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domingo, 13 de abril de 2025

A oração do Papa (e a poesia que ajuda um agnóstico e aproximar-se de Deus)

Foto Vatican Media

O Papa Francisco deslocou-se à Basílica de Santa Maria Maior e, na véspera do Domingo de Ramos e da Semana Santa, parou para rezar diante do ícone da Virgem, Salus Populi Romani.

A visita aconteceu ao início da tarde, indica informação da Sala de Imprensa da Santa Sé, num contexto de convalescença de Francisco, que se encontra na Casa de Santa Marta, desde o dia 23 de março, a recuperar de uma infeção polimicrobiana das vias respiratórias, que se agravou para uma pneumonia bilateral.

Com as audiências suspensas, o Papa escreveu uma mensagem aos jovens participantes universitários do Congresso Internacional UNIV 2025 onde pediu entusiasmo para levarem o “anúncio de esperança” ao mundo.

“Uno-me à vossa alegria e acompanho-vos com a minha oração, pedindo ao Senhor que este tempo de peregrinação e de encontro fraterno vos impulsione a levar a todos o Evangelho de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, como anúncio da esperança que realiza as promessas, conduz à glória e, fundada no amor, não desilude”, pode ler-se num nota publicada na Sala de Imprensa da Santa Sé.

Dou-lhe nota da deslocação do bispo das Forças Armadas e de Segurança a França, para homenagear os militares portugueses mortos na batalha de La Lys, na Primeira Guerra Mundial e também do convite que D. José Miguel Pereira deixou aos acólitos da diocese da Guarda para se juntarem à celebração da Missa Crismal, na Quinta-feira Santa.

E mais um convite para estar tarde, pelas 17h30 na RTP2, acompanhar a conversa que tive com o músico Pedro Abrunhosa.

A dúvida é um lugar onde Pedro Abrunhosa gosta de estar. Agnóstico confesso, reconhece que a tradição cristã marca a sua vida, seja nas memórias em Moimenta da Beira quando ali regressava para em cada Páscoa participar nas celebrações, ou através da leitura da Bíblia – livro que o pai, agnóstico, cedo lhe mostrou.

O amor de 70 anos entre um pai agnóstico e uma mãe profundamente católica mostrou ao músico português que o ‘Cântico dos Cânticos’ é real; a tradução de Frederico Lourenço reaproximou-o dos textos bíblicos; o encontro com o Papa Francisco trouxe-lhe Deus; a procura sobre o significado do silêncio deu-lhe conversas e consolo, mas o silêncio de Deus continua a ser o axioma principal na vida de um buscador, que não se sacia com a primeira pepita de ouro e que encontra na arte a única forma de se pacificar.

O seu caminho de agnóstico tem sido povoado por crentes, muitos deles sacerdotes, com quem partilha perguntas e silêncio. E tem sido iluminado pelo Papa Francisco, cujas palavras recorda do encontro em junho de 2023, e da comunhão em torno do bem-comum, da paz, do diálogo ecuménico e da aproximação que tem sido feita entre a Igreja e os homens.

Esta segunda-feira, o portal da Agência Ecclesia disponibiliza a entrevista na íntegra.

Acompanhe-nos em agencia.ecclesia.pt

Desejo-lhe um excelente domingo!

Lígia Silveira

 

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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