Religioso francês morreu na Argélia e foi beatificado em 2005
Cidade do Vaticano, 30 nov 2016 (Ecclesia) - O jornal do Vaticano,
‘L’Osservatore Romano’, recordar na sua edição desta quarta-feira o 10.º
aniversário do assassinato do Beato Charles de Foucauld, morto aos 58
anos por um grupo armado no Saara argelino.
“O religioso passará aos olhos da história como um dos mais importantes
da sua geração, atravessando dois séculos”, pode ler-se no texto
central das duas páginas dedicadas a Charles de Foucauld.
O jornal recorda
que a primeira biografia sobre o religioso francês foi escrita em 1923,
por René Bazin, que “consagrou a sua posteridade espiritual” de
“personalidade fora do comum”, com uma obra “prolífica”.
Charles de Foucauld foi beatificado a 13 de novembro de 2005, na
Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo cardeal português D. José
Saraiva Martins, então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos
(Santa Sé), no pontificado de Bento XVI.
Nascido em Estrasburgo (França), a 15 de setembro de 1858, o religioso
empreendeu em 1883 uma afortunada expedição no deserto de Marrocos que
lhe valeu a medalha de ouro da Sociedade de Geografia; converteu-se em
1886 e foi ordenado sacerdote em 1901 em Viviers, tendo decidido partir
para Beni-Abbès, no deserto argelino, perto da fronteira com Marrocos.
Acompanhou militares pelas montanhas do Hoggar, junto dos Tuaregues, um
povo nómada e hostil aos franceses; em 1909 regressa a Tamanrasset onde
fica até à sua morte, apesar da instabilidade provocada pela I Guerra
Mundial.
Foi sequestrado por um grupo de rebeldes e assassinado (1 de dezembro de 1916) por um grupo de tuaregues senussi.
Em Portugal, a Comissão de Arte Sacra da Diocese de Setúbal (CDASS) vai
inaugurar a exposição ‘Nazareth. Pinturas de L. Sadino no centenário da
morte de Charles de Foucauld’, pelas 17h30, a 1 de dezembro, na
Biblioteca Pública Municipal sadina.
A mostra pretende “dar a conhecer a vida, a figura e a espiritualidade” do beato francês.
Organizado pelo CDASS e a Comunidade de Setúbal da Fraternidade dos
Irmãos de Jesus, os 30 trabalhos podem ser visitados gratuitamente até 4
de janeiro de 2017, de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 19h00, e aos
sábados, das 14h00 às 19h00.
No âmbito do encerramento da exposição vai ser exibido o filme ‘Des
hommes et des Dieux’ (Dos homens e dos deuses, 2010) a partir das 18h00,
na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, e vai comentado pelo
jornalista Mário Augusto.
Charles de Foucauld ficou conhecido como o “irmão universal” pela sua
vivência como monge eremita, no deserto do Saara, em respeito pelas
outras religiões.
A sua vida deu origem a dez congregações religiosas, entre as quais as
fraternidades dos Irmãozinhos e Irmãzinhas de Jesus, criadas depois da
sua morte.
CB/OC
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