Páginas

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Português é o novo secretário-geral da Federação Internacional dos Médicos Católicos

Eleito no congresso em Roma

 | 19 Set 2022

José Diogo Ferreira Martins, Bernard Ars, Associação dos Médicos Católicos Portugueses, Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos, AMCP, FIAMC

José Diogo Ferreira Martins (dirª) é o novo secretário-geral da FIAMC (Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos). O médico e investigador belga Bernard Ars (segundo à esquerda) é o presidente. Foto: Direitos reservados

 

José Diogo Ferreira Martins, médico cardiologista pediátrico e presidente da direção nacional da Associação Nacional dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) é desde o último sábado, 17 de setembro, o novo secretário-geral da FIAMC (Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos) sediada no Vaticano.

A eleição culminou o XXVI Congresso Mundial da FIAMC, que congrega as associações médicas católicas internacionais. O congresso, entre 15 a 17 de Setembro no Instituto Augustinianum, de Roma, decorreu sob a forma de curso de formação humanista cristão de pós-graduação com o tema “Medicina: restauradora ou transformadora? A missão do médico cristão”.

De acordo com um comunicado enviado ao 7MARGENS, o médico e investigador belga Bernard Ars mantém-se à frente dos destinos da associação mundial, uma vez que foi reeleito presidente da FIAMC, para um mandato de quatro anos.

Durante o Congresso, a AMCP distinguiu Caroline de Souza, médica bacteriologista indiana de Goa, com o Prémio Internacional de Ética e Deontologia João XXI. Esta médica frequentou em Bombaim um curso de Bioética que é regularmente organizado pela associação congénere da União Indiana e a distinção premiou o trabalho “Grandes avanços biomédicos: desafios éticos, deontológicos, atenuação de conflitos: Uma visão geral”, no qual a médica goesa analisa vários temas das áreas medicina restaurativa, do consentimento informado e da reprodução artificial.

“Alguns dos principais avanços biomédicos tiveram um profundo impacto nas nossas vidas, afectando os nossos caminhos desde o nascimento (e antes) até à morte (e depois). Muitos destes avanços levantam sérias questões éticas, preocupações deontológicas. Este documento pretende destacar algumas delas, residindo especificamente sobre aqueles avanços que têm impacto no tecido moral da sociedade”, escreve Caroline de Souza na apresentação da sua investigação, refere o mesmo comunicado.

A AMCP atribuiu o Prémio Internacional de Bioética e Deontologia Médica João XXI pela primeira vez em 1954, no VI Congresso da FIAMC, realizado em Dublin. O galardão, sempre entregue nos congressos internacionais, “distingue profissionais da Medicina que se destacam no estudo e investigação nas áreas da Bioética e da Deontologia Médica, em diferentes países, com trabalhos apresentados e/ou publicados nesses domínios”, diz o documento. A designação do prémio homenageia o Papa João XXI, o português Pedro Hispano, que foi médico, teólogo, matemático e professor e teve um dos pontificados mais curtos da história: foi Papa entre Setembro 1276 e Maio de 1277, quando morreu por acidente.


Sem comentários:

Enviar um comentário