Papa aceitou renúncia de D. António Vitalino no dia em que este completou 75 anos
Beja, 03 nov 2016 (Ecclesia) - D João Marcos sucede a partir de hoje D.
António Vitalino como bispo da Diocese de Beja, após o Papa ter
aceitado a renúncia deste último, revelou a Nunciatura Apostólica em
carta enviada à Agência ECCLESIA.
O Papa aceitou a renúncia de D. António Vitalino no dia em que este
completou 75 anos, em conformidade com o cânone 401 do Código de Direito
Canónico, o qual determina o pedido de resignação do bispo diocesano
que atinja essa idade.
D. João Marcos tinha sido nomeado por Francisco como coadjutor da
diocese alentejana a 10 de outubro de 2014, com direito de sucessão.
A mudança é automática, de acordo com o cânone 409 do Código de Direito
Canónico: “Vagando a sé episcopal, o bispo coadjutor torna-se
imediatamente bispo da diocese para a qual fora constituído, contanto
que já tenha tomado posse legitimamente”.
O novo
bispo de Beja, de 67 anos, é natural da Diocese da Guarda; frequentou
os seminários do Patriarcado de Lisboa, sendo ordenado sacerdote a 23 de
junho de 1974 por D. António Ribeiro; a ordenação episcopal aconteceu a
23 de novembro de 2014, sob a presidência de D. Manuel Clemente,
cardeal-patriarca.
D. João Marcos frequentou, para além do curso teológico no Instituto
Superior de Estudos Teológicos do Patriarcado, o curso de pintura na
Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, hoje Faculdade de Belas Artes
da Universidade de Lisboa.
Pároco entre 1974 e 2002 e membro do Conselho Pastoral do Patriarcado
de Lisboa a partir de 2001, o novo bispo foi nomeado cónego da Sé de
Lisboa em 2003; fez várias experiências de itinerância como membro do
Caminho Neocatecumenal, nomeadamente em Évora (1981-1983), em Dublin
(1984) e em Porto Velho, Manaus e Belém do Pará (Brasil, 1985).
Os temas
da formação sacerdotal e da representação iconográfica da Liturgia da
Bíblia preenchem as principais publicações da autoria de D. João Marcos.
A sua nomeação como coadjutor respondeu a um pedido feito por D.
António Vitalino, que em diversas ocasiões se manifestou sobre a
necessidade de contar com um bispo coadjutor a quem possa confiar a sua
missão quando atingisse os 75 anos.
Um bispo coadjutor é nomeado por iniciativa da Santa Sé e, ao contrário
dos bispos auxiliares, goza do direito de suceder ao bispo diocesano
quando este cessa as suas funções.
No início do ano pastoral, D. António Vitalino e D. João Marcos
enviaram uma mensagem à diocese, na qual explicavam que o programa de
2016/2017 iria ficar “marcado pela mudança”.
OC
in
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