Foto: Lusa |
Francisco pede continuidade deste «estilo» de ser cristão após o Jubileu
Cidade do Vaticano, 30 nov 2016 (Ecclesia) - O Papa Francisco encerrou
hoje no Vaticano o ciclo de catequeses que pronunciou sobre as 14 obras
de misericórdia, corporais e espirituais, que a Igreja Católica propõe
aos seus fiéis, pedindo continuidade deste “estilo” de ser cristão.
“As catequeses acabam aqui. Fizemos o percurso das 14 obras de
misericórdia, mas a misericórdia continua e devemos exercitá-la nesses
14 modos”, declarou, perante cerca de 7 mil peregrinos reunidos na sala
de audiências Paulo VI.
A intervenção centrou-se nas obras de misericórdia que convidam a “rezar pelos vivos e pelos mortos” e a sepultar os defuntos.
Francisco elogiou, neste contexto, todos os que arriscam a vida para
enterrar quem morre nas zonas de guerra, “com bombardeamentos que
semeiam medo e vítimas inocentes, dia e noite”.
“Esta obra é tristemente atual”, acrescentou.
O Papa sublinhou que, para os cristãos, a sepultura é um “ato de piedade”, de “fé e esperança na ressurreição dos mortos”.
A intervenção abordou depois os “muitos modos” de rezar pelo próximo,
como as mães e os pais que abençoam os filhos antes de sair de casa, a
oração pelas pessoas doentes ou a “intercessão silenciosa”, às vezes com
lágrimas.
Francisco contou um episódio ocorrido no dia anterior, de um jovem
empresário que participou na Missa matinal na capela da Casa Santa
Marta.
Após a celebração, chorando, o empresário disse ao Papa que deveria
fechar a fábrica devido à crise, mas caso isso acontecesse, 50 famílias
ficariam sem trabalho.
“Eis um bom cristão”, disse o pontífice, elogiando a decisão de não declarar falência e ficar com o dinheiro.
Concluindo as catequeses sobre a misericórdia, Francisco pediu um
esforço a rezar uns aos outros para que as obras de misericórdia
corporais e espirituais se tornem cada vez mais o “estilo” da vida da
Igreja.
Após a catequese semanal, o Papa saudou os membros da Federação dos Institutos de Atividades Educativas, na Itália.
“Convido-vos a continuar no caminho de apoio às escolas católicas, para
que seja sempre salvaguardada a liberdade de escolha educativa dos pais
para os seus filhos”, apelou.
OC
in
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