El presidente sandinista de Nicaragua, Daniel Ortega, se ha dirigido a la Iglesia Católica como responsable de un "golpe de Estado" y a sus representantes como "asesinos".
"Una dictadura y una tiranía perfecta": así se ha referido el mandatario de Nicaragua Daniel Ortega a la Iglesia Católica durante la celebración del 43 aniversario de la policía nacional desde la cadena de televisión nicaragüense Telenica Canal 8.
Ortega, que en la misma alocución se definió como "católico", ha acusado a la Iglesia de cometer "miles de crímenes" a manos de "a Inquisición", donde según él "quemaban y asesinaban al que no pensaba como ellos".
"La Santa Iglesia Católica quemando, matando, incinerando, persiguiendo, organizando cruzadas para asesinar a los que no compartían su credo. Bendiciendo y dando una santa ordenanza cuando los conquistadores invadieron nuestras tierras", sentenció.
El mandatario aprovechó para afirmar que la Iglesia "se corrompió, denigró y mancho a Cristo", acusando a "obispos y sacerdotes" que "aprovechándose de su investidura, en vez de asumir una actitud cristiana, asumieron una actitud terrorista".
El gobernante centró su discurso en acusar a la Iglesia de colaborar con un "golpe de Estado" en Nicaragua, en base al supuesto apoyo que sacerdotes y obispos prestaron a las protestas que tuvieron lugar en 2018.
Los manifestantes "salían de las iglesias, no de todas, armados para lanzar los ataques contra los cuarteles de policía y algunos curas llamando a la gente (para) que me metieran plomo", acusó Ortega.
"Un golpe de estado, una institución como la Iglesia católica, utilizando a sus obispos aquí en Nicaragua para dar un golpe de Estado. ¿Desde cuándo los curas están para dar un golpe de Estado?", acusó.
Tras llegar a referirse a los religiosos como "asesinos", Ortega acusó a la Iglesia de ser una institución donde "todo es impuesto" y de ser "una dictadura, una tiranía perfecta".
En este sentido, demandó que los sacerdotes y obispos "empiecen a elegir con el voto al Papa, a los cardenales y a los obispos", en lo que para él sería "una revolución", "que al Papa lo eligiera el pueblo católico del mundo".
Durante las últimas semanas se cuentan por decenas los ataques que está sufriendo la Iglesia en lo que se puede calificar como una auténtica persecución.
Uno de los episodios más sonados ha sido la retención durante más de un mes en el Palacio Episcopal del obispo de Matagalpa, monseñor Rolando Álvarez junto con otros sacerdotes y fieles.
Los compañeros del obispo fueron apresados en la cárcel El Chipote, que tiene fama de ser un centro que practica torturas. Se trata de los sacerdotes Ramiro Tijerino, José Luis Diaz, Sadiel Eugarrios y Raúl González; y de los seminaristas Darvin Leyva y Melquín Sequeira; además del camarógrafo Sergio Cárdenas. También está en esta cárcel el sacerdote Oscar Benavidez, de la diócesis de Siuna.
No es el único suceso: el Gobierno ha expulsado del país a las Misioneras de la Caridad, cerrado multitud de emisoras diocesanas y encarcelado a otros sacerdotes y presbíteros por ser considerados críticos con el régimen.
Precariedade,
salários baixos e falta de acesso à habitação são os três grandes problemas
dos jovens.
O diagnóstico foi
apresentado por Adriana Cardoso, estudante de mestrado em Ciências
Farmacêuticas, no debate ‘Políticas para uma Nova Geração’, no Centro
Cultural de Belém.
“Estica-se o que é a
juventude desde os 18 aos 35 anos. Portugal estende consecutivamente a idade
de ser jovem porque nos roubaram a capacidade de ter adultez”, afirmou a jovem 22 anos.
Segundo Adriana
Cardoso, fundadora da academia apartidária ‘A Próxima Geração’, Portugal é um
país de “reformas estruturais que culminam em nada”: “Gostaria que
pensássemos nos baixos salários como o nosso maior fator de atraso.”
Já no debate ‘Esta
economia não é para jovens?’, Carlos Oliveira, presidente da Fundação José
Neves, afirmou que enquanto sociedade é preciso “tomar as rédeas para
resolver problemas” e “envolver as empresas”.
“Somos um país que
aceita, desde 1974, que em setembro haja sistematicamente jovens sem
professores, que haja perda de competências desde a pandemia”, acrescentou.
Estas e outras
intervenções estiveram em debate na Conferência ‘Em Nome do Futuro: Os desafios da juventude’, promovida
pela Rádio Renascença e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, tendo em
vista a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023.
“O futuro se não for
pensado com esperança será mais uma fatalidade do que uma ocasião de
esperança”, disse o diretor do Conselho de Administração da Renascença, José
Luís Ramos Pinheiro.
“Falar com o coração:
Sendo verdadeiros no amor”, é o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais
2023. Inspira-se numa passagem da carta de São Paulo aos Efésios (Ef 4,15).
A sala de imprensa da
Santa Sé sublinha, em comunicado, que “o dramático contexto do conflito global”
que afeta a humanidade torna “mais necessário do que nunca que se afirme uma
comunicação não hostil”.
“Uma comunicação
aberta ao diálogo com o outro, que favoreça o ‘desarmamento integral’, que
trabalhe para desmontar a ‘psicose bélica’ que se aninha nos nossos
corações”, acrescenta a nota.
O Papa Francisco
assinalou o Dia Internacional de Consciencialização sobre Perdas e
Desperdícios de Alimentos, com várias críticas e alertas; recebeu os
participantes do congresso ‘Iniciativas na educação de refugiados e
migrantes’, a quem deixou algumas sugestões; e conversou com o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023,
D. Américo Aguiar, sobre a próxima edição internacional deste evento,
promovido pela Igreja Católica.
www.agencia.ecclesia.pt
é onde estamos todos os dias, com notícias, entrevistas e uma agenda atualizada. A partir das 15h00 temos
encontro marcado no Programa ECCLESIA, na RTP2.
Votos de uma boa
sexta-feira, e um bom final de mês na nossa companhia,
Carlos Borges
O arco temporal para
a Jornada Mundial da Juventude está a ficar cada vez mais luminoso. A faixa
etária que vem ao grande acontecimento juvenil, a realizar em Lisboa, de 01 a
06 de agosto de 2023, já sente a ansiedade dos grandes momentos.
O Centro Cultural de
Belém (CCB), em Lisboa, vai acolher, hoje, entre as 09h00 e as 13h00, uma
conferência sobre «Em Nome do Futuro: Os Desafios da Juventude».
Tendo em vista a JMJ,
a Renascença e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa promovem uma
conferência dedicada totalmente à juventude, dando destaque aos desafios
enfrentados pelos mais jovens em Portugal e às políticas de juventude das
últimas décadas.
O objetivo
conferência é debater questões “tão práticas como a dificuldade em encontrar
trabalho, os baixos salários, a dificuldade em pagar casa e viver
independentes dos pais e a possibilidade constituir família”.
O CREU-IL, centro dos
Jesuítas, no Porto, promove, esta quinta-feira , às 21h30, um debate sobre
«Igreja Católica no século XXI: novos tempos, novas realidades, novos
desafios». A iniciativa, ao estilo de diálogo, conta com a presença do bispo
auxiliar do Porto, D. Armando Esteves, o sacerdote jesuíta Carlos Carneiro e
Joana Morais e Castro.
A Tradição de dois
mil anos dá à Igreja um sentido forte de identidade. Hoje temos o desafio de
tomar consciência de como o Espírito pode estar a chamar nestes novos tempos
e circunstâncias, mas em continuidade com quem somos.
Na Igreja acreditamos
na instituição divina e no enorme bem feito, mas confrontamo-nos com a
fragilidade da vida e da história.
Propostas para hoje…
No entanto não esqueça de ver o programa ECCLESIA na RTP2, pelas 15h00. Já
sabe que pode acompanhar toda a atualidade religiosa, em Portugal e no mundo,
no site www.agencia.ecclesia.pt/portal/
“Não é uma utopia.” A frase, em letras garrafais, permaneceu durante largos minutos no ecrã gigante que servia de cenário ao palco do encontro A Economia de Francisco, enquanto o Papa Francisco, 85 anos, e Lilly Satidtanasarn, 14, assinavam um pacto pela nova economia, no sábado passado. Naquele momento, Rita, João, Leonor e Matheus sentiram exatamente o mesmo: a assinatura era de Lilly, mas todos os jovens naquela sala, incluindo eles próprios, estavam a assumir um enorme compromisso. E querem muito honrá-lo.
Rita Nascimento, gestora de projeto e aluna do programa de doutoramento em Sustentabilidade na Nova School of Business and Economics, e João Antunes, consultor na área de gestão, estratégia e recursos humanos, são dois dos 19 portugueses que participaram neste encontro que decorreu no final da semana passada. E contam ao 7MARGENS que já têm “uma série de ideias a fervilhar para pôr em prática” e estão ansiosos por contagiar outros com o “bichinho” da nova economia.
Casados, pais de 3 filhos, Rita e João arriscam dizer que o seu caminho n’A Economia de Francisco começou antes mesmo de saberem que o movimento existia. “Sobretudo desde que nasceram os miúdos, fomos impelidos a fazer algumas mudanças na nossa vida, em coisas práticas do dia a dia, nomeadamente na utilização de produtos sustentáveis”, explica Rita, 33. Um caminho que culminou na criação, durante a pandemia, de um pequeno negócio de venda online desses mesmos produtos, a Treedhis, e em que cada venda contribuía para a plantação de árvores em diferentes partes do mundo.
Agora, e também inspirados pela participação neste encontro, querem levar a marca mais longe e apostar sobretudo na educação e formação para, tal como ensinaram os seus filhos a serem mais amigos do ambiente e a cuidar da nossa “casa comum”, poderem ensinar muitas outras crianças.
Souberam da iniciativa do Papa e do encontro em Assis há apenas alguns meses, através da universidade onde Rita trabalha e estuda, e no início pensaram que seria algo “mais restrito”. “Viemos depois a perceber que não só iríamos aprender muito, como até poderíamos acrescentar alguma coisa com a nossa experiência”, explica João, de 35 anos.
“Somos católicos, temos formação na área da economia e gestão, fizemos ambos parte da AIESEC [a maior organização de estudantes do mundo] e, no fundo, encontrámos neste movimento uma forma de juntar duas dimensões muito importantes da nossa vida”, acrescenta Rita.
O mesmo pensou Leonor Távora, 36, religiosa das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, quando a irmã provincial da congregação lhe telefonou para convidá-la a juntar-se a este movimento. Licenciada em Economia e Gestão, trabalhou cinco anos como consultora num banco. Ao mesmo tempo, estava envolvida em vários projetos de voluntariado, e foi num deles que conheceu as Escravas do Coração de Jesus e o trabalho que elas desenvolviam no Bairro da Fonte da Prata (na Moita). Ali, começou por dar aulas de português a estrangeiros que acabavam de chegar ao nosso país e acompanhou alguns moradores nas dificuldades que tinham com os seus pequenos negócios. “Fui-me apaixonando pelas pessoas daquele bairro e pela missão das irmãs… E a maneira que encontrei de responder a tanto amor que recebia, e ao meu desejo de me aproximar mais de Deus, foi a de viver em comunidade e dedicar a minha vida ao serviço dos outros como Escrava”, justifica.
Depois de ter entrado para a congregação, propuseram-lhe que fosse estudar Teologia e Filosofia para Paris, na universidade dos jesuítas, de modo a ficar melhor preparada “para acompanhar as pessoas espiritualmente, e ajudá-las a encontrar um sentido para as suas vidas”. Foi , assim, quando estava em França (mais propriamente em Taizé), que recebeu o convite para participar na Economia de Francisco. “Para mim, foi como um presente, porque já muitas vezes tinha procurado ligar a Fé ao trabalho como economista e nem sempre tinha sido fácil”, refere a irmã Leonor.
Uns meses depois, surgia a pandemia de covid-19, obrigando a adiar o encontro global da Economia de Francisco, e a substituí-lo por encontros online. “Eu estava tão ocupada nos estudos que achei que a minha colaboração com o movimento poderia ser mais a nível da investigação”, recorda Leonor. “Então, fui estudar João Crisóstomo, considerado o fundador da Doutrina Social da Igreja e tentar perceber como é que este homem poderia iluminar o nosso tempo, ele que nas suas homilias falava tanto de esmola, e convidava a ajudar os mais pobres e a nunca se separar deles.”
Um convite que o Papa Francisco renovou durante o encontro em Assis, no seu discurso aos jovens. “Uma frase que ficou mesmo a ressoar em mim foi precisamente a de que A Economia de Francisco não existe se os pobres não estiverem no centro”, refere Leonor Távora. “E nesse sentido, dado o contexto em que vivemos, avizinha-se um ano difícil, por isso o desafio agora é sobretudo estar atenta.”
Leonor tem também a grande responsabilidade de partilhar com as restantes irmãs de toda a província da Europa Atlântica (que inclui Portugal, Inglaterra, França e Irlanda) aquilo que viu e ouviu. “Sendo nós uma congregação, muito da Economia de Francisco já o vivemos, é verdade, mas há sempre algum passo mais que pode ser dado, e é isso que agora nos cabe também descobrir, nós que temos contactos com tantos jovens e famílias em 24 países do mundo, vários edifícios, dinheiro no banco… ”
E o melhor é que “ninguém está sozinho” e neste encontro Leonor percebeu isso claramente. “O estar com as pessoas que até agora só tínhamos conhecido virtualmente, poder conhecê-las, tocar-lhes… ajudou-me a perceber que isto é real. E cada um de nós pode contar com esta rede que se criou”, refere.
Matheus Belucio, 29 anos, concorda. Há seis anos a viver em Portugal, este brasileiro com ascendência madeirense é aluno do doutoramento em Economia na Universidade de Évora e investigador da Economy of Francesco Academy,
Matheus está a estudar o impacto da economia no turismo religioso católico e a influência da caridade na ecoeficiência dos países e, neste encontro, teve oportunidade de encontrar-se presencialmente pela primeira vez com o investigador “sénior” que está a orientar o seu trabalho da academia e ouvir as suas “preciosas sugestões”.
Mas houve outro encontro que o marcou particularmente. É que, enquanto Francisco e Lilly assinavam o pacto pela nova economia, Matheus estava a pouco mais de um metro de distância. Ele foi um dos selecionados para ocupar os lugares no palco, junto ao Papa, e teve oportunidade de cumprimentá-lo no final.
“Este encontro pessoal marcou-me muito, não tenho palavras para descrever o que senti. Foi incrível o sorriso com que o Papa me acolheu, surpreendido quando lhe disse que era brasileiro… porque eu levava uma t-shirt da JMJ Lisboa 2023!”.
Francisco ofereceu a cada jovem que estava no palco um terço benzido por si, e Matheus não foi exceção. Mas não vai guardá-lo para si. “No espírito d’A Economia de Francisco, vou levá-lo para a Comunidade Shalom a que eu pertencia no Brasil e encontrar forma de ele ficar lá exposto, para que outros jovens possam vê-lo e sentir-se inspirados como eu me sinto”, explica.
“Para quem acompanhou o movimento desde o início, percebo que o encontro do Papa tenha sido uma emoção ainda maior. Mas mesmo para nós, que chegámos há pouco tempo, foi uma emoção muito grande, e a confirmação de que isto é mesmo liderado pelo Papa e ele quer levar isto para a frente connosco”, afirma Rita. João completa: “E nós comprometemo-nos a ir à luta, a tentar mudar efetivamente alguma coisa”.
Até porque, sublinha Matheus, “todos somos agentes para mudar o mundo, e a nossa caridade, seja sob que forma for, vai ter impacto no planeta”.
Stephen Barr, profesor emérito de Física y Astronomía en la Universidad de Delaware, es presidente de la Society of Catholic Scientists, una asociación internacional nacida en 2016 y que ya cuenta con 1.800 socios científicos en 55 países. Casado y padre de cinco hijos, desde hace un par de años se dedica a tiempo completo a esta asociación, a impulsar la creación de grupos locales -está naciendo el capítulo español de la Society- y a difundir su mensaje, que siempre combina inteligencia y buen humor.
En las salas del Instituto Cultura y Sociedad de la Universidad de Navarra, a mediados de septiembre, se reunieron unos 50 científicos llegados de toda España para el primer congreso español de la Sociedad de Científicos Católicos y Barr comprobó que también en España hay una gran necesidad de juntar a los científicos con fe (y gran alegría cuando se hace).
- ¿Cuál es el mensaje de la Sociedad de Científicos Católicos?
- Damos al mundo el mensaje de que hay armonía entre ciencia moderna y fe católica. Nuestra asociación no da posiciones oficiales sobre temas ambientales, energéticos, de política pública... De hecho, no tenemos posición oficial sobre casi nada. No queremos ser instrumentos de la agenda de otros. Nuestra agenda es mostrar esta armonía entre ciencia y fe. Y cada vez más hacemos cosas de divulgación en ámbitos educativos, con estudiantes de secundaria.
- ¿La asociación puede trabajar preguntas extrañas, sobre extraterrestres, milagros, almas...?
- Las preguntas extrañas y originales no nos molestan. De hecho, son las que más nos gustan. Son los temas apasionantes donde se encuentran la teología, la ciencia, la filosofía... Nos encanta hablar de los orígenes del ser humano, la inteligencia artificial, como podría ser -o no- la vida extraterrestre, qué sabemos del alma, el transhumanismo, los milagros...
- Los milagros, ¿no ponen nerviosos a los científicos?
- Es un tema que tratamos mucho en la asociación y no debería poner nerviosos a los científicos católicos. Los católicos creemos en los milagros, y cosas asombrosas como la Resurrección de Cristo, la de todos los muertos, el parto virginal de María... Nuestros socios son científicos, saben que el universo tiene leyes, pero también saben que Dios puede hacer milagros. Nos parece que eso tiene sentido.
- Eso lleva a reflexionar sobre las leyes de la naturaleza... y sus límites...
- Nosotros creemos que las leyes de la naturaleza son leyes dadas por Dios. Lo curioso es que los ateos no se pregunten el porqué hay leyes en la naturaleza. ¿No es asombroso que esas leyes estén ahí? Dios es el legislador que da las leyes, y a veces puede saltárselas o hacer excepciones. Suponemos que cuando hace excepciones es por razones importantes, especialmente por la salvación eterna de los hombres. Los milagros no se hacen 'porque sí', tienen un mensaje, por eso la Biblia les llama 'signos' o 'señales'.
- Pero si hay milagros, ¿no dificulta eso la ciencia?
- Vale, sobre esto hay un chiste que dice: 'No dejes que Moisés se meta en tu laboratorio si estudias la hidrodinámica". Un bioeticista religioso decía que, si los milagros existieran, la ciencia sería imposible porque eso rompería con la capacidad de la ciencia de hacer predicciones sobre la naturaleza.
» Pero la realidad ha demostrado que eso no es así. Miles de científicos han hecho buena ciencia creyendo en los milagros, durante siglos. James Maxwell, un gigante del electromagnetismo, o Newton, creían en Dios y en milagros, y no les impidió detectar leyes en la naturaleza.
» De todas formas, si nos fijamos, los milagros suelen darse en un entorno religioso, en santuarios, cuando se reza... Los católicos no creen en Dios por los milagros, pero sí creemos que los milagros son posibles porque Dios, y sólo Dios, puede hacer que pasen cosas que contravienen a las leyes naturales.
» En cambio, de otros muchos temas, como la adivinación, ver el futuro, extrañas energías, etc... desde el catolicismo probablemente diremos que es superstición, precisamente porque las leyes naturales no lo permiten.
Congreso de Científicos Católicos de septiembre 2022 en el ICS de la Universidad de Navarra.
- ¿Y sobre los extraterrestres? Hay cristianos que se ponen muy nerviosos con el tema y dicen que no pueden existir porque lo deducen de Santo Tomás o de textos escolásticos...
- Bueno, la Iglesia no tiene magisterio sobre el tema. Podemos especular. Si hubiera especies extraterrestres con razón y voluntad, con almas espirituales, diríamos que también están hechas a imagen de Dios. Y significaría que existen por un acto especial creador de Dios. Probablemente, tiene sentido pensar que Dios les amaría como a nosotros. Si te gustan las flores, plantas muchas y diversas. Si te gustan los niños, tienes muchos. Que Dios cree otras razas no significa que te quiera menos a ti. Pero, claro, surgen preguntas teológicas...
- ¿Preguntas teológicas sobre extraterrestres?
- Sí. Por ejemplo, ¿necesitan salvarse? Y si necesitan salvarse, ¿cómo les salvaría Dios? Dios se hizo hombre, tomó carne humana, para salvar a los hombres. ¿Y a otras especies? Santo Tomás de Aquino planteó la pregunta de si Dios pudo haberse encarnado más veces con cuerpo humano: dice que no lo hizo, pero que tenía poder para hacerlo. No creo que Santo Tomás objetara a otra encarnación en otra especie.
» Jesús es un segundo Adán. Los Padres de la Iglesia decían que lo que no se asume no se redime. Por otra parte, C.S.Lewis, en su primera novela de Ransom, Fuera del Planeta Silencioso, presenta una raza extraterrestre que no tiene pecado original, nunca pecó. Pero incluso así Dios podría querer encarnarse en una raza así para compartir con ellos más intimidad y comunión. Son todo hipótesis, pero muy estimulantes.
- Muchas de estas preguntas originales se intentan encajar y responder con la Biblia...
- Sí, pero el tema de la Biblia es la salvación de los hombres, trata de cómo salvarnos nosotros. La Biblia no trata de los dinosaurios o la termodinámica o los extraterrestes.
- ¿Qué otros temas curiosos plantea la gente?
- Es muy común plantear el tema de Adán y Eva, el pecado original y el origen del hombre. Lo que también lleva a hablar de la mente humana. ¿La mente se parece a un ordenador? De hecho, los científicos aún se preguntan ¿qué es exactamente la inteligencia?
» Y ¿tenemos libre albedrío? En los años 90 se hizo famoso el experimento de Libert Benjamin que supuestamente probaba que los seres humanos no tienen libertad, a base de ver qué partes del cerebro generan electricidad al tomar según qué decisiones. Parecía que el cerebro se activaba antes, "decidiendo" por su cuenta, y sólo después la persona pensaba haber decidido. Pero luego los experimentos de Aaron Schurguer mostraron que la actividad eléctrica en el cerebro no tenía que ver con tomar decisiones.
- ¿Tienen ustedes estudios o debates sobre experiencias místicas?
- Es un tema interesante pero aún no hemos trabajado mucho ese tema.
Un descanso en el Congreso de Científicos Católicos de septiembre 2022 en el ICS de la Universidad de Navarra.
- ¿Quién acude a los encuentros de la Sociedad de Científicos Católicos?
- Para ser socio hay que ser católico practicante y doctor en ciencias. Pero para venir a nuestras convenciones y debatir o dar conferencias no hace falta. Invitamos a gente muy variada. Hace no mucho vino Robert Berwick, que es judío, e hizo un libro con Noam Chonsky titulado Why only us, sobre por qué sólo los humanos tenemos lenguaje, que es algo muy distinto a las comunicaciones animales. Hay ateos que dicen: "sólo hay una cierta diferencia de grado". Pero Berwick dejó claro que no, que hay una diferencia radical, una exclusividad de lo humano.
- ¿Qué encuentran los científicos que se apuntan a la Sociedad de Científicos Católicos?
- Los que van a nuestras convenciones y encuentros se muestran luego entusiasmados. Dicen: "es la primera vez en mi vida que he estado en una habitación con 150 personas que son como yo, científicos y también católicos; por primera vez me sentí como un pez en el agua; pude ser yo mismo como nunca antes". Sin la asociación, muchos católicos de vocación científica no sentirían eso. Los que no pueden acudir a eventos personales, hacen contactos también, porque tienen acceso a la lista de socios de su zona. Y pueden participar en foros online y otras actividades. A medida que tenemos más socios, es más fácil hacer cosas y reunirlos.
Hay que hacerse socio de la Society of Catholic Scientists para poder formar parte de su capítulo en España. Un miembro regular ha de tener un doctorado en ciencias naturales (o matemáticas, y ciertos campos de la informática) y paga una cuota de 49 dólares anuales. Declara ser "católico practicante en plena comunión con la Iglesia". Un miembro estudiante o asociado tiene otro título o trabaja en ello y su cuota es de 25 dólares anuales.
A propósito do dia
mundial do turismo que se assinalou ontem, a Pastoral do turismo divulgou uma
nota
onde apresenta a “riqueza” desta atividade humana como via que facilita o
contacto com várias culturas e sensibilidades. Viajar, conhecer diferentes
culturas e a sua história é um caminho que ajuda a edificar uma cultura
pacífica assente no respeito pelo outro, como disse o Padre Miguel Neto em entrevista
ao programa Ecclesia.
O Vaticano, através do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano
Integral, também divulgou uma mensagem
onde afirma que “a atividade turística, como verdadeira indústria, deve ser
levada a cabo segundo princípios de equidade e transformação social. Isso
acontece, por exemplo, quando os direitos laborais de quem trabalha no setor
são respeitados, a todos os níveis e em todos os países”, escreve o cardeal
Michael Czerny, prefeito daquele Dicastério.
Portugal vai participar no congresso mundial do setor, que decorre em
Santiago de Compostela (Espanha), de 5 a 8 de outubro, com o tema ‘Turismo e
Peregrinação: Caminhos de Esperança’.
Esta tarde em Lisboa,
tem lugar mais uma sessão
do ciclo de conferências promovido pela União das Misericórdias Portuguesas.
Manuel de Lemos, o vice-presidente da UMP, Manuel Caldas de Almeida, o
provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e a presidente do
Conselho Metropolitano de Lisboa, Carla Tavares, refletem sobre as
publicações ‘Envelhecer’ e ‘MA(i)SAD’ que serão divulgadas na ocasião. Este
ciclo de debates centra-se nos desafios do setor social e tem a sua ultima
sessão no dia 4 de outubro.
Esta tarde na RTP2, o
programa Ecclesia sublinha a oferta formativa da Faculdade de Teologia da
Universidade Católica Portuguesa. O professor Alfredo Teixeira destaca o
curso não graduado, “Francisco e a Questão Moral”.
O “Grândola, vila jazz” está de
volta! em dose dupla!!
Depois de uma pausa nos meses de verão, a temporada 2022
do “Grândola, vila jazz” regressa em dose dupla.
Dia 30 de setembro, o Bruno Santos “Almmond 3” promete uma grande noite
de jazz, num dos formatos mais icónicos do universo do jazz — guitarra,
bateria e o órgão Hammond.
No dia 1 de outubro — Dia Mundial da Música — é a vez do “Trio Los
Quatro” se apresentar no palco do Cineteatro Grandolense. Este
quarteto, nascido no seio da escola de música Luiz Villas-Boas, do Hot
Club, composto por jovens talentos, tem a particularidade de ter na sua
constituição o jovem músico da casa, o Raul Areias, na bateria.
O Papa Francisco com José Tolentino Mendonça na Biblioteca Apostólica do Vaticano, onde até agora o cardeal português era o máximo responsável. Foto: Direitos reservados/via Ecclesia
O cardeal português José Tolentino Mendonça foi nomeado pelo Papa Francisco, nesta segunda-feira, 26, para o cargo de prefeito do novo Dicastério para a Cultura e a Educação (DCE), tal como o 7MARGENS antecipara em primeira mão na sexta, 23.
De acordo com a notícia do portal Vatican News, o Papa nomeou ainda o padre Giovanni Cesare Pagazzi como secretário do DCE e o bispo Angelo Vincenzo Zani como arquivista e bibliotecário da Santa Sé, substituindo assim o cardeal Tolentino, que desempenhava este cargo desde Setembro de 2018.
Numa nota publicada na página oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em visita oficial aos Estados Unidos (costa Oeste), manifestou o seu “mais profundo regozijo pela nomeação”, expressando ainda “o reconhecimento do Homem com um exemplar percurso de Fé e vulto maior da cultura contemporânea, promovendo sempre o diálogo com a densidade espiritual, intelectual e humana por todos testemunhado.”
O PR afirma-se ainda “amigo e admirador de longos anos”, e destaca, no novo responsável do DCE do Vaticano, o seu permanente “facilitador de encontros”, como o próprio cardeal Tolentino se definiu. “O Chefe do Estado em seu próprio nome e em nome de todos os portugueses deseja as maiores venturas para o exercício de tão relevantes funções”, conclui a nota.
Também o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, afirmou que a nomeação do cardeal português é “o reconhecimento de uma grande personalidade da cultura portuguesa”.
De acordo com a agência Lusa, citada pela Rádio Renascença, o ministro acrescentou: “É mesmo uma grande satisfação do ponto de vista pessoal e um reconhecimento da sua singularidade, não apenas em Portugal, mas no contexto da Igreja Católica. É uma decisão que nos deixa a todos, portugueses, muito contentes.”
A actual editora de Tolentino Mendonça, a Quetzal, divulgou também um comunicado no qual “assinala o seu regozijo pela nomeação de José Tolentino Mendonça para estas importantes funções no Vaticano” e adianta que, em Novembro, publicará o novo livro de José Tolentino Mendonça, Metamorfose Necessária. Reler São Paulo, “um ensaio sobre o apóstolo e o seu contributo para os tempos presentes”.
Fruto de um trabalho de investigação de vários anos, o livro apresenta “de forma luminosa” a figura de São Paulo, cujos “textos são um clássico não só da religião, mas também da civilização ocidental”.
Tolentino Mendonça, 56 anos, assume deste modo um dos novos organismos do Vaticano, resultante da reforma da Cúria Romana promulgada pela constituição apostólica Praedicate Evangelium (PE).
O DCE é ainda resultado da fusão do ex-Conselho Pontifício para a Cultura e da ex-Congregação da Educação Católica.
Duas secções
Na constituição, estabelece-se que o novo Dicastério “trabalha para o desenvolvimento dos valores humanos nas pessoas dentro do horizonte da antropologia cristã, contribuindo para a plena realização do seguimento de Jesus Cristo”.
O Dicastério tem duas secções, correspondente aos dois sectores que herda: a de Cultura, que se dedica “à promoção da cultura, à animação pastoral e à valorização do património cultural”; e a de Educação, “que desenvolve os princípios fundamentais da educação com referência às escolas, institutos superiores de estudos e pesquisas católicos e eclesiásticos e é competente para os apelos hierárquicos em tais matérias”.
Como responsável máximo por estas áreas, o cardeal português terá sob a sua coordenação, no campo educativo, a rede escolar católica do mundo inteiro, com 1360 universidades católicas e 487 universidades e faculdades eclesiásticas com 11 milhões de alunos e outras 217 mil escolas com 62 milhões de crianças.
Na área da Cultura, o novo responsável coordenará o diálogo da Igreja universal com o mundo da cultura – não só a literatura ou as artes e o património, como também o desporto, a ciência e a Inteligência Artificial. Ao mesmo tempo, a constituição PE refere que, sob a sua alçada, estão também a Academia Pontifícia de Belas Artes e Letras dos Virtuosos do Panteão; a Academia Pontifícia Romana de Arqueologia; a Academia Pontifícia de Teologia; a Academia Pontifícia de São Tomás; a Academia Pontifícia Mariana Internacional; a Academia Pontifícia Cultorum Martyrum; e a Academia Pontifícia de Latinidade.
Nascido no Machico (Madeira) em 1965, padre desde 1990, bispo desde 2018 e nomeado cardeal em Outubro de 2019, Tolentino Mendonça é reconhecido sobretudo pelo seu trabalho de exegeta bíblico, em cuja especialidade se doutorou, e de poeta. A sua tese de doutoramento foi publicada com o título A Construção de Jesus (Paulinas), enquanto a sua poesia está reunida numa antologia com o título A Noite Abre Meus Olhos (Assírio e Alvim).
Ao longo da sua vida de padre, Tolentino Mendonça foi capelão, director da Faculdade de Teologia e vice-reitor da Universidade Católica, capelão da Capela do Rato, em Lisboa, reitor do Colégio Pontifício Português, em Roma, e director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
Em 2018, o Papa convidou-o, por sugestão do cardeal Gianfranco Ravasi, a quem Tolentino vai suceder, para orientar o retiro quaresmal da Cúria Romana. Pouco depois nomeou-o arcebispo e, um ano mais tarde, cardeal.
Tolentino Mendonça foi ainda vencedor, em 2020, do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, atribuído pelo Centro Nacional de Cultural, em parceria com a rede Europa Nostra, e que pretende promover a divulgação do património cultural. No mesmo ano, Marcelo Rebelo de Sousa nomeou-o como presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.