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terça-feira, 3 de maio de 2016

Bispos portugueses: “A eutanásia envolve a morte, não deve ser banalizada”

No país lusitano acendeu-se um debate depois de uma petição para enviar o texto ao Parlamento


Pixabay CC0
A eutanásia é um assunto que está acendendo o debate em vários países do mundo. Durante meses, em Portugal, agita-se a hipótese de que possa ser legalizada esta prática: um movimento denominado “Direito a morrer com dignidade” recolheu as assinaturas necessárias para começar o debate no Parlamento.

Rapidamente chegou a resposta do Conselho permanente da Conferência Episcopal portuguesa, que no dia 14 de Março interveio publicando uma “Nota Pastoral” intitulada “Eutanásia: o que está em jogo? Contribuições para um diálogo sereno e humanitário”. Os argumentos levantados foram confirmados mais tarde pelo comunicado final da Assembleia Plenária, realizada em Fátima do 5 ao 7 de Abril com a contribuição de alguns especialistas em direito e medicina.

“Os bispos portugueses reafirmam a sua total rejeição da eutanásia, que põe fim à vida de uma pessoa, determinando a morte – se lê -. A Igreja nunca vai parar de defender a vida como um bem absoluto para o homem, opondo-se a qualquer forma de cultura da morte “. O Presidente dos bispos portugueses e o patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, lamentou que “na tentativa de eliminar do horizonte a dimensão do sofrimento o valor atribuído aos cuidados paliativos seja considerado absolutamente secundário”, e recordou que “o direito é inviolável também do ponto de vista constitucional”.

De acordo com o presidente da Conferência Episcopal, é possível utilizar “muitos eufemismos”, mas é necessário sublinhar que a “eutanásia sempre envolve a morte, a interrupção de uma vida, mesmo a pedido da própria pessoa”.


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