medjugorje. ZENIT entrevistou-o.
Como o senhor ficou sabendo da Renovação no Espírito?
Eu não conhecia o Rns. Não existem grupos do RNS na Bósnia
Herzegovina. Durante o Sínodo para a Nova Evangelização, Salvatore
Martinez estava comigo no mesmo círculo menor. Ele me contou sobre o RnS
e me convidou para conhecer Rimini. "Tudo bem", eu disse, eu quero
conhecer vocês. No meu país existem poucas expressões de movimentos,
porque durante o comunismo era proibido, depois da guerra, a situação
era difícil, agora queremos incentivar o florescimento desses grupos.
Quais foram as reacções no seu país com a eleição do Papa Francisco? Quais são os comentários dos muçulmanos?
Fiquei espantado e admirado com as reacções à eleição do Papa
Francisco. Na Bósnia Herzegovina todos os meios de comunicação de massa,
especialmente a televisão, acompanharam atentamente o conclave e o
anúncio do Papa. Um grande entusiasmo, até mesmo os jornalistas
muçulmanos disseram “que é um grande homem", as pessoas pensam que
“tanta energia positiva vem desta eleição".
O Santo Padre na Quinta-feira Santa, lavou os pés de um menino e uma
menina muçulmana. Este foi um sinal de amor. O Santo Padre quis dar um
forte sinal de amor, o mesmo que Jesus deu aos apóstolos.
O que a Europa deve fazer para ajudar a paz e o desenvolvimento da Bósnia Herzegovina?
Quando não há igualdade de direitos é muito difícil estabelecer uma
paz estável. Eu moro em Sarajevo. Pedi permissão para construir uma
igreja. Depois de 14 anos, eu ainda não recebi a permissão. Quando há
problemas com outras religiões, a Comunidade Internacional intervém, mas
quando se trata de católicos, não existe a mesma diligência.
Acho que a Europa deve ouvir os nossos problemas e nos ajudar a criar
uma situação de normalidade. Onde há igualdade de direitos existe paz.
Eu vejo uma certa lentidão da Europa. A União Europeia deveria nos
ajudar a promover o desenvolvimento. No meu país, 46% da população está
desempregada. É um problema muito sério, especialmente para os jovens
que acabam emigrando. E um país sem jovens não tem futuro. É muito
importante favorecer o desenvolvimento criando possibilidades de
trabalho. É também importante reparar os danos de guerra. É fácil
reconstruir as casas destruídas pela guerra, o mais difícil é curar as
feridas nos corações das pessoas.
É verdade que o senhor usa uma cruz feita com os estilhaços de uma granada?
Sim. Não é que eu estou usando, mas eu recebi em 1994, uma recordação
dos meus sacerdotes, é uma cruz feita com cinco estilhaços, que são
como as cinco chagas, as cinco dores de Jesus na cruz.
Quando perguntado sobre o que vai acontecer com Medjugorjie, o
cardeal Puliic que é membro da comissão internacional que investiga o
caso, disse que não podia dizer nada, e assegurou que ele reza a Maria.
Director do Centro de Bioética da Universidade Católica de Milão fala da proibição da fecundação heteróloga
Roma,
Reproduzimos a seguir a opinião do professor Adriano
Pessina, director do Centro de Bioética da Universidade Católica do
Sagrado Coração, de Milão, sobre a proibição da fertilização heteróloga.
O debate reaberto no âmbito jurídico sobre a constitucionalidade da
proibição da fecundação heteróloga, estabelecida pela Lei 40, parte de
uma premissa errada, que condiciona os resultados. Não se pode afirmar
que a procriação medicamente assistida se configure propriamente como um
tratamento da infertilidade e da esterilidade. Esta técnica, aliás, tem
uma função "substitutiva" de uma parte do processo reprodutivo,
permitindo o nascimento de um filho.
Na proibição da fecundação heteróloga, não está em jogo a saúde
reprodutiva do casal, pois, mesmo recorrendo a ela, o casal continua
infértil ou estéril. A proibição, antes, visa proteger o direito do
nascituro a ser gerado pelo mesmo casal social que o criará, impedindo
assim a legalização da dissociação entre as figuras parentais: para se
ter um filho mediante a fertilização heteróloga, é preciso recorrer a um
assim chamado doador, que é o verdadeiro pai e que é estranho ao casal que usa a técnica.
A questão jurídica, portanto, não pode ser tratada de forma adequada
quando a seu respeito existe o mal-entendido que interpreta a procriação
medicamente assistida como um assunto puramente “de saúde”, sem que
sejam levados em conta os diferentes factores éticos, sociais e culturais
que entram em jogo na fertilização homóloga e heteróloga.
Prelados pedem do congresso norte-americano a "legislação mais humana possível"
Roma,
O presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos
(USCCB), cardeal Timothy Dolan, de Nova Iorque, disse que “esta é a hora
de arrumar” o sistema de imigração do país.
Dolan participou de uma conferência de imprensa nesta última
segunda-feira, acompanhado pelo arcebispo dom José Gómez, de Los
Angeles, presidente do Comité dos Bispos sobre a Migração, e pelo bispo
dom John Wester, de Salt Lake City, presidente do Comité de Comunicações
da USCCB.
"Esta é a hora de abordar este assunto", afirmou o cardeal. "As
pessoas estão sendo deportadas e um número indeterminado de famílias
está sendo dividido. Seres humanos continuam morrendo no deserto
americano. Este sofrimento tem que terminar".
A Igreja católica tem muito a contribuir no debate nacional sobre a
imigração, dada a sua história como Igreja imigrante, que acolheu “as
sucessivas ondas de migração nas nossas paróquias, com programas de
serviços sociais, hospitais e escolas”, agregou o cardeal Dolan.
"Como pastor da arquidiocese da cidade que possivelmente tem a maior
quantidade de imigrantes no mundo, eu conheço em primeira mão os muitos
esforços que a comunidade católica faz em favor dos imigrantes", reflectiu.
Dolan se comprometeu com os promotores da legislação de imigração e
com outros funcionários para "conseguir a legislação mais humana
possível".
Uma lei aperfeiçoável
Em resposta à legislação de reforma de imigração recentemente
proposta no senado dos Estados Unidos, o arcebispo Gómez disse que o
caminho da cidadania para os imigrantes ilegais através da legislação é
bem-vindo. Mas certos requisitos "poderiam deixar muitos deles para
trás, nas sombras".
Entre as áreas a melhorar, estão a necessidade de encurtar o tempo de
obtenção da cidadania, de criar uma data de corte mais generosa e de
eliminar os obstáculos para os imigrantes de baixos recursos.
"Se o objectivo é resolver o problema de maneira humana, então todos
os sem-documentos deveriam participar", disse Gómez, referindo-se também
à necessidade de preservar a unidade da família como pedra angular do
sistema de imigração da nação.
"Este é um momento importante e histórico para o nosso país e para a
Igreja. Esperamos que a legislação melhore e avance e vamos a trabalhar
para esse fim. A vida de milhões de seres humanos depende dela".
O bispo Wester declarou que a elegibilidade para a residência
permanente e para a cidadania estadunidense não pode depender das
iniciativas de aplicação de conteúdos na legislação, o que poderia criar
uma “subclasse permanente” de facto. Wester também pede que o debate sobre a imigração aconteça de forma "civilizada e respeitosa".
Conferência na Universidade Pontifícia da Santa Cruz aborda a questão
Roma,
A imagem de paternidade na televisão de hoje foi o tema de
uma conferência de dois dias, realizada na Pontifícia Universidade da
Santa Cruz (PUSC), em Roma.
A figura do pai nas séries de televisão foi o tema da última
conferência do ciclo "Poesia, Comunicação e Cultura", organizado a cada
dois anos pela Faculdade de Comunicação da PUSC.
A conferência tem como objectivo fornecer um estudo sobre a
paternidade tal como retratada nas séries de TV mais populares, em
particular no tocante ao papel do pai na família, à ausência da figura
paterna e à relação entre pai e filhos.
A sessão de ontem começou com a apresentação da "idade de ouro" na
ficção televisiva, a cargo do professor Alberto Nahum García, da
Universidade de Navarra. A seguir, a escritora e jornalista do canal TG3
Costanza Miriano, mãe de quatro filhos, falou do papel do pai na
família, e Alberto Fijo, editor do jornal Fila Siete e redactor-chefe da
Aceprensa, analisou três séries de televisão britânicas: Dowtown Abbey,
Luther e The Hour.
O pe. John Wauck, professor de comunicação institucional na PUSC e um
dos moderadores da conferência, disse a ZENIT que o tema deste ano foi
escolhido, em parte, para "chamar a atenção sobre o importante papel da
paternidade em muitos programas de televisão de hoje".
Como universidade pontifícia, disse o professor, "estamos
interessados principalmente em questões teológicas e, muitas vezes, em
questões antropológicas, filosóficas e morais. No ambiente académico,
às vezes nos esquecemos de que não é necessariamente nos livros didácticos e nas salas de aula que essas questões são desenvolvidas".
Alguns dos participantes, continuou ele, observaram que “estamos numa
idade de ouro da televisão”, com enorme quantidade de tempo para contar
histórias longas e complicadas através de uma tecnologia similar à
utilizada nos filmes. Em termos de qualidade, a diferença entre a
televisão e os filmes se reduziu muito".
Ao contrário do filme, observou Wauck, que geralmente dura em torno
de duas horas, a série de televisão é capaz de mergulhar em questões
complexas sobre a vida e a existência, ao longo de várias e várias
horas. "Questões de identidade e paternidade, relação entre pais e
filhos, questões éticas que envolvem o exercício da autoridade do pai, a reacção das crianças à presença ou ausência do pai, os vários defeitos
ou falhas dos próprios pais; todas essas questões podem ser tratadas com
mais detalhe nas séries de TV. Não é um filme que precisa resumir tudo
em duas horas".
O objectivo da conferência da faculdade de comunicação não é oferecer
uma solução para os problemas da família, mas identificar a crise do
ponto de vista da televisão. "Muitas vezes, em muitas séries de
televisão, o problema é a ausência de um pai ou um pai que é inadequado.
Muitas figuras paternas dos programas de televisão são profundamente
falhas; isso quando estão presentes", observa Wauck, acrescentando que,
"às vezes, a história da paternidade numa série é a própria ausência do
pai, como acontece na sociedade em geral".
Embora a maioria dos programas de TV examinados sejam britânicos ou
norte-americanos, os participantes do encontro são quase todos espanhóis
e italianos. "Há uma dimensão internacional muito grande nesta
conferência, não apenas pelos vários países envolvidos, mas também
porque as diferenças culturais entre os programas estão sendo
analisadas. Podemos olhar para as séries de TV americanas com um olhar
um pouco diferente do de um comentarista americano".
O pesquisador também considera significativo que uma das
palestrantes, Costanza Miriano, diz não ter tempo para ver televisão.
"Este é um ponto que vale a pena levar em conta numa conferência como
esta, porque levanta a seguinte questão: se os pais não têm tempo para
assistir aos programas em que se fala da paternidade, então quem é que
assiste? Provavelmente, não são pessoas com filhos".
Cresce o número de homens e mulheres nas congregações
religiosas, bem como as ordenações sacerdotais nas dioceses da
Inglaterra e Gales.
A estatística foi citada pelo jornal vaticano L'Osservatore Romano, de 24
de Abril, que regularmente publica diversos estudos, enfatizando que a
informação compensa algumas fases de diminuição das vocações que
marcaram o passado.
O aumento de religiosos, religiosas e presbíteros, foi registado nos
últimos três anos. Em 2010, foram admitidos vinte e nove homens e
mulheres nas diversas congregações, número que cresceu para trinta e
seis em 2011, e cinquenta e três no ano de 2012.
Em relação as ordenações sacerdotais diocesanas (excluindo dos
religiosos e ex anglicanos), foram vinte em 2011, trinta em 2012 e estão
previstas quarenta para o decorrer deste ano. O crescimento das
ordenações sacerdotais aumenta, sobretudo, em relação aos cinquenta anos
do século passado; após um período de declínio nas ordenações registado entre o final dos anos noventa e o inicio do século XXI.
Novas vocações
Em 2012, a Conferencia Episcopal da Inglaterra e Gales colocou em
acção um plano para promover vocações entre os jovens. O Plano Nacional
de Vocações, conforme explicado, tem como objectivo dar aos jovens que
desejam, a oportunidade de participar de um grupo de discernimento e ter
na paróquia, um director espiritual que os ajudem a encontrar a vocação.
As vocações presbiterais na Inglaterra e Gales crescem. Em Setembro
de 2012, por exemplo, houve o maior número de ingresso nos seminários
católicos desde a década passada. Cinquenta e seis jovens começaram um
caminho para presbiterato.
A fim de despertar vocações são distribuídos nas escolas, diversos
materiais com informações sobre o trabalho na Igreja; enquanto isso, os
agentes pastorais continuam desenvolvendo novos métodos e instrumentos
para levar o evangelho, de modo concreto, à vida das pessoas.
Encontro com Francisco precede a 34ª Assembleia Ordinária no Panamá, em Maio
Roma,
Começou nesta quarta-feira a visita anual da Presidência do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) ao Vaticano.
Hoje, quinta-feira, o papa Francisco receberá o grupo da
presidência. “Será um reencontro entre amigos, agora marcado pelo fato
inédito de termos o primeiro papa que procede da América Latina. Esta
novidade não só enche a Igreja de Deus na América Latina de alegria e de
saudável e legítimo orgulho, mas também aumenta a sua responsabilidade
católica e missionária”, diz um comunicado da instituição, veiculado
pela Rádio Vaticano.
A presidência do CELAM é integrada pelo presidente, dom Carlos Aguiar
Retes, arcebispo de Tlalnepantla (México); pelos dois vice-presidentes,
cardeal Rubén Salazar Gomez, arcebispo de Bogotá (Colômbia) e dom Dimas
Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande (MS, Brasil); pelo secretário
geral, dom Santiago Silva Retamales, bispo auxiliar de Valparaíso
(Chile); pelo presidente do Comité Económico, dom Carlos Collazzi
Irazabal, bispo de Mercedes (Uruguai), e pelo padre Leónidas Ortiz
Losada, da Colômbia, secretário geral adjunto. As informações são do
site do conselho.
A finalidade da visita é informar a Santa Sé sobre os programas que o
CELAM realiza a serviço dos episcopados da América Latina, além de
compartilhar orientações e preocupações a respeito do caminho da Igreja
na região. Para isso, entraram na agenda encontros na Secretaria de
Estado, na Pontifícia Comissão para a América Latina, na Congregação
para a Doutrina da Fé, na Congregação para os Institutos de Vida
Consagrada, entre outros.
A visita da presidência do CELAM ganha importância maior por preceder
a XXXIV Assembleia Ordinária do organismo, a realizar-se na Cidade do
Panamá de 14 a 17 de Maio.
III Encontro dos Bispos e Delegados para as Relações com os Muçulmanos na Europa
Roma,
É possível dialogar com os muçulmanos como parte integrante
da nova evangelização e, portanto, como uma oportunidade de proclamar
Jesus Cristo, respeitando a liberdade de todos, mas sem por isto
esconder a própria convicção? E como os jovens cristãos e muçulmanos
constroem a sua identidade na sociedade europeia de hoje? A actual
situação de crise (económica, da instituição familiar, ética) tem
impacto na identidade dos jovens? Em suma, quais são os desafios que a
Igreja enfrenta nos espaços do multiculturalismo?
Estas e outras questões deverão ser respondidas pelos bispos e
delegados das Conferências Episcopais da Europa responsáveis pelas
relações com os muçulmanos, durante os três dias do encontro que
acontece em Londres.
O encontro, promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da
Europa (CCEE) e encabeçado pelo cardeal Jean-Pierre Ricard, arcebispo de
Bordeaux, acontecerá na Fundação Real Saint Catherine (2 Butcher Row,
London E14 8DS). A abertura, na quarta-feira, 1º de Maio, ficará a cargo
do cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o
Diálogo Inter-Religioso. Durante o encontro, participará ainda o
presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e de Gales, dom
Vincent Nichols, arcebispo de Westminster.
A exposição central vespertina, a cargo do especialista Andrea
Pacini, secretário da Comissão para o Ecumenismo e para o Diálogo
Inter-Religioso da Conferência Episcopal Regional do Piemonte-Valle
d'Aosta (Itália), apresentará o o tema "Diálogo e anúncio", com base no
documento homónimo de 1991 produzido conjuntamente pelo Pontifício
Conselho para o Diálogo Inter-religioso e pela Congregação para a
Evangelização dos Povos (disponível em inglês e português
em http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/interelg/index_it.htm).
Na quinta-feira, 2 de Maio, a jornada será toda dedicada à reflexão,
ao diálogo e à troca de experiências sobre o tema "Construindo
identidades religiosas entre jovens cristãos e muçulmanos na Europa: um
desafio para a pastoral eficaz dos jovens cristãos que vivem com
muçulmanos". As reflexões serão confiadas à professora Brigitte
Maréchal, da Universidade de Louvain, que tratará do processo de
construção da identidade dos jovens muçulmanos que lidam com as tensões e
convergências entre o factor religioso e a cidadania, tema que a docente
estudou extensivamente.
Em seguida, o secretário da Conferência Episcopal Suíça, dr. Erwin
Tanner, apresentará como se expressa a identidade muçulmana na Europa,
com base em uma análise das publicações da Tawhid, uma das primeiras
editoras muçulmanas.
Na sexta-feira, 3 de Maio, os delegados apresentarão a situação dos
seus respectivos países e tentarão traçar as novas questões sobre a
relação entre muçulmanos e cristãos na Europa.
A reunião acontece a portas fechadas. O programa, a lista de
participantes e as intervenções estão disponíveis no site www.ccee.eu.
Comportamento de Napolitano "tornou vivo o princípio fundamental da convivência"
Roma,
Na tarde desta quarta-feira, por volta das 18h locais, por
iniciativa própria, o Papa Francisco telefonou ao Presidente da República
Italiana, Giorgio Napolitano, para agradecê-lo pelo telegrama de
felicitações enviado por ocasião de seu onomástico e expressar seu
apreço – informou um comunicado da Santa Sé. Ambos tem como patrono o
mesmo santo: São Jorge.
"Eu liguei, senhor presidente, para agradecer-lhe pelo seu exemplo
– disse o Papa -. O senhor foi um exemplo para mim. Com seu
comportamento, o senhor tornou vivo o princípio fundamental da
convivência: que a unidade é maior que o conflito. Estou comovido com a
sua decisão", concluiu.
Na semana passada o presidente Giorgio Napolitano, que completou 87
anos, apesar da grave crise que atravessa o país, e do final de seu
mandato previsto para 22 de Abril, aceitou se recandidatar. Dia 20 de Abril foi reeleito Presidente da Republica pelo Parlamento com a maioria
dos votos
O dianteiro polaco realizou a noite da sua vida no pior momento possível para os brancos, obrigados a uma remontada épica no Bernabéu.
Actualizado 25 de Abril de 2013
C.L. / ReL
Roberto Lewandowski foi uma aposta segura de Jürgen Klopp. Já vinha de marcar quarenta golos por temporada na liga polaca, e fez o mesmo na Bundesliga desde que aterrou em 2010 no Borussia Dortmund. Agora a equipa alemã encontra-se às portas de algo que jamais conseguiu: a Champions League.
Todavia falta muito caminho. A épica do Santiago Bernabéu e as suas reviravoltas não fazem impossível um 3-0, e logo haveria que superar o Bayern de Munique ou (épica do Nou Camp mediante, também especialista em reviravoltas) o Barcelona. Mas os quatro golos do aríete polaco ao Real Madrid esta quarta-feira (4-1) nas semifinais da competição europeia convertem-no no grande herói da equipa germana.
Em Junho passado, pouco antes do começo da Eurocopa da Polónia e Ucrânia que terminaria ganhando a Espanha, Lewandowski fez umas declarações que deixaram claro testemunho das suas convicções católicas. Pedia a ajuda de Deus para a equipa... E ficou claro que Deus não se mete nessas coisas, pois a selecção polaca ficou eliminada na primeira fase com dois empates e uma derrota e só dois golos, um precisamente de Roberto.
Mas o importante é que o dianteiro, de 24 anos, que aderiu à campanha dos católicos polacos Eu não me envergonho de Jesus, aproveitou a ocasião para proclamar a sua fé cristã: "No mundo actual tudo vai muito rápido, às vezes esquecemo-nos dos nossos valores e do que é realmente importante. A fé não só me ajuda no terreno de jogo, também fora dele para tentar ser uma boa pessoa e cometer o menor número de erros".
Roberto recebe de um sacerdote o porta-chaves identificativo da campanha «Eu não me envergonho de Jesus».
"Aceitei o porta-chaves [símbolo da campanha] porque sou católico e não me envergonho de Jesus nem da fé Nele. Sei que Deus está sempre olhando-me", explica o dianteiro. Confiemos em que na próxima terça-feira faça uma excepção.
María, filha de militar comunista e ateu, explica que lhe custou 8 anos baptizar-se. Mas nas cidades há sede de Deus.
Actualizado 25 de Abril de 2013
P. J. Ginés/ReL
"Cresci num acampamento militar, escutando canções revolucionárias e vendo películas revolucionárias durante toda a minha feliz infância", explica a jovem chinesa María à agência Ucanews, pouco depois de baptizar-se na Igreja católica.
"Cada ano davam-me a qualificação de excepcional nas minhas tarefas comunistas... E agora a minha família teme que ao unir-me à Igreja estropie o meu futuro", acrescenta.
María (não é o seu nome real) é filha de um oficial militar retirado, que já em 2005 viu que a sua filha fazia amizade com um padre e disse-lhe: "Os comunistas são ateus, não há Deus. Podes fazer-te amiga do padre, mas não te juntes à Igreja". Assim ela afastou-se "razoavelmente" do católico.
Mas em 2011 sofreu uma grave depressão por motivos familiares e laborais, inclusive pensou em suicidar-se. Salvaram-na o padre Su Yaxi, a Bíblia que ele lhe ofereceu, as suas palavras de Deus... e a sua acupunctura!
A fé dá sentido à dor
"O padre Su curou a minha insónia com acupunctura, mas sarou o meu coração com as suas palavras", especifica. "Falou-me de como Deus chama de distintas formas. Se tens fé, ganhas visão com respeito ao sofrimento e à dor".
Desde a Vigília da Páscoa, María é católica, canta no coro paroquial (encanta-a o gospel) e faz já um tempo que não necessita de antidepressivos.
María é de Hengshui, uma diocese ao norte de Hebei, a zona onde há mais presença católica. Esta Páscoa em Hebei baptizaram-se 3.650 novos católicos. Em toda a China na Páscoa baptizaram-se uns 12.000 adultos e um pouco menos de 5.000 crianças. Com a política governamental do filho único (multas fortes a quem tenha mais filhos) o catolicismo chinês não vai crescer muito por demografia e natalidade. Materialismo inflexível, cristianismo piedoso Como María, baptizam-se muitos habitantes de cidade, às vezes emigrantes ou filhos de emigrantes, pessoas sobrecarregadas por um sistema que trata de desumanizá-las e exigir-lhes como uma peça de produção mais. Nas cidades há mais espaço para converter-se que em muitos ambientes do campo.
"Em 2009 baptizaram-se publicamente 23.500 adultos na Igreja católica oficial. Na clandestina, não se sabe", explicava à ReL há algum tempo o padre Daniel Cerezo, missionário na China durante muitos anos.
"Ali uma paróquia é um espaço de liberdade, onde podes dizer o que pensas, e isso, que escasseia na China, atrai muitos. O comunismo é um sistema sanguinário, opressivo, a gente o sabe e quer alternativas. O comunismo põe a luta de classes, a violência, no centro de tudo. Pelo contrário, o cristianismo põe no centro a misericórdia, e perante isso a alma chinesa derrete-se. Eu o vi nos catecúmenos, vi-os chorar quando vêem que Deus se aproxima também a um fracassado, enquanto o marxismo só aceita triunfadores", acrescenta este missionário espanhol.
Sem dados de Shanghai e o seu bispo detido As cifras da Igreja Católica na China são complicadas sempre. Por exemplo, este ano não há dados do que se passou na populosa diocese de Shanghai. No relatório numérico do FICS (um instituto estatístico católico de Hebei) resume-se com uma nota de rodapé de página: "sem estatísticas por razões comummente conhecidas". Refere-se à detenção e desaparição no passado mês de Julho do bispo auxiliar Tadeo Ma Daqin quando foi consagrado bispo, pelas suas palavras rebeldes com o regime.
O FICS há 6 anos que desenvolve estudos estatísticos e recorda ainda que em 2012 registou 22.000 baptismos, referia-se aos que se produzem de Janeiro à Páscoa, enquanto este ano contam só os da Páscoa. Contar católicos clandestinos
Segundo o FICS, há na China continental 5,7 milhões de católicos. Mas desde Hong Kong há outro instituto de estudos católico, o HSSC que fala sempre de 12 milhões de católicos, considerando que metade são clandestinos, quer dizer "não registados" nem debaixo de supervisão do governo. Uma gota diminuta num mar de 1.300 milhões de habitantes.
Anthony Lam Sui-ki recorda desde o HSSC de Hong-Kong que há na China uns 80 bispos com aprovação do Vaticano, dos quais uns 40 não são reconhecidos pelo governo comunista. Pelo contrário, há algo menos de 10 bispos implantados pelo Governo que não tem mandato papal.
Apoiar as vocações nativas Enquanto a Espanha celebra este domingo o Dia das Vocações Nativas vale a pena recordar que na China, com mais de 100 dioceses, só há 9 seminários maiores, com 486 seminaristas (50 menos que em 2010). Toda a Igreja se sustém com 3.200 padres, 5.400 religiosas de 100 congregações distintas e 350 religiosos.
Há que ter em conta que falta toda uma geração de padres: quase ninguém foi ordenado entre 1955 e 1984. Os padres jovens careceram de mentores e mestres. No campo muitos padres mantêm simplesmente as velhas devoções. O impulso missionário e de criação de comunidades do Vaticano II chegou com 25 anos de atraso.
Não só se negavam a participar no acto cirúrgico do aborto, mas sim em qualquer parte do processo, e ainda que em Fevereiro perderam um primeiro julgamento agora os tribunais dão-lhes a razão.
Actualizado 25 Abril 2013
P. J. Ginés/ReL
Mary Doogan e Concepta Wood são parteiras da mesma estirpe que aquelas que se negaram a obedecer ao Faraó que mandava matar os bebés hebreus (no livro do Êxodo, salvando a vida de Moisés). São do mesmo templo que Stanislawa Leszcynska, a parteira de Auschwitz, que ajudava os bebés em pleno coração da cultura da morte.
Mary e Concepta são parteiras e supervisoras de parteiras em Glasgow (Escócia), são católicas e negaram-se a ter nada que ver com fazer abortos.
Nada.
Nem a dar informação ao médico sobre as pacientes que abortavam ou queriam abortar. Nem a designar pessoal que se encarregasse de facilitar materiais para o aborto. Nem a acompanhar os obstetras nas rondas médicas que tivessem que ver com um aborto. Nem a cobrir substituições que implicassem atender a uma mulher que pedia um aborto.
Refugiavam-se no seu direito à objecção de consciência recolhido na Lei do Aborto britânica de 1967. Negaram-se a que o Serviço Nacional de Saúde e o Hospital Geral do Sul de Glasgow lhes pudesse obrigar a realizar essas actividades.
Perderam o primeiro julgamento, sem render-se O Serviço de Saúde de Glasgow as levou aos tribunais, e em Fevereiro a juiz Smith determinou que essas actividades "não acabam com a gravidez de uma mulher" e que não podiam objectar a elas porque estavam "suficientemente afastadas da implicação directa". A imprensa pró-aborto saudou com alegria o resultado.
Mas quem decide que é o "suficientemente longe"? O debate na imprensa ressoou com força. Muitos entendiam que elas se sentiam como o condutor dos trens a Auschwitz: no queriam participar, nem sequer indirectamente!
O advogado das parteiras tinha-o claro: a "linha divisória" não a deve por um burocrata com respeito há significados literais, mas sim a consciência do individuo, dado que se trata de objectar em consciência aquilo que causa uma profunda repugnância moral. Vitória no tribunal de apelações Com estes argumentos (e esgrimindo uns acordos laborais que firmaram em 2007) as parteiras levaram a sentença a revisão. E os três juízes deram-lhes a razão, apesar de que o advogado das autoridades sanitárias repetiu-lhes que dar a razão a estas duas mulheres traria problemas de gestão do aborto "em outros hospitais, não só da Escócia mas sim de todo o Reino Unido".
Mas os juízes consideraram que os problemas de gestão não eram assunto seu, mas sim que deviam proteger um direito básico, como é a objecção de consciência. A juíza Dorrian afirmou que este direito existe "porque se reconhece que o processo do aborto é sentido por muitos como moralmente repugnante" e acrescentou que o direito a objectar estende-se "não só ao acto médico o cirúrgico em si, mas sim a todo o processo de tratamento dado com esse propósito".
Duas mulheres perseverantes Assim, a senhora Doogan, com os seus 58 anos, e a senhora Wood, com 52, ambas com um historial inumerável de bebés nos seus braços, puseram de joelhos o sistema abortista no Reino Unido, por senti-lo "moralmente repugnante" (em palavras da juiz Dorrian), depois de muitos meses de suportar uma dura campanha mediática contra elas, acusando-as de "insensíveis", "fanáticas" e, sobretudo, de "católicas".
As duas parteiras emitiram uma nota declarando-se "encantadas" por ter ganhado o julgamento.
Mary Doogan, a outra parteira tenaz
"Ao declarar que toda a vida é sagrada desde a concepção até à morte natural, como parteiras sempre temos trabalhado sabendo que tínhamos duas vidas que cuidar no parto: uma mãe, e o seu filho por nascer", afirmam.
"Este julgamento dá a boas-vindas à afirmação dos direitos de todas as parteiras de retirar-se de qualquer prática que possa violar a sua consciência, algo que, com o tempo, impediria a muitas de entrar no que sempre se considerou uma profissão nobre e gratificante", declararam.
Um alívio para todos os sanitários Paul Tully, do grupo pró vida SPUC, declarou que se tratava de uma "tremenda vitória" das duas mulheres. "É um grande alívio para todas as parteiras, enfermeiras e doutores que possam ser pressionados para que supervisionassem procedimentos abortivos e que se perguntavam se a lei lhes permitia rejeitá-lo", assegura.
O bispo anima à objecção Philip Tartaglia, o arcebispo de Glasgow, onde 30% da população é católica, também mostrou a sua alegria. "É uma vitória da liberdade de consciência e do sentido comum. Respeitar a liberdade de consciência é a marca própria de uma sociedade civilizada", assegurou.
"Espero que muitos profissionais da saúde pró-vida ganhem coragem a partir desta sentença e tenham o valor de expressar as suas objecções quando lhes peçam tarefas que são moralmente más e que violam a sua consciência", acrescentou o bispo. "As parteiras devem ser louvadas pela sua valentia e determinação ao plantar-se frente a um pedido injusto do seu empregador".