Com o ritmo de vida que teima em
não abrandar, o que encontramos são famílias, onde o pai e a mãe trabalham os
dois fora de casa. Presentemente, fruto de uma sociedade mais egoísta e titular
de uma falsa liberdade, cada vez mais - sozinhos, ou em famílias
reconstituídas.
Tentam conciliar tempos, modos de
ser e de estar em família. Partilham papéis, tarefas e responsabilidades e
procuram estabelecer rotinas diárias saudáveis. Criar filhos é uma
responsabilidade dividida, entre o pai e a mãe, por isso mesmo, a sintonia é mais
que necessária.
Ser pai ou mãe é uma grande
dádiva mas ao mesmo tempo, um enorme desafio. É saber dizer sim e não, no
momento oportuno. Amar, cuidar e proteger terão de estar sempre presentes no dia-a-dia.
Mas ainda assim, mostrar aos filhos o valor do comprometimento é o maior
tesouro que lhes podemos deixar. Ser comprometido é uma ferramenta muito útil
para a sua vida futura.
Não existem só deveres para os
pais e só direitos para os filhos. Nem pensar. A casa é um lugar de pertença de
todos, por isso mesmo, desde cedo devemos incorporar os filhos nas tarefas da vida
familiar, claro que sempre de acordo com o nível etário e a ordem de cada
filho. Ajuda-os a sentirem-se parte integrante de um bem comum. Tornam-se
agentes participativos, colaborativos e solidários.
Castillo Cebbalos faz uma comparação verdadeiramente
interessante sobre este tema. A família é como um carro de pedais- imaginem um Kart. Aos pais cabem os lugares da
frente com o volante e aos filhos os bancos detrás. Mas claro todos têm de
pedalar. Não faz sentido pedalarem isolados, cada um por si só. Seria sempre um
trabalho extenuante e cansativo e pouco profícuo. Deve ser sim, um trabalho de
equipa entre pais e filhos. Uma ajuda mutua.
Com a colaboração de todos, as
tarefas deixam de ser vistas como uma obrigação e passam a trazer benefícios
para toda a família. Ganha-se mais tempo, aliviam-se sobrecargas e tensões e
todos aprendem a ser responsáveis e ordenados, fomentando uma melhor
convivência em família.
E numa família felizes… filhos
felizes, não é isso que nós queremos?
Conceição Gigante Godinho da
Silva
Blogger: educarcomtalento.wordpress.com
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