Homilia do Papa Francisco na capela da Casa Santa Marta
Francisco En Casa Santa Marta, Homilía De Hoy. (Fto. Copyright: Osservatore Romano) |
Francisco, na manhã dessa sexta-feira, 06, reflecte no Evangelho de João.
Antes da Paixão, Jesus adverte os discípulos que ficarão tristes, mas
que esta tristeza se transformará num grito de alegria. E usa a imagem
de uma mulher ao dar à luz: “É na dor porque chegou a sua hora; mas
quando dá à luz o menino, esquece o sofrimento: espera na dor e exulta
na alegria”.
“Isto é o que fazem a alegria e a esperança juntas em nossa vida
quando estamos em tribulação, em meio a problemas, quando sofremos. Não é
uma anestesia. A dor é dor, mas vivida com alegria e esperança abre as
portas à alegria de um fruto novo. Esta imagem do Senhor nos deve ajudar
nas dificuldades; dificuldades por vezes árduas, que nos levam até a
duvidar de nossa fé… Mas com a alegria e a esperança vamos adiante,
porque depois da tempestade chega um homem novo, como a mulher quando dá
à luz. E Jesus diz que esta alegria e esperança são duradouras, não
passam”.
“Uma alegria sem esperança é simples divertimento, uma alegria
passageira. Uma esperança sem alegria não é esperança, não vai além de
um saudável optimismo; mas alegria e esperança vão juntas e as duas fazem
esta explosão que a Igreja, em sua liturgia, quase grita, sem pudor:
“Exulte a tua Igreja!, exulte de alegria. Sem formalidades, porque
quando uma alegria é forte, não existe formalidade: é alegria”.
“O Senhor – afirma Francisco – nos diz que existirão problemas na
vida e que esta alegria e esperança não são um ‘carnaval’, mas outra
coisa:
“A alegria fortalece a esperança e a esperança floresce na alegria. E
assim vamos adiante, mas todas as duas – com este comportamento que a
Igreja quer dar a estas duas virtudes cristãs – indicam um ‘sair de nós
mesmos’. A pessoa alegre não se fecha em si mesma; a esperança a leva
lá, é precisamente uma âncora na praia do céu que nos faz sair de nós
mesmos, com alegria e esperança”.
“A alegria humana – explica o Papa – pode ser extraída de qualquer
coisa, inclusive das dificuldades. Jesus, ao contrário, quer nos dar uma
alegria que ninguém pode nos tirar: “É duradoura, até nos momentos mais
sombrios”. É o que acontece na Ascensão do Senhor: “Os discípulos,
quando o Senhor vai embora e não o vêem mais, ficam olhando para o céu
com um pouco de tristeza, mas os anjos vêm a despertá-los”. E Lucas
refere que “voltaram felizes, repletos de alegria”. “Aquela alegria de
saber que a nossa humanidade entrou no céu, pela primeira vez!”, diz o
Papa.
“A esperança de viver e de chegar ao Senhor se torna uma alegria que
se apodera de toda a Igreja. Que o Senhor nos dê esta graça – conclui o
Papa – de uma alegria grande, que seja a expressão da esperança, uma
esperança forte, que se torne alegria em nossa vida. Que o Senhor
custodie esta alegria e esta esperança, para que ninguém as tire de
nós”.
(Com informações Rádio Vaticano)
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