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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Contra a corrente, rezar, rezar!


(Nós, os pais, temos de ter os olhos bem abertos, para descobrirmos quando se turva o olhar dos nossos filhos e das nossas filhas. Há momentos decisivos quando se trata de apurar esta vigilância, que não é policial mas sim amável e sorridente, despertando os nossos filhos. Não se pode estar permanentemente com um lírio na mão. Não nos podemos inibir e descarregar as nossas queixas no ambiente que se respira, pois nenhum poder terreno pode eximir-vos do vínculo da responsabilidade imposto por Deus que vos une aos vossos filhos. Quem poderá responder por vós ao Juiz eterno quando vos dirigir a pergunta: Onde estão os que Eu te dei? Que cada um de nós possa responder: Não perdi nenhum dos que me deste.

É certo que muitas vezes é preciso nadar contra a corrente. Por essa razão, se os nossos filhos não são fortalecidos na família, onde vão receber o apoio e a segurança? Onde a incredulidade difundida ou o secularismo avassalador tornam praticamente impossível um verdadeiro crescimento religioso, a família, essa Igreja doméstica, acaba por ser o único meio onde as crianças e os jovens poderão receber uma autêntica catequese.

É importante fazer das reuniões familiares momentos de oração. Como? Em primeiro lugar rezar, rezar para que as sementes de educação frutifiquem e deem frutos que os protejam dos ventos e das tempestades adversas que a vida lhes reserva. Mas rezar não chega, é preciso saber rezar e ensiná-los a fazer o mesmo por eles, por nós e por todos.

Seria errado pensar que o comum dos cristãos possa contentar-se com uma oração superficial, incapaz de encher a sua vida. Sobretudo perante as numerosas provas que o mundo atual põe à fé, eles seriam não apenas cristãos medíocres, mas cristãos em perigo: com a sua fé cada vez mais debilitada, correriam o risco de acabar cedendo ao fascínio de sucedâneos, aceitando propostas religiosas alternativas e acomodando-se até às formas mais extravagantes de superstição. Com a oração somos omnipotentes; se prescindirmos deste recurso, nada conseguiremos). *
 
Queremos que a nossa vida tenha um final feliz, daí a importância de nos agarramos à missão que temos em mãos, à nossa bússola e rumar contra ventos e marés, para levar a bom porto a barca que nos foi confiada – a nossa família. Não esquecendo que os filhos contribuem a seu modo para a nossa santificação e de pais tíbios saem filhos frios.
 
* in: AS MÃOS DE DEUS de António Vasquez

Maria do Carmo Oliveira






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