Uma questão de "sobrevivência"
O patriarca caldeu Louis Raphael I Sako defende que não há nenhum elemento que possa “impedir” a “fusão” entre a Igreja Caldeia e a Igreja Assíria do Oriente sob a comum denominação comum de “Igreja do Oriente”. Numa mensagem intitulada “unidade e pluralidade da Igreja”, relançou o objetivo da unidade entre as diferentes denominações cristãs para proteger e “garantir a sua própria sobrevivência” no Médio Oriente, avançou esta terça-feira, 20 de setembro, a Asia News.
O mesmo, refere o cardeal no seu texto, é válido para a Igreja Siríaca Católica e Ortodoxa com o nome de Igreja Siríaca de Antioquia, e para todas as outras realidades que “partilham uma terra comum, liturgia, língua, património e história”.
A unidade entre as Igrejas tem sido um tema recorrente nas declarações públicas do patriarca caldeu, que considera que “é possível estudar este ‘projeto unitário’ através de um diálogo corajoso”. A sua unidade na fé é “real, não fictícia – sublinha o representante religioso – e é em primeiro lugar uma ‘unidade teológica’ baseada na Trindade e em Deus Pai.” “O ecumenismo – continua- reside na diversidade e no pluralismo. Começa dentro de uma paróquia, uma diocese, um patriarcado e depois entre as próprias Igrejas”.
Sako reconhece que, para concretizar esta unidade, é necessária “uma nova visão para as Igrejas”, uma “formação do clero” e uma maior “abertura” aos padres e fiéis. E ainda o reconhecimento dos “sinais” do amor de Deus para que este caminho seja feito em “unidade, amor, serviço e testemunho”. É preciso, também, não “temer os desafios” ou as críticas.
“Devemos fortalecer a presença cristã neste turbulento Médio Oriente – conclui – e acabar com o fanatismo e egoísmo eclesiástico, assim como nacional e étnico”.
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