Homilia do Papa Francisco na capela da casa Santa Marta
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Na sua homilia diária na capela da casa Santa Marta Francisco disse
que “O Espírito Santo é aquele que move a Igreja. É aquele que trabalha
na Igreja, em nossos corações. Ele faz de cada cristão uma pessoa
diferente da outra, e de todos juntos faz a unidade. O Espírito Santo é
aquele que leva adiante, escancara as portas e convida a testemunhar
Jesus. Ouvimos no início da missa: ‘Receberão o Espírito Santo e serão
minhas testemunhas no mundo’. O Espírito Santo é aquele que nos
impulsiona a louvar a Deus, nos induz a rezar: ‘Ele reza, em nós’. O
Espírito Santo é aquele que está em nós e nos ensina a olhar para o Pai e
dizer-lhe: Pai. Ele nos liberta da condição de órfão para a qual o
espírito do mundo quer nos conduzir”.
“O Espírito Santo é o protagonista da Igreja viva. É aquele que
trabalha na Igreja”, frisou ainda Francisco. Porém, “quando não vivemos
isso, quando não estamos à altura dessa missão do Espírito Santo, a fé
corre o risco de se reduzir a uma moral ou uma ética”. Não devemos nos
deter em cumprir os Mandamentos e “nada mais”: “Isso pode ser feito,
isso não; até aqui sim, até lá não! Dali se chega à casuística e a uma
moral fria”.
A vida cristã, reiterou Francisco, “não é uma ética: é um encontro
com Jesus Cristo”. E é o próprio Espírito Santo que “me leva a este
encontro com Jesus Cristo”:
“Mas nós, em nossas vidas, temos em nossos corações o Espírito Santo
como um ‘prisioneiro de luxo’: não deixamos que ele nos impulsione, não
deixamos que nos movimente. Ele faz tudo, sabe tudo, sabe nos lembrar o
que Jesus disse, sabe nos explicar as coisas de Jesus. Somente uma coisa
o Espírito Santo não sabe fazer: ‘cristãos de salão’. Isto ele não sabe
fazer! Ele não sabe fazer ‘cristãos virtuais’. Ele faz cristãos reais,
Ele assume a vida real como ela é, com a profecia de ler os sinais dos
tempos e assim nos levar avante. É o maior prisioneiro do nosso coração.
Nós dizemos: ‘É a terceira Pessoa da Trindade e acabamos ali…”.
Esta semana, acrescentou o Papa, “nos fará bem reflectir sobre o que o
Espírito Santo faz em nossa vida” e perguntar-se se “ele nos ensinou o
caminho da liberdade”. O Espírito Santo, que habita em mim, continuou
Francisco, “pede-me para sair: tenho medo? Como é a minha coragem, que o
Espírito Santo me dá para sair de mim mesmo, para dar testemunho de
Jesus?” E ainda: “Como está a minha paciência nas provações? Porque o
Espírito Santo também dá a paciência”:
“Nesta semana de preparação para a Festa de Pentecostes pensemos:
“Realmente eu acredito ou é uma palavra, para mim, o Espírito Santo?’. E
procuremos falar com ele e dizer: “Eu sei que estás no meu coração, que
estás no coração da Igreja, que levas adiante a Igreja, que fazes a
unidade entre nós, mas diferentes entre nós, na diversidade de todos
nós”… diga-lhe todas essas coisas e peça a graça de aprender… mas
praticamente na minha vida, o que Ele faz. É a graça da docilidade para
com Ele: ser dócil ao Espírito Santo. Esta semana vamos fazer isso:
pensemos no Espírito Santo, e falemos com ele”.
in
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