Depois do almoço talvez
devido ao calor da lareira cabeceei um pouco e sonhando dei comigo à entrada da
casa de Isabel e Zacarias em Ein Karen. Isabel já com alguma idade não esperava
a visita de sua prima que tinha sido informada pelo anjo da sua gravidez e não
se fez esperar para a ir visitar pois de certeza precisaria de alguma ajuda.
Diz-nos o Evangelho que
Maria partiu a toda a pressa para as montanhas da Judeia e foi com imensa
alegria que Isabel a recebeu. Isabel estava grávida de João Baptista que saltou
de alegria no seu seio devido à aparição de Maria.
- Como é possível ter diante
de mim a mãe do meu Senhor! exclamou Isabel, antes mesmo das duas primas se
fundirem num imenso abraço.
Eu limitava-me a assistir
tentando tocar a orla do manto de Maria pois tal como a hemorroíssa tocara o
manto de Jesus e ficara curada, eu pensava que também a Senhora me curaria os
meus males. Foi quando ouvi da sua boca o belíssimo canto do Magnificat que
aqui deixo para celebrar este dia da nossa soberana
“A minha alma glorifica ao Senhor
e o meu espírito se alegra
em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na
humildade da sua serva:
de hoje em diante me
chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim
maravilhas: Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se
estende de geração em geração sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu
braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de
seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu Israel seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a
nossos pais, a Abraão e à sua descendência
para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho e
ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.
Ámen.”
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