Em tal relatório Pequim é acusada de “violações sistemáticas” contra cristãos, budistas e muçulmanos, entre outras comunidades
Foto: AIS |
A China apresentou um protesto diplomático contra os
Estados Unidos por causa do mais recente relatório da Comissão da
Liberdade Religiosa Internacional, em que Pequim é acusada de “violações
sistemáticas” contra cristãos, budistas e muçulmanos, entre outras
comunidades.
O porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, disse, no final da semana passada, que os Estados Unidos estavam a “distorcer” a realidade, “ignorando factos”, e procurando “interferir” nos assuntos internos da China.
Este relatório é acompanhado de um conjunto de recomendações para que Washington tenha em consideração, na sua política externa, a falta de liberdade religiosa num conjunto de países, em que se destacam, além da China, a Coreia do Norte, Arábia Saudita, Myanmar, Birmânia, Nigéria, República Centro-Africana e a Eritreia.
Em todos estes países, segundo se pode ler no referido documento, a prática da liberdade religiosa é “limitada” ou, até, “inexistente”.
Esta reacção por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China ocorre numa altura em que são cada vez mais frequentes as notícias que chegam deste país em relação à perseguição a comunidades cristãs, nomeadamente por causa de demolições de templos ou de símbolos religiosos, como as cruzes exteriores das igrejas.
De facto, na China, os cristãos que se mantém fiéis ao Vaticano são muitas vezes perseguidos, vivendo por isso a sua prática religiosa na clandestinidade, sendo inúmeros os fiéis, sacerdotes e até bispos que se encontram detidos ou sob vigilância das autoridades de Pequim.
Um desses bispos, fiéis a Roma, faleceu ontem aos 90 anos. D. Thomas Zhang Huaixin era bispo de Anyang e pertencia à Igreja Clandestina embora fosse reconhecido também pela associação patriótica, que congrega as “igrejas” ligadas ao Partido Comunista chinês.
Ordenado sacerdote em 1950, D. Thomas foi condenado, de 1958 a 1966, a trabalhos forçados durante uma das muitas purgas levadas a cabo no país pelo poder maoista, tendo sido nomeado bispo, clandestinamente, a 19 de Outubro de 1981.
O seu notável trabalho junto das comunidades locais levou o governo de Pequim a reconhecê-lo também como bispo em 2001, mas D. Thomas manteve, apesar disso, sempre a sua independência e fidelidade a Roma e ao Papa.
(Com informações AIS)
O porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, disse, no final da semana passada, que os Estados Unidos estavam a “distorcer” a realidade, “ignorando factos”, e procurando “interferir” nos assuntos internos da China.
Este relatório é acompanhado de um conjunto de recomendações para que Washington tenha em consideração, na sua política externa, a falta de liberdade religiosa num conjunto de países, em que se destacam, além da China, a Coreia do Norte, Arábia Saudita, Myanmar, Birmânia, Nigéria, República Centro-Africana e a Eritreia.
Em todos estes países, segundo se pode ler no referido documento, a prática da liberdade religiosa é “limitada” ou, até, “inexistente”.
Esta reacção por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China ocorre numa altura em que são cada vez mais frequentes as notícias que chegam deste país em relação à perseguição a comunidades cristãs, nomeadamente por causa de demolições de templos ou de símbolos religiosos, como as cruzes exteriores das igrejas.
De facto, na China, os cristãos que se mantém fiéis ao Vaticano são muitas vezes perseguidos, vivendo por isso a sua prática religiosa na clandestinidade, sendo inúmeros os fiéis, sacerdotes e até bispos que se encontram detidos ou sob vigilância das autoridades de Pequim.
Um desses bispos, fiéis a Roma, faleceu ontem aos 90 anos. D. Thomas Zhang Huaixin era bispo de Anyang e pertencia à Igreja Clandestina embora fosse reconhecido também pela associação patriótica, que congrega as “igrejas” ligadas ao Partido Comunista chinês.
Ordenado sacerdote em 1950, D. Thomas foi condenado, de 1958 a 1966, a trabalhos forçados durante uma das muitas purgas levadas a cabo no país pelo poder maoista, tendo sido nomeado bispo, clandestinamente, a 19 de Outubro de 1981.
O seu notável trabalho junto das comunidades locais levou o governo de Pequim a reconhecê-lo também como bispo em 2001, mas D. Thomas manteve, apesar disso, sempre a sua independência e fidelidade a Roma e ao Papa.
(Com informações AIS)
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