Esta terça-feira, 24 dezembro
7MARGENS | 23 Dez 2024
Começa oficialmente esta terça-feira, 24 de dezembro, o Ano Jubilar 2025, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma, pelo Papa Francisco. Embora o Jubileu seja uma celebração da Igreja Católica, a coincidência com o 1700º aniversário do Primeiro Concílio Ecuménico – o de Niceia – inspirou Francisco a incluir na celebração irmãos e irmãs de outras Igrejas e comunhões cristãs.
O Papa convidou, por isso, alguns deles a cruzar o limiar daquela que é considerada a mais importante Porta Santa logo a seguir a si próprio e aos representantes de católicos dos cinco continentes. “Este convite é um gesto de hospitalidade, que convida a partilhar a alegria da Igreja Católica na abertura do Jubileu”, refere o Vatican News, salvaguardando que o mesmo “não deve ser interpretado como uma tentativa de associá-los a elementos do Jubileu, como a indulgência jubilar, que não estão em consonância com as práticas das respectivas comunidades”. Pelo contrário, “a sua passagem pela Porta Santa é um sinal visível da fé que todos os cristãos partilham em Jesus Cristo, o Verbo feito carne – a fé que professamos no Credo Niceno – e da nossa fé comum de que o próprio Jesus é a Porta através da qual entramos na vida”, acrescenta o média do Vaticano.
A cerimónia – cuja tradição remonta a 1423, ano em que o Papa Martinho V abriu, pela primeira vez na História, um ano jubilar através de uma Porta Santa, então na Basílica de São João de Latrão – está agendada para as 19 horas (menos uma em Lisboa), seguindo-se a missa da Noite de Natal.
Com este gesto, os fiéis de todo o mundo são convidados a viver um encontro renovado com o “Senhor Jesus, ‘porta’ da salvação; com Ele, que a Igreja tem a missão de anunciar sempre, em todo lugar e a todos como ‘nossa esperança’”, diz a bula de convocação do Jubileu 2025, Spes Non Confundit (“A esperança não decepciona”).
No dia 26 de dezembro, a segunda Porta Santa a ser aberta pelo Papa será a da Igreja do Pai Nosso, na prisão de Rebibbia, naquele que é mais um gesto inédito e significativo, colocando em prática aquilo que é pedido na bula: “sermos sinais tangíveis de esperança para aqueles nossos irmãos e irmãs que passam por dificuldades de qualquer tipo”, em particular, “os presos que, privados da sua liberdade, sentem diariamente a dureza da detenção e das suas restrições, a falta de afeto e, em não poucos casos, a falta de respeito pelas suas pessoas”.
Só mais tarde, no domingo, 29 de dezembro, será aberta a Porta Santa da catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão, e no dia 1 de janeiro, solenidade de Maria, Mãe de Deus, o Papa abrirá a Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maior. A Porta Santa da quarta basílica principal da Cidade Eterna, São Paulo Fora de Muros, será aberta por Francisco no dia 5 de janeiro.
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